Eu e minha mãe havíamos chegado no aeroporto a quase meia hora, estávamos sentadas esperando a hora de entrar no avião.
Eu não comi nada antes de sair, estava morrendo de fome, daqui a pouco minha barriga começaria a roncar, e o cheiro dequeles salgados naquela pequena lanchonete não estava ajudando em nada.
- Mãe! Mãe! - Chamo ela a puxando pela manga da blusa.
- Fale, filha.
- Eu tô com fome. Ainda vai demorar?
- Eu avisei para você comer algo antes de sair, não avisei? - É, ela avisou, mas eu não estava com fome aquela hora!
- Eu não estava com fome aquela hora, agora estou, e com muita. Por favor mãe, a senhora não poderia me dar nem um dinheirinho para comprar algo para comer. - Falo e aponto para a pequena lanchonete. - Apenas para matar a fome desta pequena criança. Não vai me dizer que a senhora não está sentindo o cheirinho? Isso é tortura! Até a senhora ficou com fome agora, não ficou?
- Certo, certo, tudo bem, Catra. Pegue este dinheiro a vá comprar algo para comer, e traga um para mim também!
- Ok, ok, já estou indo!
Volto com dois pastéis nas mãos, um já pela metade. E nossa, não sei se era a fome que eu estava sentindo, mas esse era o melhor pastel que eu já tinha comido na minha vida. Entrego o pastel que estava inteiro para minha mãe.
Terminamos de comer o pastel e finalmente havia chegado a hora de entrar no avião.
[...]
Eu estava procurando o meu acento, junto com minha mãe que fazia o mesmo. O avião não era grande, mas também não era pequeno. Havia duas poltronas na esquerda, duas no meio e duas na direita.
Eu havia encontrado minha poltrona no lado esquerdo, número 67, poltrona da ponta, e minha mãe estava no lado direito, na poltrona número 70, lado da ponta também. A única coisa que separava nós duas eram os dois acentos no meio.
Na poltrona do lado da janela, havia uma garota de cabelos loiros, bem loiros, ela estava de fone, provavelmente escutando música. Não dava para ver seu rosto, pois ela estava virada para o lado da janela. Não fiz muito caso e me sentei.
Provavelmente não demoraria muito para o avião começar a decolar, e isso estava me deixando nervosa, muito nervosa. E se o avião caísse? E se começasse uma tempestade horrível? Parei meus pensamentos pessimistas quando senti uma movimentação na poltrona ao meu lado direito.
A garota tinha se virado, agora eu podia ver o rosto dela, e nossa... Quem era essa garota esculpida pelos mais belos anjos? Ela era absolutamente linda! Simplismente a garota mais linda que eu já vi!
Ela tinha a pele branca, quase um papel, os cabelos dourados soltos, extramamente lisos, seus olhos eram azuis, os mais azuis que já vi, e os mais lindos também. Eram tipo o oceano, só que nesse eu teria prazer em me afogar.
Percebi que estava encarando demais quando ela me olha com uma sobrancelha arqueada, como quem dizia: "perdeu alguma coisa em mim?"
- Terminou sua análise? - Ela diz, dava para perceber que ela estava segurando um sorriso, provavelmente do como eu estava vermelha agora, morrendo de vergonha. Mas isso me despertou uma curiosidade. Como seria o sorriso dela? Com certeza seria lindo. Quer dizer, eu acho...
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Gorgeous • Catradora
RomanceQuando sua mãe, Simone Applesauce, lhe deu a notícia de que iriam se mudar, Catra odiou a ideia. Deixar seus amigos, namorado. Péssima ideia. Mas quando ela se muda de vez, para uma cidade nova, escola nova, ela encontra um par de olhos azuis. Um pa...