A Busca

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Albus acordara com as risadas de Rose, Hugo e Scorpius. Ele olhou para o lado e deparou com a aproximação Hogwarts. A paisagem sempre deixara o garoto boquiaberto, e desta vez não fora diferente. O lago que rodeava o grotesco castelo brilhava às luzes do lampião e da própria lua, que encontrava-se cheia. Era incrível como cada dia o lugar ficava mais magestoso. Hagrid ajudava os primeiranistas a subirem nos barcos para navegarem pelas águas de Hogwarts e serem selecionados para suas casas. Albus, Scorpius, Rose, Lily e Hugo juntaram-se nas multidões e deixaram suas malas junto com as demais, fazendo fila para entrar nas carruagens puxadas pelo nada.

— Fiquei ansiosa do começo ao fim das férias para voltar para cá — Lily sentou-se de frente para Scorpius.

— Por que? — Albus perguntou — o que aparentemente fora a pergunta mais estúpida que ele já fizera.

Lily ignorou o irmão com um risinho e desviou o olhar. Rose e Hugo juntaram-se ao trio e a carruagem começou a andar.

— É meio esquisito o jeito que Hogwarts lida tão fácil com a magia. — Rose suspirou.

— Como assim? — Albus perguntou debilmente.

— Essas carruagens... elas parecem mover-se sozinhas!

— E se movem. — Scorpius concordou.

— Não se movem sozinhas, não. — Lily interrompeu voltando o olhar para os amigos. — Papai me disse que são puxadas por Testrálios, criaturas que só podem ser vistas caso a pessoa já tenha visto a morte.

— Obrigado, sabichona — Scorpius brincou e Albus poderia jurar que vira Rose corar — e não era de prazer.

Os portões de Hogwarts estavam escancarados e os tais Testrálios — ou simplesmente carruagens — encontravam-se parados ao lado dos castelos. O grupo desceu e se dirigiu para O Grande Salão, onde muitos alunos encontravam-se vestidos com o uniforme e separados em suas mesas.

Todos se despediram, mas Rose puxara Albus para um cantinho.

— Pense no que eu te falei. Retorne a andar comigo. — ela cochichou.

Albus queria dizer que não, mas apenas balançou a cabeça. Ele saiu contrariado e sentou-se ao lado de Scorpius. O Malfoy, precebendo a expressão do amigo chamou sua atenção.

— Que aconteceu? Rose te falou alguma coisa?

— Ela quer que eu volte a andar com ela. — Albus pegou um garfo nas mãos e começou a analisá-lo, como se nunca tivera visto um talher em sua vida.

— Por que?

— Só Merlin sabe. Ela é doida.

— Não fale assim da sua prima! — Scorpius deu um risinho.

— Você iria me compreender caso tivesse ela como prima. — Albus respondeu largando o talher enquanto o Chapéu Seletor cantava mais uma de suas músicas antes de selecionar os alunos.

— Dê um tempo para ela, Alv! Você sabe que pessoas inteligentes são consideradas mais tímidas e chatas.

Albus o olhou preguiçosamente.

— Você está me chamando e chamando o resto do mundo de burro, Scorps.

— Não foi isso o que eu falei.

O Chapéu Seletor terminara seus poemas e começara a pensar em voz alta e anunciar as casas de uma criança de cabelos mel presos em duas tranças que caiam como uma cachoeira em seus ombros.

— Como que aquele farrapo ainda está vivo? — Albus perguntou olhando Scorpius, que falhou ao reprimir um sorrisinho.

— Que o banquete esteja servido! — anunciou uma feliz Minerva ao terminar o seu querido discurso e fez com que os pratos enchessem-se de variedades de doces e salgados.

🚂: In another Dimension | Albus × ScorpiusOnde histórias criam vida. Descubra agora