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EPISÓDIO 22
PRESA COM O DIABO
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tw – governador sendo o governador, um guarda nojento, dor, sofrimento etc.
"Eu sei o suficiente sobre o mal para reconhecê-lo. E eu o reconheci, no modo que se portava e agia e falava. Ele era uma pessoa terrível que tinha coragem o suficiente para infligir o mal nas outras pessoas.
As coisas ruins que aconteceram com o Governador não eram culpa de ninguém além dele."
Não havia vozes ao redor como se costuma ter em um hospital, mas os pequenos bipes que acompanhavam os batimentos cardíacos dela soavam com delicadeza. Por um breve segundo, Charlie não sentia que estava no próprio corpo, tinha flutuado para fora dele por tanto tempo que demorou a voltar. Não era tão anormal assim, ela tinha o costume de ir para longe em vários momentos, porque a mente dela gostava de levá-la aos lugares mais calmos.
Quando abriu os olhos, tudo estava embaçado, até fechá-los com força com a luz que batia e doía a visão, ela respirou e o ar encheu os pulmões e pela primeira vez em muito tempo, Charlie realmente apreciou esse simples ato do corpo humano.
Estava viva.
Abriu os olhos de novo, dessa vez mais acostumada com toda a luz, com o corpo ainda pesado, Charlie movimentou o dedo indicador e mexeu os olhos para conseguir visualizar ao redor. O local era uma enfermaria um tanto normal e tinha tudo o que o grupo dela um dia sonhava em ter. Isso significava que estava viva, mas não em casa.
Não em casa. Aquela casa em que os pais moravam, em que cresceu brincando no jardim, em que chorou e riu e se machucou.
Em casa. Onde pessoas morriam e matavam na mesma intensidade, onde não existia paz longa, mas uma paz curta e apreciada, onde os toques eram necessários para demonstrar amor, onde amor fluía como uma linguagem e a linguagem se baseava em proteção.
Tinha algo no rosto dela, na parte esquerda e pesava tão levemente que demorou a sentir a estranheza. Finalmente conseguiu levantar a mão totalmente e a levou nessa parte do rosto, os dedos tocaram uma faixa, talvez uma gaze, ainda assim era um tecido que cobria algo.
Havia sido machucada.
O tiro ecoou pelos ouvidos como se tivesse acabado de acontecer e Charlie afastou a mão rapidamente, o choque da lembrança a fazendo arregalar os olhos.
Com lentidão, a garota se arrumou na maca e inspirou com força, o ar enchendo os pulmões com tanta rapidez que deixou uma ardência em seu caminho, ela não se importava, Maggie e Glenn estavam com ela quando Merle Dixon apertou o gatilho da bala que a acertou para matar.
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START OF THE END¹, 𝐜𝐚𝐫𝐥 𝐠𝐫𝐢𝐦𝐞𝐬 [REESCREVENDO]
FanfictionO COMEÇO DO FIM | 𝐂𝐇𝐀𝐑𝐋𝐈𝐄 𝐂𝐀𝐑𝐓𝐄𝐑 vivia uma vida considerada normal por muitos, acompanhada de seus pais, pessoas amáveis, e seu irmão, que sempre estava ali para pegar em seu pé. Era a vida dos sonhos, apenas uma garotinha normal em mun...