Amanhecia no orfanato.
Mark terminava de arrumar suas coisas, onde tentava digerir todos os acontecimentos; Will estava na cozinha, aproveitava a calmaria e tomava um copo de água, que acabara de retirar da geladeira.
Nirda estava perto das escadas, encarava a porta da diretoria com olhos arregalados e atormentados, mexia a boca como se falasse com alguém, mas não saia um único ruído.
Enquanto isso, Mark se encarar no espelho, onde checava a si mesmo, porém, no fundo, queria apenas achar uma razão de todas essas coisas.
— Nem que eu esteja realmente louco... Só quero parar de pensar nisso.
Olhava novamente seus olhos e os observa contrair. "Estou bem... Eu acho", pensou. Mesmo em um clima agradável e um ambiente silencioso devido à ausência das crianças, que estavam agora em aula, existia um caos e uma confusão que ponderava dentro de sua mente. Notou sua mochila logo abaixo do espelho e pegou, de dentro dela, a blusa que tanto gostava. "Que bom que não perdi", então, a vestiu e se encarou no espelho por mais uma vez.
— Tem uma listra a mais... Ou será que só estou percebendo porque está limpa? — Olhava para a blusa.
Foi a janela que tinha atrás de sua cama. Quando olhou, percebeu o movimento da rua, como todo dia, então, suspirou.
— O que tem de errado comigo? — Esfregou o rosto.
Repentinamente, um drástico calafrio o atingiu, que, no mesmo segundo, trouxe uma dor de cabeça infernal.
Se apoiava na cabeceira da cama ao quase cair, mas existia algo a mais nisso, ouvia, novamente, sinos, porém, naquela vez, via um lugar diferente.
Uma casa, onde existia um jovem que chorava ajoelhado enquanto abraçava uma mulher; tinha cabelo verde, pele escura e usava um grande óculos de aviação, que estava apoiado em sua testa.
Não conseguia distinguir quem era, mas, quando um barulho de porta que abria se propagou, a figura olhou na direção de Mark em desespero.
— Q-quem é v-você? — Segurou a moça ainda mais forte.
Os sinos soavam cada vez mais altos, até que, após isso, tudo se calou e a dor de cabeça cessou, onde deixou um cenário inacabado na frente de seus olhos.
Estava com o coração acelerado e respirava ofegante, sentou em sua cama com a mão no peito, e disse:
— O-o que foi isso?... Não tá bem! Não. Tem. Nada. Bem.
Olhou para porta e pensou em simplesmente sair contando o que realmente vêm acontecendo.
— Mas... Muita calma, muita calma mesmo. — Sacudia as mãos.
Viu uma cena de terror agora pouco, então, não queria transmitir esse sentimento de horror para os outros da casa, ainda mais após ter conseguido finalmente retornar para casa depois do acidente.
Enquanto um caos mental reinava, Nirda estava no mesmo lugar, só que, dessa vez, com sua expressão de sempre, uma menina fofa e sorridente. "O que eu estava fazendo mesmo?", pensava.
Desceu as escadas e se deparou com Will na cozinha, onde mexia tranquilamente em seu celular.
— Iai? O que fará agora? — Pulava ao redor de Will.
— Hum... O que farei? Acho que vou esperar a Maria e a Martía chegar para ajudar elas enquanto não acho o que fazer — disse Will, sem desgrudar o olhar do celular.
— Entendi. E se a gente brincar um pouquinho?
— Calminha, mocinha, tô quase ganhando a partida aqui. — dizia em tom acelerado.
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Pôr do sol (Rascunho do limbo)
ActionEm um mundo misterioso separado através de uma antiga e esquecida guerra entre o leste e oeste por quatro guerreiros puros, a energia da criação, que podia dar habilidades que fizeram parte da concepção do universo, não estava mais dormente nos sere...