Tudo muda o tempo todo, minha rotina mudou e minhas companhias mudaram. Agora tenho Anna, vejo Maraisa aos finais de semana e na semana tentamos nos falar por telefone, mas nem sempre é possível visto que convenci os pais a colocarem na em uma faculdade semi presencial.
Nós estamos bem, Maraisa todos os dias tem um milhão de coisas para dizer sobre o seu dia, seja na faculdade ou no serviço com a mãe. Às vezes me sinto péssima, queria ela perto, queria trazê-la para minha casa e minha consciência grita que ainda não é a hora.
Essa última semana ela esteve a maioria dos dias fora de área, por conta de um passeio para um museu e algumas outras coisas. Ela está cursando artes.
— Hey, tu quer almoçar? — Anna me chama, me assusta e me desliga de um turbilhão de pensamentos.
— Com você? — Anna é gentil, está sempre tentando me animar, se acostumou com meu mau humor.
— É, não sei se viu mas são quase duas horas da tarde! — Sorri. — O macarrão daquele restaurante da frente é maravilhoso.
Meu estômago reclama e a sigo até o lugar, pedimos e noto que o celular ficou em minha sala.
— Esses dias eu vim aqui com a minha namorada. — Ela diz rindo. — Foi um desastre.
— Porque? — Tento me concentrar e não pensar que Maraisa poderia me ligar.
— Ela estava tentando cortar um pedaço de carne que estava aparentemente bem duro e a carne voou. — Anna não conseguia parar de rir. — Caiu na sopa de um senhor.
— Vou lembrar de não chamar sua namorada para a festa de confraternização da empresa, Anna. — Falo terminando de comer.
— Espero estar na empresa para poder ir. — Sorri.
— Então é por isso que não me atende? — Ouço uma voz conhecidíssima e me viro.
— Maraisa! — Sorrio, que surpresa vê-la aqui. Mas a tempo de eu levantar ela sai do restaurante.
— Se eu não voltar, paga a conta e te reembolso. — Falo e saio correndo atrás dela.
Vejo Marco no carro e aceno com a cabeça.
— Maraisa, espera!
— Eu te liguei várias vezes, Marilia! E você toda feliz almoçando com aquela menina! A conversa estava divertida mesmo. — Me olhou por breves segundos. — Pensei que poderíamos fazer alguma coisa, já que meu pai tem coisas a fazer aqui, mas vejo que você está bem ocupada.
— Maraisa, eu só estava almoçando com a Anna e a escutando falar de como a namorada é desastrada.
— Hoje é almoço, amanhã é um jantar, eu não estou aqui mesmo. — Dá de ombros. — Acho que vou acompanhar meu pai, Marilia.
— Não, Maraisa. — Dou um passo em sua direção. — Isso não é justo, você não pode classificar todas as pessoas que fico com interesse amoroso porque não está aqui! — Me irrito com sua atitude. — Você está conhecendo um monte de gente, até posta fotos no Instagram agora e não fico como louca com todas as pessoas ao seu lado! Porque eu confio em você! E só o que eu tenho pra fazer, confiar em você. Às vezes quero muito saber onde está e se não vai conhecer alguém mais novo e mais legal, mas penso que não. Também deveria pensar. — Desabafo e vejo que seus olhos caçam os meus, mas não é uma boa hora.
— Marilia? Tudo bem? — Marco encosta ao nosso lado.
— Bem, acho que você vai ter companhia. — Digo acenando para os dois.
Talvez fosse a semana inteira de saudade ou TPM ou serviço, não sei. Minha cabeça estava girando e eu precisava ir para casa, mandei mensagem para Anna dizendo que só voltaria no dia seguinte.
Chego em casa e me desfaço das roupas, tomo um banho demorado com os cabelos soltos e tento não pensar em nada. Porém, sou interrompida com a campainha tocando repetidas vezes, coloco o roupão e me seco na medida do possível. Abro a porta e vejo Maraisa sozinha com um pote de sorvete em mãos.
— Você me desculpa? — Perguntou sem se mover. — Eu confio em você, de verdade. Meu pai disse pra eu te dar um tempo, mas não quero tempo, vim aqui para ficar com você.
— Maraisa, Maraisa... — Digo pegando sua mão a trazendo para dentro. — Só desculpo se tomar banho comigo... — Abro o roupão a deixando para trás.
Eu amo os toques firmes de Maraisa, quando toma o controle. No banheiro meu corpo fica contra a parede enquanto seus lábios chupam cada parte de mim, me falta forças quando o orgasmo me preenche, seguro em seus ombros não deixando que pare de me chupar e que saudade eu estava dela assim também.
A beijo incontáveis vezes quando se levanta, meus dedos encontram o seu sexo e Maraisa me arranha, geme e pede por mais. Vejo a água cair sobre seu corpo, tão lindo e meu. Entre beijos, carícias e algumas palavras ficamos um bom tempo no banho. Maraisa escolhe algumas de suas roupas que estão em meu guarda-roupa e eu coloco uma blusa fresquinha e fico de calcinha.
Deixo Maraisa no quarto um minutinho e volto com o sorvete que trouxe e duas colheres.
— Me conta as novidades. — Falo pegando uma colherada.
— Sinto sua falta, tem várias pessoas ao meu redor agora, mas nenhuma delas é você. Eu amo estar estudando fora e ter certa liberdade, mas em alguns momentos nada parece fazer sentido.
— Não está fácil, mesmo. — Pego sua mão dando um beijo. — Mas vai dar tudo certo.
— Eu fiz algo bem feio... — Maraisa diz corando. — Estava indo ao quartinho da bagunça pegar algumas tintas e encontrei uns papéis da minha mãe, acho que podem te interessar, tirei umas fotos. Peguei o celular vendo, eram rascunhos de contratos, vários números, provisões, contas. — Ouvi uma conversa dela com meu pai sobre falar com você, sobre filial da sua empresa, algo assim.
— Maraisa! Se eles te pegam vai levar um puxão de orelha, mas essa informação é muito útil, vou pensar sobre. — Concluo.
Maraisa pega o pote de sorvete e coloca-o de lado, ela fica entre minhas pernas encostada em mim.
— Gosto de pensar em você lá, encurtar a distância, a saudade... — Diz.
Minha mente começa a maquinar todos os números e rascunhos que vi nas fotos que Maraisa me mostrou. Uma ideia muito louca, porém, muito certa.
Notas finais
Eitcha Maraisa ciumenta
Penúltimo capítulo 🥲
Até depois! ❤️— Autora✍🏻
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You Captivated Me || Malila
Fanfiction[ ADAPTAÇÃO ] "Eu sempre gostei da história do pequeno príncipe, de como o amor é explicado em cada detalhe. Quando era pequena meu pai me dizia para eu encontrar meu lugar na história e eu finalmente encontrei. Ao conhecer Maraisa, eu descobri ser...