A Dama & O Peão

Toda Sua

Oi meus amores!
Voltei com atualização!
Agora vou ver se termino Elevador!
Espero que gostem e boa leitura!

Em frente ao espelho, Neuta alisava a camisola vermelha que moldava seu corpo, analisando cada minúcia, desde o decote profundo ao comprimento no meio das coxas. Detalhes em renda adornavam as alças finas e desciam enfeitando o colo, dando um contraste sedoso para a pele alva.

Faixas de tecido em forma de taças cobriam os seios, mas não os escondiam totalmente, pois a transparência do tule deixava à mostra os mamilos castanhos. Na verdade, o material fino era todo translúcido, fazendo com que seu corpo e a calcinha fio dental de mesma cor também ficassem a vista. Ela virou de costas, examinando como a peça ficava na parte de trás, sorrindo satisfeita que o tecido tenha se alinhado à sua forma física. 

Sentia-se sexy, desejada, amada. Há muito tempo não experimentava essas sensações no seu cotidiano, e agora que as tinha quase diariamente, aproveitava cada mísero segundo e absorvia a plenitude do prazer que só seu peão lhe proporcionava. Não à toa que fizera aquela produção toda, a pele estava hidratada e cheirosa, o rosto levemente maquiado, somente o batom vermelho escuro que lhe decorava os lábios, era mais chamativo. Ela esperava por ele, ansiosa para deleitar-se com beijos, carícias, palavras desconexas, toques sem vergonhas e muitos orgasmos.

Seu corpo aguardava por isso, e mesmo que estivesse cansada da labuta do dia, o êxtase se impregnou gradativamente sob sua derme delicada. Ela encaminhou-se até a penteadeira, em busca do perfume floral que o enlouquecia, assim que encontrou o frasco, retornou para frente do espelho e borrifou uma quantidade irrisória de aroma em seus pulsos. Quando o elevou até a altura do pescoço, percebeu uma movimentação pelo reflexo que mirava a janela atrás de si. Sutis movimentos, silenciosos o bastante para não denunciar a presença do invasor noturno e equilibrados o suficiente para não levá-lo ao chão.

Sorrateiro, apoiou-se no peitoril, vasculhando pelo local à procura do bem mais precioso que lhe era objeto de desejo, até que o encontrou e perdeu o fôlego com tamanha graciosidade. Nem em seus melhores sonhos estava preparado para tamanha perfeição. Dali podia contemplar a mais bela obra de arte, coberta por um fino véu vermelho, que apesar de cobri-la, revelava com precisão cada centímetro da formosura feminina.

Dinho fixou seus olhos no quadril, enfeitado com tiras estreitas nas laterais e que se uniam em uma só para sumir na fenda dos glúteos redondos. Com toda a certeza, aquele mini-pedaço de renda, faria parte da sua coleção. O olhar do peão encontrou o dela no centro do espelho, e a dama abriu um sorriso deleitoso, erguendo a mão e gesticulando com o indicador para que ele fosse ao seu encontro. 

Sorrindo travesso, não se fazendo de rogado, a obedeceu com prontidão, descendo com cuidado da janela e caminhando furtivo para encobrir sua chegada. Enquanto o jovem se aproximava lentamente, ela borrifou a fragrância primaveril em seu pescoço e, logo depois, olhando-o pelo reflexo, desceu para o decote, salpicando um pouco do líquido entre os seios, numa doce provocação, fazendo-o suspirar com o gesto sedutor. Ele finalmente findou com o espaço que havia entre os dois, a abraçando por trás, colando-se em demasia ao físico feminino. Seus braços fortes, envolveram a cintura abaixo dos seios, estufando-os no decote, quase os expulsando das taças escarlates.

- Minha dama! - cumprimentou baixinho, beijando-lhe a bochecha e arrastando o nariz até o pescoço, a fim de apreciar o aroma que exalava dela. 

- Meu peão! - sussurrou, aninhando-se mais nos braços fortes, sentindo cada músculo presente no abdômen definido. Proteção era o que sentia nos braços dele, amava estar totalmente envolvida no abraço acolhedor que só ele tinha.

Os olhares se encontraram novamente e os dois ficaram a admirar sua imagem no espelho. A cena que se desenhava no vidro, mostrava uma mulher linda em sua camisola vermelha sendo abraçada por um homem bonito e alto de camisa branca e calça moletom. O abraço dele apertava o busto, fazendo com que os seios ficassem proeminentes no decote profundo. Dinho transferiu seu olhar para o colo da dama, atraído pela beleza dos montes que subiam e desciam devido a respiração ofegante dela.