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— Você não me disse nada sobre sua madrasta, Eliza. Devo me preocupar? — Octávia disse enquanto íamos para minha casa. Eu ainda estava na escola, era meu último ano. Devido a morte da minha mãe, acabei atrasando um ano, já que eu me recusava a ir para a escola. Meu pai até tentou, mas não estava tão disposto a me contrariar na época, acredito que a sua vontade era a mesma que a minha.

                     

— Ela é legal, Octávia. — Dei de ombros.

                     

— Só legal? Nossa, eu achava que você estaria bem mais animada do que isso.

                     

— Eu deveria? — Encarei-a — Ela só tem vinte e dois anos, o máximo que eu posso esperar dela é uma amizade, jamais conseguirei vê-la com minha mãe, no máximo irmã.

                     

— Certo, e ela é bonita pelo menos?

                     

Bonita... Alycia era linda. Linda para caralho. E isso não quer dizer que eu estava interessada nela, nada disso! Eu apenas não tinha como negar que aquela garota era linda e eu entendia porque meu pai se encantou por ela.

                     

— Sim, ela é.

                     

— Entendi — Ela deu de ombros.

                     

Já estávamos na frente de minha casa e então entramos, fui quase me arrastando até a porta. Eu estava com sono e fome, muita fome. Entrei em casa e Octávia entrou em seguida, ela era de casa já, meu pai adorava ela e fez questão de apresentar Alycia a ela logo.

                     

— Filha! — Meu pai saiu da cozinha e veio até nós sorridente. Era ótimo ver esse sorriso em seu rosto, porque antigamente eu quase nunca via isso com frequência, e desde que ele a conheceu era difícil vê-lo de mau humor.

                     

— Oi, papa! — Abracei-o e em seguida ele abraçou Octávia.

                     

— Estou feliz que você esteja aqui para conhecer a Alycia, Octávia! — Ele deu um beijo em sua cabeça, sem tirar aquele sorriso do rosto.

                     

— Eu que estou feliz por conhecer a mulher que está lhe causando todos esses sorrisos, tio. — Octávia disse sorrindo. Ela chamava meu pai de tio, mas o considerava um pai.

                     

— Ela é um amor, você irá adora-la! Porém, ela acabou de subir para tomar um banho.

                     

— Então irá demorar — Ri — Bem, nós vamos no quarto um pouco e logo descemos. — Ele assentiu e nós subimos.

                     

Entramos em meu quarto, coloquei a bolsa em cima do puff branco que tinha no canto do meu quarto e me joguei em minha cama, fechando os olhos. Logo senti o corpo de Octávia ao meu lado.

                     

— Seu pai está realmente muito feliz, Eliza. Eu nunca o vi tão feliz e com esses olhinhos brilhando assim. Essa menina realmente deve ser uma boa pessoa.

ᗩᒪYᘔᗩ ✓ MY DEAR STEPMOTHEROnde histórias criam vida. Descubra agora