Grite! O sistema está fedendo como roupas velhas

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Essa fanfic possui os seguintes temas: Bullying, Drogas, Estupro, Gravidez na Adolescência, Homofobia, Homossexualidade, Insinuação de sexo, Linguagem Imprópria, Suicídio, Violência. Caso alguma das temáticas acima te cause desconforto, sugiro não ler

(Fevereiro/2023): Essa fanfic foi reescrita. A versão que você está prestes a ler é a nova versão. Na versão reescrita, cortei fora boa parte do elenco secundário dessa fic e dei uma modificada na história de alguns personagens. Já quanto ao elenco principal, a história permanecerá a mesma. Para quem decidir reler essa fic ou para quem está começando agora, espero que gostem ♡ Quem preferir esperar pela quarta temporada apenas, tem um capítulo de resumo explicando todas as mudanças logo após o capítulo 60, então você não precisa reler tudo se não quiser! Boa leitura!




Capítulo 1



Um grande evento estava acontecendo no teatro da Royal High Academy — a escola particular mais prestigiada de Nova York. Em frente aos vários jornalistas que revezavam para fazer perguntas estava Park Daeshim, o diretor da escola. Ele era um homem de cinquenta e poucos anos, seus cabelos já estavam um pouco grisalhos, mas ainda era considerado bastante charmoso. Na adolescência, Daeshim havia sido o príncipe da Royal High, título que agora tinha passado ao filho mais velho.

A escola foi fundada por seu avô no início dos anos de 1900. De geração em geração, a Royal High Academy veio sendo administrada pela família, portanto todos sabiam que os filhos de Daeshim seriam os responsáveis por herdá-la. O mais velho tinha dezessete anos e se chamava Park Sunghoon, ele jogava pelo time de futebol americano da escola, era conhecido por sua lábia e por arrasar o coração de todas as garotas por onde quer que passasse, não era à toa que era o príncipe da escola. Já o caçula da família era apenas um ano mais novo, mas não levava a mesma vida glamorosa do que o irmão. Há dois anos, Park Jungwon foi vítima de um acidente de carro que o tornou paraplégico. Porém, essa situação que parecia traumática se tornou como uma força positiva para a família — ou pelo menos era o que parecia.

Naquela tarde, Park Daeshim estava discursando sobre como ele havia tornado a Royal High uma escola inclusiva para seu filho mais novo. Aproveitando o gancho, avisou que estaria concorrendo para o cargo de prefeito de Nova York usando a inclusão como pauta: "Por uma Nova York onde todas as pessoas com deficiência possam ter direito a uma vida digna". Se aquilo vinha mesmo do coração de um pai que via seu filho sofrer ou se era apenas uma tática para comover o coração da população ninguém sabia — mas era nítido que Daeshim era amado pelo povo.

Em certo ponto do evento, o homem anunciou que eles fariam uma pausa de alguns minutos e ofereceu champanhe aos jornalistas que aguardavam. Já há algum tempo, Sunghoon trocava olhares com uma moça que estava bem em seu campo de visão, e aproveitando a pausa fez um sinal com a cabeça para que ela o seguisse. Sua mãe estava ocupada conversando com seu irmão mais novo, então nenhum deles reparou. Ele andou disfarçadamente até os fundos do teatro enquanto ouvia a mulher acompanhá-lo de longe. Ela devia ter por volta de uns vinte e dois ou vinte e três anos, usava maquiagem forte, salto agulha vermelho, vestido justo. Estava arrumada demais para aquele evento, provavelmente tinha algo em mente quando escolheu aquele visual. Sunghoon sabia de sua própria fama, sabia dos rumores que rondavam por todo Upper East Side sobre ele ser um galinha e ter um fraco por mulheres mais velhas e não ligava a mínima. Assim que chegaram aos fundos do teatro, a mulher o encarou com interesse.

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