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Conto. Não conto. Conto. Não conto. Conto. Não conto.

                     

Não conto.

                     

— Octávia, eu quase beijei a Alycia! — Eu disse rapidamente e a menina que estava quase dormindo sentada me olhou com os olhos arregalados.

                     

Contei.

                     

— Que porra é essa Taylor? — Ela gritou.

                     

— Calma, Octávia. Se eu quisesse que a escola soubesse disso eu tinha pego um microfone e falado para todo mundo ouvir, não acha?

                     

— Você deve estar maluca, só pode. Como isso foi acontecer, Eliza Taylor? — Ela disse com a voz um pouco mais baixa agora.

                     

— Alycia está fazendo de tudo para nos aproximarmos mais. Ela está realmente se esforçando. Ontem, ela sugeriu que nós víssemos um filme e com eu havia combinado de sair com a Demi, eu disse que naquela hora eu não podia, mas que de noite depois que eu chegasse, nós poderíamos assistir sem problema.

                     

— E então no meio do filme você simplesmente foi e tentou beijar ela e então ela se esquivou e meteu o tapa na sua cara. Acertei? — Octávia me interrompeu.

                     

— Dá para você parar com essa sua mania irritante de me interromper quando eu estou te contando algo, pelo amor de Deus! — Gritei irritada, fazendo-a se calar — Ótimo, obrigada — Então, continuei — Ela escolheu um filme que eu já havia assistido, mas eu não disse a ela que já tinha visto o filme, então durante o filme ela começou a comentar sobre e eu fingi que não sabia nada, até que uma hora eu acabei deixando escapar uma informaçãozinha de nada. Ela começou a me bater, mas de brincadeira, aí eu deitei ela no sofá e comecei a lhe fazer cócegas e rolou um clima e eu quase a beijei, mas aí o celular tocou.

                     

— Rolou um clima... — Ela riu — Só se for um clima negro, de culpa, daqueles bem nublados. Olha o que você está fazendo com o seu pai, Eliza. Isso não é coisa que se faça. Imagine se fosse ao contrário.

                     

— Eu não sei o que está acontecendo comigo — Suspirei.

                     

— Mas eu sei! Isso se chama falta de sexo.

                     

— Você não quer resolver isso para mim, não? — Sorri maliciosamente e passei a mão por seu rosto.

                     

— Deus me livre! — Ela levantou se afastando — Eu não gosto de pau, Eliza! Meu negócio é outro — Ela riu.

                     

— Chata — Mostrei a língua para ela e ri.

                     

— Você pode arranjar alguém. Inclusive, alguém quem é só você estalar os dedos que vem correndo.

                     

ᗩᒪYᘔᗩ ✓ MY DEAR STEPMOTHEROnde histórias criam vida. Descubra agora