twenty seven

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Três dias depois...

BILLIE EILISH

- Tá, Jeremy. Desembucha logo. - eu falei irritada, apoiando minhas mãos na mesa e encarando o chefe da minha segurança enquanto ele me olhava receoso. 

- Ela tá em uma das suas propriedades. - murmurou e eu me levantei. 

- O QUE? - gritei com raiva o encarando - Você ta de sacanagem com a minha cara?

- É sério. - murmurou e eu bati na mesa com força. - Um dos meus homens seguiu ela ontem e conseguiu chegar até a localização. É no seu galpão ao norte da cidade. - ele jogou um papel com um mapa na minha frente, sinalizando onde a Crystal estava presa. 

- Puta que pariu, cara! - esbravejei - Como vocês não viram isso antes? Incompetentes do caralho! - bufei desacreditada. Crystal já tava presa a sete dias naquela merda, só deus sabe em qual situação ela tava. 

- Não pensamos que ela seria cara de pau a ponto de levar Crystal pra uma de suas propriedades - se defendeu e eu estreitei os olhos em sua direção - Tem mais uma coisa. 

- AH, tem mais? - eu ri desacreditada e fechei meus olhos, respirando fundo e tentando manter a calma - Desembucha, Jeremy. 

- Os seguranças que estão cuidando da área não são dela. - ele murmurou e fez silêncio em seguida. Eu abri meus olhos já com ódio e o encarei. 

- Tá, e são de quem? Desenrola, porra! - bati as mãos na mesa já perdendo o resto da minha paciência. 

- Liam Payne - assim que ele falou o nome eu senti meu ar se esvair dos meus pulmões pelo ódio junto com meu corpo que entrou em total estado de dormência. Eu respirei fundo de novo e fechei meus olhos, tentando normalizar meu nível de estresse e os abri de novo assim que consegui, olhando pra ele novamente. 

- Vocês vão montar um plano pra tirar a Crystal de lá. Mas tem um detalhe que eu quero que incluam. - eu murmurei com ódio e ele me olhou em dúvida. 

- O que?

- Eu quero o Liam e a Lilian mortos. - praticamente rosnei. 

Ninguém toca na Crystal. 

Dois dias depois...

CRYSTAL KLEIN

Eu peguei a garrafa de água do meu lado e encarei o conteúdo dentro dela. Tinha exatamente um dedo de água ali dentro porque eu racionei o máximo que eu podia, mas eu sentia como se minha boca estivesse cheia de areia de tão seca. Eu não sabia exatamente quando eles trariam de novo, já que, pelos meus cálculos, eles me trouxeram duas garrafinhas de quinhentos ml a uns quatro dias, mais ou menos. Eu suspirei e abri a garrafinha com certa dificuldade, já que, no tempo que eu to aqui, meu alimento é agua e vento, basicamente. Uma vez só eles me trouxeram um pão com margarina, mas, fora isso, foi só. Assim que consegui, virei todo conteúdo de água e engoli, fechando os olhos e sentindo a sensação de ter água na minha boca novamente e quase chorando por não saber qual vai ser a próxima vez. 

Eu não sei exatamente a quanto tempo eu estava aqui, já que o lugar era totalmente escuro e só entrava uma luz por baixo da porta. Fora isso, nada. Mas, pelo pouco que eu consigo perceber, deveria ser uns oito ou nove dias. Só sei que eu já tinha me acostumado ao mal cheiro do lugar, então, com certeza ja fazia um bom tempo que eu estava aqui. 

Escorei minha cabeça na parede e encarei o teto, respirando fundo enquanto ignorava a dor no meu estômago pela fome e a sensação de boca seca que não passava. Eu achava que o que a Billie havia feito comigo era um sequestro, mas hoje vejo que eu tava no céu. Nunca teria reclamado se soubesse o que eu passaria depois daquilo. Até casar com ela de forma forçada não era tão ruim quanto o que eu tava passando aqui agora. 

FORCED | b.e (hiatus)Onde histórias criam vida. Descubra agora