Capítulo 19

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Almira e Maraisa chegam junto a empresa, com o fim das férias de Almira meu serviço carregado diminui e não tenho mais desculpas para chamar Maraisa em minha sala.

—  Oi.  —  Digo encostando na porta do almoxarifado.

—  Oi! Precisa de ajuda?  —  Levanta, se postando ao lado da mesa.

—  Ajuda? Não...  —  Balanço a cabeça negativamente.  —  Mas, quero muito outra coisa.

—  O que?  —  Aperta os olhos em minha direção.

Sorrio e me aproximo, seguro suas mãos e a trago para perto de mim.

—  Isso não parece nada com serviço...  —  Morde os lábios.

—  Isso?  —  A beijo, soltando suas mãos para segurar em sua cintura.  —  Nada profissional.

Maraisa me solta, fico sem entender. Mas, a vejo fechar a porta e rir com o rosto corado.

—  Agora sim.  —  Volta para perto de mim.  —  Você sabe que tenho muito o que aprender, não é?

—  Te ensino o que quiser.  —  Encosto em sua mesa e colo seu corpo ao meu.

Maraisa rodeia os braços em meu pescoço e me beija, tem certa urgência, Suas mãos antes soltas me contornam e sinto arrepios. Sinto nosso mundo se formando, ganhando cores, sabores, sensações.

—  Eu sinto coisas.  —  Diz se afastando um pouco.

—  Coisas? —  Arqueio a sobrancelha buscando o real sentido.

—  Quando me aperta, quando sinto que meu corpo está próximo demais do seu.   

—  A é?  —  Brinco, tiro seu cabelo do ombro e beijo seu pescoço, posso ouvir a respiração de Maraisa pessndo.  —  O que sente?

—  Marilia...  —  Sussurra mas não se move, busca por mais.

Distribuo beijos por todo seu pescoço, vejo suas reações, tento não ir rápido demais.

—  Ah não.  —  Maraisa diz quando ouve baterem na porta.

—  Deve ser sua mãe.  —  Me afasto buscando ar.  —  Depois a gente se fala.

—  Me leva com você.  —  Segura minha mão fazendo bico, linda!

—  No almoço.

Deixo um beijo em sua testa e saio, tento me recompor antes de abrir a porta. Cena clássica: arruma a roupa, o cabelo, vê se está tudo ok.

—  Hey.  —  Digo a Almira, tentando não sorrir demais.

—  Estava ajudando a Maraisa.  —  Pergunta irônica.

—  Nossa, como você adivinhou?

—  Marilia...  —  Suspira.

—  Posso levar ela pra almoçar fora?

—  Sua sorte é que Marco me chamou para almoçar fora porque tem algo a conversar.  —  Sinto sua voz carregada.

—  Tudo bem entre vocês?

—  Sim.  —  Diz me deixando para trás.

Saio da empresa e vou em casa só para constar o óbvio: preciso fazer compras.

Passo em alguns clientes, visita de rotina.
Vou na minha mãe e combino de jantar com ela.

Volto para a empresa e encontro um monte de contratos sobre minha mesa a serem assinados e alguns para revisar, Almira não brinca em serviço.

You Captivated Me || MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora