Os gritos na sala eram como agulhas entrando no ouvido de Kinn, elas perfuravam seu coração. Ele andava de um lado para o outro na frente da porta, as mãos tapando inutilmente os ouvidos. Mas não adiantava, os gritos de Porsche estavam presos em sua mente. Porquê era culpa de Kinn que ele estivesse gritando.Seus guardas tentavam o acalmar, os médicos o olhavam com pesar, mas nada importava se não fosse Porsche do outro lado da porta.
Não eram gritos de dor, pelo menos não pareciam, mas existem muitos tipos de dor. Não pareciam dor física.
Kinn não sabe o que deu errado, Porsche era um homem forte, Kinn perdeu o controle... mas ainda assim, Porsche não devia ter se machucado tanto. Então por que os gritos se faziam presentes no hospital?
Quando os gritos cessaram, Kinn ainda os podia ouvir no fundo de sua mente. Mas focou no médico que saia da sala, a expressão em seu rosto era assustadora.
Kinn correu para a porta, mas o médico o parou e Kinn teve que controlar a vontade de soca-lo.
-Deve ter em mente sr. Therapanyakhun, que a notícia que receberá afetará sua vida.
Isso fez o coração de Kinn parar, mas o médico se moveu para liberar o caminho, e por algum motivo, Kinn hesitou em entrar. Mas Porsche estava ali, e isso foi o suficiente para faze-lo se mover para dentro do quarto e fechar a porta atrás de si para privacidade.
Porsche estava deitado em uma maca, enrolado de mantas brancas, ele não olhava para Kinn. Encarava a janela coberta por cortinas brancas que não impediam a luz de entrar, luz essa que refletia um brilho na bochecha de Porsche. E embora não conseguisse ver de onde estava, algo o dizia que se tratavam de lágrimas.
O silêncio tomou conta, de alguma forma mais desesperador que os gritos, a tensão era palpável.
-Você me disse uma vez...- Surpreendendo Kinn, Porsche foi o primeiro a falar. A voz rouca pelos gritos. -Que minha vida pertencia a você.
Kinn não respondeu, apenas ficou calado esperando o que Porsche tinha a dizer.
-Disse que poderia fazer o que quisesse comigo por causa disso. -Porsche continuou.
-Mas e se minha vida não fosse só minha?
Isso fez Kinn paralisar, o que Porsche estava dizendo? Por que Kinn sentiu um aperto no peito com essas palavras?
Porsche virou o rosto para encarar Kinn pela primeira vez, seus olhos estavam desfocados e sem vida, deles rios de lágrimas escorriam por suas bochechas.
-Me diga Kinn, se minha vida fosse necessária para a vida de meu filho, você ainda faria o que quisesse comigo?!
Kinn arregalou os olhos e recuou tanto que bateu na porta fechada a suas costas. Uma dor tomou seu corpo, o destruindo por dentro, piorando após as próximas palavras de Porsche.
-Está feliz, Kinn? Você matou meu filho.
Kinn era o primeiro homem da vida de Porsche, não havia como ele estar grávido. Mas então, Kinn era o único homem da vida de Porsche. E estão criança de Porsche estão era sua.
E agora a noção do que havia feito o tomou. Kinn espancou Porsche, que estava grávido do filho deles, Porsche desmaiou e gritou quando acordou. Gritou porquê não sentiu nada em seu ventre.
Kinn tinha matado o filho de Porsche, tinha matado seu próprio filho. O filho deles foi morto por Kinn, um de seus pais.
-Valeu a pena, Kinn?!- Porsche gritou em prantos para Kinn desnorteado- Valeu a pena ficar com raiva de mim e descontar em suas putas?! Foi divertido?!
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It's just a dream when you wake up (Kinnporsche fanfic)
FanfictionAinda será apenas um sonho quando você acordar. Porsche sabe disso. Mas ele ainda sonha, de forma ingênua, viver uma vida ao lado de Kinn. É apenas um sonho. E quando Tawan volta, ele sabe que deve acordar dessa farsa. Mas então, para sua surpresa...