O dia que a garota rica andou de ônibus pela primeira vez!

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Capítulo 15



O silêncio repleto de palavras não ditas entre Heeseung e Jake era quase ensurdecedor, doía fisicamente. Como o recém-chegado não tinha dito uma palavra sequer, foi o outro quem resolveu começar.

— Por que você está aqui?

Jake titubeou antes de responder.

— Eu queria saber se você está bem.

Heeseung deu uma risadinha irônica, aquilo só podia ser uma piada.

— Você ainda não teve o suficiente da sua vingança? Eu estou machucado, me sinto doente — ele mostrou os pulsos avermelhados — Eu já entendi o seu recado, eu não vou mais me aproximar de você. O que mais você quer de mim?

Aquela era uma pergunta para a qual não tinha uma resposta, nem sequer sabia o que estava fazendo naquele lugar. Por fim, ele apenas suspirou.

— Eu não quero mais nada, vamos terminar tudo aqui. De hoje em diante, vamos seguir caminhos separados.

Heeseung não respondeu, ele apenas o observou com uma expressão gélida no rosto. Se sentindo deslocado, Jake se virou e saiu andando sem jeito, fechando a porta atrás de si. Foi só quando já estava sozinho ali que o Lee relaxou, seus ombros caíram e ele afundou na cama. Ele estava machucado de tantas formas...

Jake não sabia por que estava chorando, mas enquanto caminhava sozinho pela rua, algumas lágrimas desciam por suas bochechas. Aquele era o ponto final que tanto queria, então nem sequer entendia por que estava agindo daquele jeito, por que estava tão triste?

E embora tivesse dito aquilo antes, por algum motivo não achava que os dois iriam realmente seguir caminhos separados.





Bahiyyih tinha acabado de entrar em casa, estava ainda tirando o casaco para entregá-lo à empregada quando ouviu a voz de sua mãe lhe chamando no escritório. A empregada olhou para ela, ela a encarou de volta e suspirou, as duas sabiam que aquilo significava problema.

Assim que entrou no escritório, ela estava se esforçando para sorrir, porém logo que viu quem estava sentado na cadeira diante da mesa de mármore, seu sorriso veio genuinamente. Aquele homem elegante que usava anéis grandes e caros nos dedos curtos e acariciava um gato persa alaranjado era ninguém menos do que seu pai, o respeitável senhor Huening. Como o homem de negócios que era, vivia viajando a trabalho e passava pouco tempo em casa, ficando a educação dos filhos nas mãos de sua esposa. Justamente por isso, sua fama era muito melhor do que a da esposa naquela casa, já que ele era a figura paterna que sempre trazia presentes e mimava os filhos, estragando toda a educação mais rígida dada pela mulher.

— Daddy!!! — a loira deu um gritinho e correu até ele para abraçá-lo, espantando o gato persa de seu colo e fazendo sua mãe revirar os olhos.

— Veja se não é a minha Hiyyih! Deixa o papai de te ver!

A garota sorriu e deu uma voltinha, ao que o homem aplaudiu.

— Você está mais alta! Também ainda mais bonita desde que nos vimos pela última vez!

— Obrigada daddy — ela jogou os cabelos para os lados um tanto vaidosa.

Ao ver aquela cena, Taeri perdeu a paciência.

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