Maratona 5/5

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2 meses depois...

                     

Desde aquele dia, quando eu surtei, decidi que não permitiria que aquilo continuasse daquela forma. Cheguei à conclusão que estava na hora de finalmente me afastar de Alycia Debnam-Carey.

                     

No dia seguinte, meu pai veio conversar comigo, dizendo que por mais irritada que eu estivesse com o barulho, não precisava ter falado daquele jeito com Alycia, que foi exagero, e que ele não entendia o porquê já que estávamos nos dando tão bem. Ah, pai, se você soubesse metade da história.

                     

Então, comecei a sair novamente, fiz mais amigos, e voltei a ficar com algumas garotas. As vezes levava algumas para a casa, porque eu não era de ferro e queria me satisfazer. Não sei porque, mas ultimamente eu estava muito mais insaciável, queria cada vez mais, porque não estava conseguindo me satisfazer, ninguém conseguia. Aquilo era horrível.

                     

Eu trocava poucas palavras com Alycia, era mais quando meu pai estava presente. Ele fazia questão de puxar assuntos que nos envolvessem, para que nós interagíssemos. Todavia, não dava tão certo.

                     

Pela primeira vez, eu tive muita sorte e meu pai não havia feito viagens durante todo esse período. O que ajudou mais ainda para meu plano de evita-la. Entretanto, o que eu não podia negar era que ela estava cada dia mais linda. Parecia estar mais feliz, e meu corpo parecia ficar cada vez mais propício a querer estar com ela, beija-la, abraça-la, a fazê-la minha.

                     

Era torturante vê-la e não fazer nada, principalmente quando ela colocava um biquíni minúsculo para ir a piscina. Eu podia observa-la da varanda do meu quarto. Ela sabia que eu sempre estaria ali, observando-a, e caprichava nas provocações que sempre me faziam terminar em uma balada tentando encontrar alguma garota que me desse prazer e me fizesse esquecer o quanto eu a queria. Mas, eu sempre fracassava.
Nenhuma parecia ser tão boa quanto ela, nenhuma era tão linda, nenhuma sabia fazer o que ela fazia. O fato é que nenhuma era ela. Porém, não podia magoar meu pai, eu não queria. Não era justo.

                     

Meu pai me chamou me fazendo despertar de meus pensamentos, eu a encarava descaradamente enquanto ela dançava com Octávia, Just Dance.

                     

Fui até a cozinha, onde ele estava preparando algo para comermos.

                     

— Sim? — Eu disse, anunciando que eu estava ali. Ele se virou para me olhar sorrindo.

                     

— Filha, preciso te pedir algo.

                     

— Diga, papai. — Sentei-me na bancada e o encarei, apoiando minha cabeça em minha mão.

                     

— Eu tenho que ir viajar, filha.

                     

Oh, merda. Eu já sabia onde essa conversa daria.

                     

— Eu sei que você anda muito animada ultimamente, saindo bastante. Mas gostaria de pedir que apenas durante as duas semanas que passarei fora você ficasse em casa.

ᗩᒪYᘔᗩ ✓ MY DEAR STEPMOTHEROnde histórias criam vida. Descubra agora