Capítulo 23

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Nós fomos para praia, Maraisa veio comigo no carro e seus pais foram em outro devido a quantidade de malas que Almira quis levar. Maraisa está ansiosa, conferiu a mala muitas vezes, roeu as unhas, brigou com a mãe porque estava a amolando falando das coisas que precisava levar e fazendo recomendações, tínhamos que sair às 6:00 e eles só conseguiram sair no portão às 8:00.

—  Quanto tempo até chegarmos?  —  Maraisa pergunta enquanto escolhe uma música.

—  Umas 2 horas, vocês demoram demais.

—  Graças a minha mãe. Não vejo a hora de chegarmos.  —  Finalmente escolhe, coloca Bon Jovi.

—  Você vai gostar do mar, é infinito igual você.

—  Como? Não sou infinita, não não.  —  Maraisa me olha e sorrio.

—  É como eu te vejo, Maraisa. Somos infinitas, não vamos terminar.

—  Não?  —  Pausa a música.  —  Você não vai cansar de explicar todas as metáforas?

—  Poderia te explicar o mundo se eu entendesse, não vou cansar e não vou a lugar algum.

Maraisa arrumou um óculos de sol e eu quero a toda hora desviar o olhar da estrada para vê-la séria com um óculos escuro e uma blusa azul, tão simples e linda. Mas presto atenção a frente, não conversamos mais pelo caminho e em pouco tempo nossa paisagem se transforma de campos plantados para áreas abertas, areia e ao longe, o mar.

Minha expectativa é de que Maraisa ame e sinta a energia boa que a praia tem. Algumos dois chalés que são próximos, pretendo rouba-la três dias que vamos ficar, talvez eu esteja criando expectativas demais no passeio.

—  O que está pensando?  —  Sou tirada de meus pensamentos.

—  Quero que esses dias sejam bons e leves, só isso.  —  Respondo.

—  Vai ter você, vai ser ótimo.

Chego antes dos pais de Maraisa, carregamos nossas malas para o chalé e logo avistamos os dois chegando. Almira grita a filha de longe pedindo ajuda para carregar as coisas, Marco parece feliz demais rindo para todos os cantos, faltando pegar todas as malas e não deixar que Almira faça nada.

—  Nós devemos concordar que Almira é exagerada.  —  Digo na porta do chalé onde eles vão ficar.

—  Não sou, trouxe só o que preciso, roupas, cremes, perfumes, remédios, comida. Nada mais que o necessário, Maraisa cadê sua mala?

—  No chalé da Marilia, posso ficar lá?

—  Pode.  —  Marco se adianta.  —  porque eu já tenho algo planejado para nós e não inclui criança.  —  Diz abraçando Almira, piscando para mim.

—  Não sou criança!  —  Maraisa rebate e sai.

—  Não faça nada, Marilia...  —  Almira pontua.

Ignoro e encontro Maraisa mexendo em sua mala.

— Não sou criança, meu pai é muito chato, não sei porq... — A corto entrando em sua frente beijando seus lábios, meus dedos vão adentrando seus cabelos apertando, a direciono até a parede apertando meu corpo ao seu.

— Você não é nada criança... — Sussurro em seu ouvido dando mordiscadas.

— Você tem planos para nós também? — Maraisa sussurra com a voz falha, apertando minha cintura.

— Tenho...planos que incluem tirar essa camisa... — A solto colocando a mão em seu rosto, a olhando. — A minha roupa também.

— Acho que posso te ajudar. — Mordeu os lábios, colocou a mão em minha blusa a levantando.

You Captivated Me || MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora