Os primeiros raios do sol nem haviam pintado o céu, escuro como tinta preta em um papel, ainda. E mesmo assim uma máfia se armava em todas as janelas e portas de uma mansão com inúmeras brechas que poderiam causar a morte de qualquer um ali dentro.
Uma falha e a família principal da máfia tailandesa poderia sofrer um ataque em seu momento mais vulnerável.
O protocolo já havia sido estabelecido a meses atrás, mas vê-lo ter que entrar em ação definitivamente deixava mais de um dos guarda-costas com o coração na boca. Certo, Big pensou, vamos repassar.
1 passo - delimitar a área de segurança. Obviamente a casa inteira deveria ser protegida a todo custo, mas o local em específico deveria receber a principal atenção. Sua localização só deverá ser reconhecida por aqueles mais antigos e próximos da família e mantida em segredo do restante. Eles tem essa área: a enfermaria.
2 passo - mover todos os moradores da residência para o local em estrita furtividade, onde deverão permanecer até a situação se apresentar mais favorável.
3 passo - O controle de interação com o mundo exterior. Qualquer sinal de vulnerabilidade pode ser usado nesse momento, então tudo deve parecer completamente normal para o restante do mundo.
3.1 - Cuide das linhas telefônicas. todo o contato com o exterior deve ficar responsavel dos técnicos de TI especializados. Ligações, agendas e reuniões devem ser gerenciadas e adiadas da forma mais discreta o possível. Arm tem isso.
3.2 - O acesso a mansão é oficialmente proibido, os guardas que restam devem permanecer na entrada e evitar qualquer um de fora a entrar sequer nos quintais. A barricada não deve chamar atenção— Big pensou antes em desviar a rua de acesso, mas seria definitivamente muito chamativo—, além disso havia uma lista de pessoas que tinham acesso mais restrito do que o restante.
A segunda família estava na lista.
Havia muitos outros protocolos que Big podia se lembrar, sua mente muito barulhenta antes mesmo do café da manhã. Mas não, ele não pode se distrair agora. Não agora.
Não quando os gritos da família principal continuavam a ecoar pelos corredores da enfermaria, o local que deve permanecer em segredo e se eles continuarem com isso não vai durar.
Apesar disso ele pode entender o motivo da briga.
–Não! sair definitivamente não é uma opção– O Pai da família, Khun Korn, tentou, não pela primeira vez naquela discussão, interver.
Parecia que quanto mais tempo passava, menos ele tinha o respeito das pessoas ao seu redor. E isso não se resumia só a esse momento em específico.
–E então o que?! Porsche vai ficar aqui?!– Khun gritou de um lado, já muito exaltado e claramente ainda pior por ter sido despertado bruscamente antes mesmo da aurora do dia.
–Temos um protocolo de segurança para a situação ficar controlada– Kim tentou dizer, não por apoiar seu pai, mas para manter sua família segura.
–Esse protocolo não funciona no momento em que não existe um medico com experiências em partos!– Porchay disse, bem mais parecido com seu irmão do que com o garoto fofo que na maioria das vezes ele era.
Ok, essa parte foi culpa de Big. Não totalmente apesar, ele, como guarda-chefe de Porsche, pediu um relatório da enfermaria sobre a capacidade e experiência em relação a um parto, o problema foi que em algum momento a informação simplesmente se perdeu entre os guardas que deveriam busca-la e as mãos de Big, porque no relatório que recebeu dizia que sim, Dr.Top podia plenamente realizar um parto.
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It's just a dream when you wake up (Kinnporsche fanfic)
FanfictionAinda será apenas um sonho quando você acordar. Porsche sabe disso. Mas ele ainda sonha, de forma ingênua, viver uma vida ao lado de Kinn. É apenas um sonho. E quando Tawan volta, ele sabe que deve acordar dessa farsa. Mas então, para sua surpresa...