Capítulo 25

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Tudo muda o tempo todo, minha rotina mudou e minhas companhias mudaram. Agora tenho Anna, vejo Maraisa aos finais de semana e na semana tentamos nos falar por telefone, mas nem sempre é possível visto que convenci os pais a colocarem na em uma faculdade semi presencial.

Nós estamos bem, Maraisa todos os dias tem um milhão de coisas para dizer sobre o seu dia, seja na faculdade ou no serviço com a mãe. Às vezes me sinto péssima, queria ela perto, queria trazê-la para minha casa e minha consciência grita que ainda não é a hora.

Essa última semana ela esteve a maioria dos dias fora de área, por conta de um passeio para um museu e algumas outras coisas. Ela está cursando artes.

—  Hey, tu quer almoçar?  —  Anna me chama, me assusta e me desliga de um turbilhão de pensamentos.

—  Com você?  —  Anna é gentil, está sempre tentando me animar, se acostumou com meu mau humor.

—  É, não sei se viu mas são quase duas horas da tarde!  —  Sorri.  —  O macarrão daquele restaurante da frente é maravilhoso.

Meu estômago reclama e a sigo até o lugar, pedimos e noto que o celular ficou em minha sala.

—  Esses dias eu vim aqui com a minha namorada.  —  Ela diz rindo.  —  Foi um desastre.

—  Porque?  —  Tento me concentrar e não pensar que Maraisa poderia me ligar.

—  Ela estava tentando cortar um pedaço de carne que estava aparentemente bem duro e a carne voou.  —  Anna não conseguia parar de rir.  —  Caiu na sopa de um senhor.

—  Vou lembrar de não chamar sua namorada para a festa de confraternização da empresa, Anna.  —  Falo terminando de comer.

—  Espero estar na empresa para poder ir.  —  Sorri.

—  Então é por isso que não me atende?  —  Ouço uma voz conhecidíssima e me viro.

—  Maraisa!  —  Sorrio, que surpresa vê-la aqui. Mas a tempo de eu levantar ela sai do restaurante.

—  Se eu não voltar, paga a conta e te reembolso.  —  Falo e saio correndo atrás dela.

Vejo Marco no carro e aceno com a cabeça.

—  Maraisa, espera!

—  Eu te liguei várias vezes, Marilia! E você toda feliz almoçando com aquela menina! A conversa estava divertida mesmo.  —  Me olhou por breves segundos.  —  Pensei que poderíamos fazer alguma coisa, já que meu pai tem coisas a fazer aqui, mas vejo que você está bem ocupada.

—  Maraisa, eu só estava almoçando com a Anna e a escutando falar de como a namorada é desastrada.

—  Hoje é almoço, amanhã é um jantar, eu não estou aqui mesmo.  —  Dá de ombros.  —  Acho que vou acompanhar meu pai, Marilia.

—  Não, Maraisa.  —  Dou um passo em sua direção.  —  Isso não é justo, você não pode classificar todas as pessoas que fico com interesse amoroso porque não está aqui!  —  Me irrito com sua atitude.  —  Você está conhecendo um monte de gente, até posta fotos no Instagram agora e não fico como louca com todas as pessoas ao seu lado! Porque eu confio em você! E só o que eu tenho pra fazer, confiar em você. Às vezes quero muito saber onde está e se não vai conhecer alguém mais novo e mais legal, mas penso que não. Também deveria pensar.  —  Desabafo e vejo que seus olhos caçam os meus, mas não é uma boa hora.

—  Marilia? Tudo bem?  —  Marco encosta ao nosso lado.

—   Bem, acho que você vai ter companhia.  —  Digo acenando para os dois.

Talvez fosse a semana inteira de saudade ou TPM ou serviço, não sei. Minha cabeça estava girando e eu precisava ir para casa, mandei mensagem para Anna dizendo que só voltaria no dia seguinte.

Chego em casa e me desfaço das roupas, tomo um banho demorado com os cabelos soltos e tento não pensar em nada. Porém, sou interrompida com a campainha tocando repetidas vezes, coloco o roupão e me seco na medida do possível. Abro a porta e vejo Maraisa sozinha com um pote de sorvete em mãos.

— Você me desculpa? — Perguntou sem se mover. — Eu confio em você, de verdade. Meu pai disse pra eu te dar um tempo, mas não quero tempo, vim aqui para ficar com você.

— Maraisa, Maraisa... — Digo pegando sua mão a trazendo para dentro. — Só desculpo se tomar banho comigo... — Abro o roupão a deixando para trás.

Eu amo os toques firmes de Maraisa, quando toma o controle. No banheiro meu corpo fica contra a parede enquanto seus lábios chupam cada parte de mim, me falta forças quando o orgasmo me preenche, seguro em seus ombros não deixando que pare de me chupar e que saudade eu estava dela assim também.

A beijo incontáveis vezes quando se levanta, meus dedos encontram o seu sexo e Maraisa me arranha, geme e pede por mais. Vejo a água cair sobre seu corpo, tão lindo e meu. Entre beijos, carícias e algumas palavras ficamos um bom tempo no banho. Maraisa escolhe algumas de suas roupas que estão em meu guarda-roupa e eu coloco uma blusa fresquinha e fico de calcinha.

Deixo Maraisa no quarto um minutinho e volto com o sorvete que trouxe e duas colheres.

— Me conta as novidades. — Falo pegando uma colherada.

— Sinto sua falta, tem várias pessoas ao meu redor agora, mas nenhuma delas é você. Eu amo estar estudando fora e ter certa liberdade, mas em alguns momentos nada parece fazer sentido.

— Não está fácil, mesmo. — Pego sua mão dando um beijo. — Mas vai dar tudo certo.

— Eu fiz algo bem feio... — Maraisa diz corando. — Estava indo ao quartinho da bagunça pegar algumas tintas e encontrei uns papéis da minha mãe, acho que podem te interessar, tirei umas fotos. Peguei o celular vendo, eram rascunhos de contratos, vários números, provisões, contas. — Ouvi uma conversa dela com meu pai sobre falar com você, sobre filial da sua empresa, algo assim.

— Maraisa! Se eles te pegam vai levar um puxão de orelha, mas essa informação é muito útil, vou pensar sobre. — Concluo.

Maraisa pega o pote de sorvete e coloca-o de lado, ela fica entre minhas pernas encostada em mim.

— Gosto de pensar em você lá, encurtar a distância, a saudade... — Diz.

Minha mente começa a maquinar todos os números e rascunhos que vi nas fotos que Maraisa me mostrou. Uma ideia muito louca, porém, muito certa.

Notas finais

Eitcha Maraisa ciumenta
Penúltimo capítulo 🥲
Até depois! ❤️

— Autora✍🏻

You Captivated Me || MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora