Desejos Reprimidos

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Um mês e meio havia se passado e Dinho seguia sua rotina diária, sempre com o pensamento nela. A via uma vez ou outra durante uma doma ou quando se dirigia a mansão para tratar de algum assunto com Sinval. Não trocavam mais do que algumas palavras, a formalidade do contato entre eles não permitia qualquer aproximação mais íntima. Entretanto, a troca de olhares sempre estava lá e falava por si só, e como falava! O peão lia naqueles belos olhos verdes que Neuta ainda sentia a atração que também o corroía por dentro.

Ele sonhava com aquela mulher praticamente todos os dias, em cada sonho a tomava em seus braços e a fazia sua, a enlouquecia de prazer até que ela se desvanecesse em seu peito. Dinho acordava pela manhã todo suado e com uma ereção extasiante, seu desejo era tanto que nem um banho com água fria conseguia acalmar seu anseio por ela, precisava tocar-se para aliviar a tensão. O rapaz necessitava dela, se Neuta lhe desse apenas oito segundos para matar aquela vontade alucinante, ele não pediria mais nada da vida. Uma única vez bastaria para dar fim àquele desejo que tanto o consumia, assim ele pensava.

O que o peão não imaginava, era que Neuta também passava pela mesma situação. Ela achava que manter distância dele, diminuiria a vontade que tinha de se jogar em seus braços, até que se torna-se inexistente. Mero engano, a cada dia a excitação que sentia ao vê-lo, dilatava-se como ferro em brasa e entranhava-se em cada célula de seu corpo. Sonhava com o rapaz nas situações mais eróticas possíveis, fantasiando como seria ser domada por ele na cama.

No seu sono mais profundo, Dinho a possuía gostosamente e ela lhe dava a liberdade para fazer o que quisesse com seu corpo. Quando dava por si, despertava gemendo o nome dele, toda suada e com seu ponto mais sensível clamando por um orgasmo. Não obstante, tocava-se pensando nele arremetendo-se contra ela, a preenchendo o mais fundo possível até atingir o clímax.

Como podia sentir tanto desejo assim por uma pessoa com a qual não trocava meia dúzia de palavras? Era surreal como seu corpo respondia a mínima aproximação dele. Até já considerava ter uma única vez com o peão só para satisfazer aquela luxúria enlouquecedora entre as pernas. Uma única vez seria suficiente e bastaria, pelo menos era nisso que ela acreditava.

Para espairecer, Neuta resolve dar uma volta a cavalo pela fazenda. Calvagar era uma de suas paixões, adorava sentir o vento bagunçando seus cabelos quando a velocidade do galope aumentava. A dama tinha um lugar secreto que visitava às vezes para relaxar e, até onde sabia, só ela conhecia aquele cantinho no meio das árvores, era para lá que guiava o puro-sangue que estava montando. Quando finalmente chega em seu paraíso particular, aspira a brisa levemente úmida que roçava suavemente sua pele. A paisagem era espetacular, uma clareira rodeada por grandes árvores, onde passava o curso de um rio que continha uma linda cachoeira de águas cristalinas. Como estava fazendo calor, decidiu se refrescar um pouco.

Amaldiçoou-se por não ter lembrado de levar um biquíni ou um maiô, geralmente sempre trazia consigo alguma roupa de banho quando queria nadar um pouco. Contudo, como encontrava-se sozinha, descarta a possibilidade de alguém aparecer, pois o lugar ficava há alguns quilômetros da civilização, então ousou entrar no rio completamente nua. Não se deu nem o trabalho de olhar em volta para certificar-se de que não havia ninguém por perto. Despindo-se despreocupada, sua mente vaga quieta para o peão, ele não saía de sua cabeça por nada e, às vezes, ela aparecia no pasto só para ter um vislumbre dele e aquietar o fogo que lhe queimava as veias.

Céus, nunca na vida sentira-se tão vulnerável assim por um homem, talvez fosse a falta de sexo lhe pertubando o juízo. Colocando suas roupas cuidadosamente em cima de uma pedra, segue para a água que, num primeiro momento estava um pouco fria, mas assim que acostuma-se com a temperatura, seu corpo relaxa. Ela mergulha, o rio não era tão profundo,  no entanto, prefere ficar numa área onde a água batia um pouco abaixo de seus seios. Imediatamente, sente o resfolegar de seu físico desmanchar a tensão nas articulações, e um arrepio sôfrego se espalhar pela derme alva, trazendo uma sensação gostosa para a plenitude de sua nudez.

A Dama & O PeãoOnde histórias criam vida. Descubra agora