- O CONVITE -

23| a conversa p/2.

Marília:

[Um tempo depois…]

Mais uma vez, já tinha feito tempo demais desde que Henrique tinha ido ao seu quarto conversar com Amanda, e Marília estava ligeiramente nervosa numa mistura de ansiedade para saber o que estava acontecendo.– Tanto que ela tinha ido em direção ao quiosque e pedido apenas uma bebida enquanto esperava por henrique.– não sabia como ele estaria, mas sabia que provavelmente ele iria precisar dela…e ela estava ali, por ele e pra ele.

Sua perna balançava freneticamente para cima e para baixo num ato de nervosismo enquanto esperava pelo homem, claramente perdida em pensamentos e com a bebida ainda pela metade.– logo ela que gostava tanto de álcool, agora não estava com o menor clima para beber…Não sabia se agradecia por ser tirada dos seus pensamentos ou não, quando escutou uma voz um pouco grave lhe chamando…

sentindo um leve arrepio na espinha e um peso enorme na consciência, a loira virou imediatamente na direção da voz.

– Marília?.– Murilo a chama e nesse momento a mesma viu o homem parado em sua frente enquanto segurava uma bolsa em suas costas, especificamente a bolsa que ele trouxe na viagem.

Murilo estava perfeitamente arrumado, os cabelos penteados para trás, uma blusa branca e uma calça jeans clara, e, bastante cheiroso.– o óculos escuro que ele usava disfarçava provavelmente os olhos inchados dele. E foi quando o mesmo tirou os óculos que Marília teve essa certeza…

– Murilo…– a Mendonça o chamou em um fiasco de voz e acabou se levantando, revezando seu olhar dele para a bolsa que o cantor segurava.– onde cê vai?

Essa pergunta parecia algo besta, já que estava óbvio que ele iria embora mas não pode deixar de perguntar, estava chateada por ter magoado e talvez usado o Murilo para tentar esquecer Ricelly, não queria ter que fazê-lo sofrer pois sabia dos seus reais sentimentos por ela, mas ela também não podia forçar algo com ele, sabendo dos seus reais sentimentos por outro.

– eu tô indo embora.– Murilo diz e acaba suspirando.– só achei que você deveria saber. Enfim…adeus Marília.– o huff diz e tenta virar as costas pra sair mas Marília foi mais rápida e o impede, segurando brevemente em seu braço

– Murilo, espera!.– chama de forma um pouco apreensiva e desesperada, então o homem para, a olhando brevemente.– eu…– as palavras pareceram sumir da sua garganta e ao ouvir o olhar doloroso de Murilo, sentiu sua garganta secar e a vontade de chorar também a consumir.– eu sinto muito…– diz por fim e deixa a primeira lágrima cair. Ela realmente sentia muito.

– não chore por mim…você ama outro. Sempre amou.– o Huff diz, ainda de forma indiferente e isso foi como um soco em seu estômago.

– não fala assim…eu também te amei, mas você sabe que não é a mesma coisa que eu sinto por ele…Henrique e eu, a gente…

– não preciso saber mais sobre isso. Por favor…não fala. -- o moreno pede, a interrompendo no instante seguinte com a voz carregada de sentimentos. Isso era triste e a Mendonça nem sabia direito o porque estava tentando se explicar.

– eu não queria te magoar. Eu fui uma idiota e por favor, me perdoa…. você merece alguém completa, que te ame como você merece ser amado e infelizmente eu não sou essa pessoa. Eu queria que fosse…mas não sou.– sussurra por fim a loira então Murilo acaba suspirando. -- eu não quero te perder. A gente ainda pode ser amigos?!

– eu não posso ser só seu amigo. Cê sabe disso.– Huff diz prontamente e se aproxima mais um pouco dela. -- mas eu sei que ainda vamos nos encontrar por aí e talvez as coisas possam ser diferentes. Talvez a gente possa criar novamente apenas uma amizade, mas agora não dá.– finaliza e Marília apenas funga, contendo as lágrimas enquanto se limitava em concordar. Não tinha muito o que ser feito…infelizmente.