Mais uma vez em sua cama com os olhos arregalados em direção ao teto: Era Mark
Sem nem pensar duas vezes ele se levantou da sua cama de forma rápida na mesma hora que despertou, mas com um olhar meio pra baixo. Ele fica em pé e encara mais uma vez o seu espelho no armário ao lado da cama, começando a se examinar até que ele abre a boca na tentativa de dizer algo... mas no mesmo instante se interrompe para ajustar o que iria dizer
— Vai ficar tudo bem! — Disse Mark confiante olhando no fundo de seus próprios olhos
Seu olhar meio abatido estava cada vez mais sumindo, seja lá a razão da sua fonte, ele estava determinado que o mesmo não voltasse tão cedo.
Mark fecha seu armário e anda em direção a janela para abri-la, quando chegou ele percebeu o movimento comum ao redor do orfanato: Carros andando e pessoas conversando em frente de suas casas. Era as 7:45 da manhã de um sábado que seria verdadeiramente comum para quaisquer pessoas que não tem um vinculo com o orfanato, mas era um dia muito mais especial para três pessoas.
Tinha tudo para ser um dia incrível e esperançoso, mas na verdade era uma mistura disso muitas outras coisas como angustia e até tristeza — mesmo que pareça algo estranho para um dia como este, era o de se esperar.
O orfanato estava todo ativo, as crianças estava acordadas em um horário cedo como este; a diretora estava em seu escritório assinando as ultimas paginas; as duas empregadas estavam tanto que inquietas também, elas estava emocionadas e tristes, organizando as coisas para colocar nos quartos de Will e Mark para preencher o espaço, mas o espaço vazio que deixariam com a partida dos 3 órfãos no coração de cada uma delas não teriam coisas para substituir. Enfim, o dia tão aguardado que causava angustia para todos no orfanato, o mesmo dia que Réviz ira buscar Will, Mark e Nirda.
Will estava em seu quarto arrumando suas coisas, ele pegava diversas coisas agachado e colocava em uma sacola, mas quando percebeu que finalmente chegou a hora de guardar um item importante para ele, ele ficou encarando o mesmo, suas mãos começaram a tremer levemente fazendo ele engolir seco, "Han, e pensar que isso finalmente aconteceria" Will se levantou e foi em direção ao relógio que estava em cima de um outro armário ao lado da porta de seu quarto. Ele o pegou e ficou olhando para ele enquanto o segurava, respirou fundo e caminhou de volta para o grupo de sacolas perto da sua cama dizendo:
— Eu queria muito entender... desde... o começo. Eu vou te levar comigo com certeza — Disse antes de sorrir com as lembranças que surgiam em sua mente
Então, ele finalmente o colocou em uma sacola, mas nela só havia o relógio e Will pretendia manter assim.
Já Nirda por sua vez estava no quarto das meninas fazendo as mesmas coisas, porém a outras crianças o abraçavam constantemente a impedindo de prosseguir. Ela sorria cada vez mais com cada abraço até que se rendeu a um abraço coletivo com as crianças. Algumas choravam e outras riam, mas Nirda estava sorridente o tempo todo, "Você tem mesmo que ir?" "Por que você não fica?" "Fica com a gente" "Me deixa ir junto" "Nirda!" era muitas perguntas ao mesmo tempo, mas ela rapidamente levantou a voz de forma sutil dizendo:
— Calma gente!
Um silencio momentâneo apareceu, mas o mesmo não era ameaçador, pelo ao contraio, era como pedido de atenção amigável.
— V-Você vai voltar, não é? — Perguntou a menininha ao lado de Nirda
A menina tinha falado bem baixinho, mas com o silencio se tornou uma pergunta que pode penetrar o ouvido de todos do quarto, fazendo os mesmos esperarem pela tal resposta que tanto queriam em comum que era ouvir um querido "Sim!"
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Pôr do sol (Rascunho do limbo)
ActionEm um mundo misterioso separado através de uma antiga e esquecida guerra entre o leste e oeste por quatro guerreiros puros, a energia da criação, que podia dar habilidades que fizeram parte da concepção do universo, não estava mais dormente nos sere...