O desejo proibido no coração do pobre garoto rico

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Capítulo 30



Sunoo tinha ido fazer compras com Sanghun e os dois chegaram juntos na cobertura, pois seus pais estavam reunidos ali para negócios. Já passava das onze, mas aqueles homens ainda estavam trabalhando. O senhor Kim avisou ao filho que ele devia ir para o quarto e fazer silêncio, um casal de japoneses estava para chegar para tratar de negócios, estavam vindo direto do aeroporto para isso. Sunoo apenas deu de ombros e se retirou, ao que o amigo o acompanhou.

Quando estavam no quarto, Sanghun pegou alguma coisa qualquer para ler, enquanto Sunoo tinha deitado na cama para mexer no celular. Ele viu uma foto de Niki no Instagram, ele estava bonito, radiante e cheio de vida. Parecia que depois de tudo estava verdadeiramente feliz, então seu coração se sentiu metade aliviado e metade triste. Tudo o que queria era poder estar ali com ele, viver aquelas coisas ao seu lado, ser livre para ser quem era. De repente, tinha se afundado em um buraco de pensamentos depressivos, algo que foi percebido pelo amigo.

— Você não devia olhar para coisas que te deixam deprimido.

Sunoo desviou o olhar do celular e suspirou.

— Pare de olhar para as coisas desse Niki — continuou.

— Por quê? — o Kim revidou — Está com ciúmes?

Sanghun não respondeu, ele apenas fechou o livro que lia e o largou em cima da mesa. Eles olharam um nos olhos do outro e de repente Sunoo começou a sentir aquilo de novo. Como poderia nomear? Talvez fosse um desejo proibido. Havia algo no olhar de Sanghun, algo que só aparecia de vez em quando. Na maioria das vezes, seu olhar era vago e vazio, como se estivesse indiferente a tudo. Porém, em certos momentos havia tanta profundidade ali que era quase como se estivessem falando com ele.

— Não me olhe assim se você não vai fazer nada — Sunoo o ameaçou.

Naquele momento, eles ouviram a campainha tocar e permaneceram apenas olhando um para o outro daquele jeito enquanto de longe as vozes abafadas de seus pais vinham.

— O que você quer que eu faça? — o Lee finalmente perguntou.

— Faça o que você quiser fazer — Sunoo o provocou.

O Kim era bom nesse tipo de jogo, ele era alguém que sabia como seduzir. Desde sempre, Sanghun era fraco por aquele amigo, havia algo nele que o desestabilizava, que o fazia perder sua pose gélida.

— Venha — Sunoo pediu.

No segundo seguinte, o amigo já tinha o obedecido e voado em cima dele para um beijo. Ambos tinham plena noção de que a porta do quarto não estava trancada, ela tinha apenas sido fechada. Por algum motivo, estar ciente disso deixava ambos mais fervorosos, como se a sensação do perigo iminente apimentasse aquele momento. Então eles se perderam em um beijo ríspido, desesperado e quente.

Eles ouviram quando os passos de seus pais e os convidados se aproximaram, o barulho da porta do quarto ao lado e suas vozes ficando mais altas. Ali era o escritório do senhor Kim, coincidentemente ao lado do quarto do filho. Por algum motivo, ouvir aquelas vozes tão próximas foi como uma pontada dentro do garoto, ele queria fazer todas as coisas erradas que poderia naquela noite.

Aquele beijo e as carícias logo fizeram com que suas roupas fossem sendo tiradas uma a uma. Os sons de seus corpos, suas respirações e gemidos baixinhos misturados aos sons das vozes de seus pais no quarto ao lado era quase erótico, Sunoo nunca tinha se sentido tão excitado antes. Ele estava tão alucinado que o amigo precisou cobrir sua boca com a mão para conter seus gemidos que tinham se tornado mais altos a cada minuto. De fato, estava tão maluco naquilo que naquele momento tudo o que mais queria era que seu pai entrasse no quarto e o pegasse ali nu sentado em cima do amigo, seus corpos se esfregando daquele jeito obsceno, queria que o visse ali, que visse aquilo tudo, que enlouquecesse. Aquela imagem mental se tornou tão insana que não demorou muito para que ele tivesse um orgasmo naquela noite.

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