It's just a dream when you wake up (Kinnporsche fanfic)

Não percebemos a passagem do tempo quando estamos felizes.

Foi quando sua barriga parecia que ia explodir que Porsche percebeu que já havia passado um mês e meio.

Veja, ele nem notou o tempo passando. A casa mais mobiliada do que nunca, o calendário cada vez mais riscado, as roupas mais apertadas e o amanhecer ao anoitecer dos dias talvez devesse ter sido um sinal claro para ele.

Mas não foi, não quando ele passava as noites rindo com Porchay falando sobre Kim, os dias se divertindo ouvindo os gritos de Praet e Kiet, as madrugadas sonhando no quarto já totalmente arrumado de seu bebê.

O tempo passou e ele nem percebeu.

Mais uma vez acordando com a ânsia de vômito que levou-o ao banheiro onde passou no mínimo 10 minutos a beira da privada, foi como ele percebeu a passagem do tempo. Ele se levantou meio cambaleante e desnorteado e se moveu até a pia, enxaguando o rosto com a água gelada como sempre, ao erguer o olhar foi quando se deparou com algo intrigante. Ele se afastou lentamente do espelho para uma visão mais ampla e quando observou seu reflexo foi que percebeu o tamanho de sua barriga.

Ele sorriu como um bobo enquanto acariciava a região, ele parou a mão no instante exato no local perfeito e foi quando sentiu.

Um chute. O bebê chutou.

E Porsche se sentiu o papai mais feliz do mundo.

Não que fosse o primeiro chute, mas seu bebê normalmente chutava em momentos em que ele não podia parar para apreciar, como no trabalho enquanto limpa os pratos, então quando acontecia em um momento calmo, mesmo que minutos atrás ele estivesse vomitando, ele valorizava.

Ele correu, o mais rápido que conseguiu, até o calendário na sala. Olhando para a data ele suspirou surpreso, alegria acordando seu corpo como um energético. 4 meses. Ele estava de quase quatro meses de gestação!

Porsche arrancou o calendário da parede e foi em direção ao quarto de Porchay gritando freneticamente animado com a nova percepção.

–Porchay! Porchay!

Ele bateu na porta fechada rapidamente, era tarde da noite mas seu irmão iria ficar com mais raiva dele se ele esperasse até amanhecer para o contar a notícia do que se Porsche o acordasse agora. Provando seu ponto, seu irmão abriu a porta que os separava, mas tinha expressão apavorada no rosto.

–O que aconteceu?! Você está bem?! O bebê está bem?!

–o que?– Porsche se aquietou um pouco de modo confuso.

–Como assim "o que"? você grita como se tivesse entrado em trabalho de parto Hia!– Porchay brigou respirando profundamente nem percebendo que havia prendido a respiração e apertando os olhos com a mão.

Percebendo a preocupação desesperada de seu irmão Porsche se forçou a se acalmar um pouco e pôs a mão em seu ombro de forma tranquilizadora.

–Desculpe se te assustei, acabei ficando muito animado. Mas olhe– Porsche moveu a mão do ombro de seu irmãozinho para agarrar a mão de Porchay, depois a guiou em direção a sua barriga onde a segurou– apenas espere um pouco.

Porchay esperou sem hesitar, e depois de um curto tempo houve outro chute que fez Porchay puxar a mão em surpresa, seus olhos brilharam enquanto ele os intercalava entre Porsche e sua mão.

–Ele chutou!– Ele gritou animado, Porsche quis chorar pela felicidade de seu irmãozinho mas se conteve com leve êxito– Ele chutou Hia! Você sentiu? É incrível!

Porsche riu de seu irmã, entendia perfeitamente como ele se sentia. A animação culminante a seu bebê sendo contagiante ao transmitida pelo sorriso que se formou nos rostos dos dois irmãos.