Capítulo 30: Eis a Nova Distração

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A poeira que espalhava por todo o lugar deixava todos os funcionários com olhos vermelhos. A situação ressoava em confusão junto a um imenso centro de nervosismo.

Nirda sorria de orelha a orelha.Correu, atravessando a nuvem marrom, até esbarrar sua testa no pai adotivo. Quando a ventania cessou, ele se virou com um olhar intrigado, percebia a plateia que existia na porta e a menina feliz abaixo.

— Ah! — Luri tampou os olhos, com vergonha de si mesma que corria até átomos de sua alma.

— Luri? — Mark abaixou o joinha, desentendido. — Nirda?!

Ele também ficou com receio da menina presente, sabia que o propósito do "tour em partes" era separá-lo do resto para que Réviz pudesse explicar mais sobre o destino tão misterioso. Se apressou com impeto, descia pelos escombros com cuidado até atingir a grama verde.

Mas parou. A iluminação esquisita do lugar — que ficava de noite para sempre — emitia o luar pelos dois que se encaravam. Ele apertou os lábios com medo da reação de seu pai, sabia que era capaz de muita coisa, a visão de sua postura estática à frente de sua irmã apenas trazia piores expectativas.

— Nirda! Você tá bem? Hm. Você chegou numa hora boa! Eu já ia te chamar pra apresentar as coisas por aqui também.

— HÃN? — A dona das chuquinhas arregalou os olhos.

— Senhorita Luri? Está tudo bem? — questionou a cientista, limpando seu jaleco praticamente marrom.

A sobrancelhas dela se contraiam por nervosismo e surpresa— uma face repartida em emoções complementares do inesperado. Talvez o sumiço da menina foi algo certeiro para seu colega.

Entretanto, antes que pudesse absorver mais, somente pode prestar atenção nos velozes passos do jovem de cabelo branco, que parecia estar ainda mais preocupado logo atrás..

— Eu... Eu! E-eu... — Tentou recuperar o fôlego, apoiando o peso sobre os joelhos.

— Tá tudo bem, cara. Rela...

— Eu não achei ela! Olhei por aqui dentro em todo lugar, então fui lá fora e não te achei também! — Contorcia, incrivelmente rápido, seus cabelos de loucura.

A atenção da moça foi controlada pelo filho adotivo mais velho, mas o clima não estava coerente com a conversa mais adiante.

O líder dava cafunés pela franja pontuda de Nirda, a menininha sentia aliviada. Mark, logo ao lado, não sabia como devia reagir, andou com cautela e viu o rosto de sua irmã mudar completamente entre uma piscada — um olhar sério e desconfiado que penetrava a alma dele em uma aparição de pesadelos.

Uma expressão descomunal para a infantilidade de uma menina, que o fez sentir medo antes de dar passos ligeiros para trás devido ao susto.

— Algum problema? — perguntou Réviz, com simpatia improvisada.

— Não. Não. Só queria... descansar um pouco.

A calma de seu pai não era algo exatamente forçado, assemelhava como se soubesse que isso tudo ia acontecer. Dessa forma, ele se levantou e pediu para Nirda chamar os dois na entrada do campo.

De costas para o derrubador de torres, disse:

— Apenas concorde... Terei uma conversa séria com você e a Luri mais tarde. No instante em que os outros dois adormecem, desça as escadas.

— Ei, ei! Se é pra manter as aparências, como tiro isto? — Apontou para o rope dart, ainda sentindo o calafrio da ordem.

De fato, um equipamento muito delicado, o qual foi controlado por ignição, que não tinha nenhum botão que pudesse desprendê-lo do pulso. O cientista que o guiou estava no meio das pessoas, tentando acalmar qualquer preocupação que pudesse espalhar para o resto da instalação.

Pôr do sol (Rascunho do limbo)Onde histórias criam vida. Descubra agora