Após viver toda sua vida em Nova York, Sophie se muda para Hawkins com sua mãe após o divórcio de seus pais.
Entre tantas coisas novas, ela conhece Eddie Munson, o verdadeiro bad boy do seu colégio.
Será que Sophie se apaixonaria por alguém tão...
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-Acordem! - Escutamos Dustin gritar e o olho brava.
-Quer abriu a porta para você?
-Sua irmã. - Ele diz apontando para a criança que segurava Biscoito enquanto sorria.
-O que você quer, Dustin? - Eddie pergunta com os olhos ainda fechamos e me sento no colchão.
-O Will pediu para te entregar isso. - Dustin diz me entregando um desenho que parecia muito o lugar que estava quando entrei em transe. - Se parece com o lugar que você foi parar?
-Sim, é identico. - Falo me levantando.
-Ai, merda! - Dustin diz irritado e pela seu walkie-talkie. - Will! El! Mike! Venham para a casa da Sophe agora!
-O que está acontecendo? - Pergunto confusa.
-Você foi para o mundo invertido.
...
-O que mais você viu? - El pergunta.
-Havia um... Monstro, sei lá o que ele era. Ele tentou me matar.
-Tipo esse? - Dustin pergunta me mostrando um dos desenhos de Will.
-Não, mas o que é isso?
-Um demongorgon. - Ele diz e arqueio a sobrancelha. - Longa história.
-Pode me falar como ele se parecia? - Will diz separando uma folha e começo a descreve-lo enquanto ele o desenhava.
-Eu não tenho idéia do que seja isso. - Dustin diz para El e Will.
-Eu acho que... Já vi isso. - Will diz fazendo nós o olharmos assustados. - Quando eu fui para o mundo invertido, acho que eu o vi.
-E por que nunca falou isso?
-Dustin! Dustin! - Escutamos a voz de Steve no walkie-talkie.
-O que aconteceu? - Dustin pergunta assustado enquanto olhavamos curiosos.
-A Max! Ela também está em transe! - Steve grita e pego o walkie-talkie de Dustin.
-Aonde vocês estão?
-No cemitério.
-Coloca a música preferida dela!
-O Walkman dela não está aqui. - Ele diz e sinto meu coração acelerar.
-Estamos indo ai.
-O que? Nem pensar! - Eddie diz quando desligo o walkie-talkie e pego a outra fita que estava no sofá.
-Cuida da Amanda, eu já volto. - Falo enquanto andava em direção a porta.
...
-Max! - Dustin grita e corremos até ela, Steve e Lucas.
-O que vamos fazer? - Lucas pergunta em desespero enquanto eu colocava os fones na garota.
-Sophie, não! - Steve diz. - Você não pode!
-Precisamos salvar ela. - Falo e dou play na música e o corpo de Max começa a levitar.
-Que merda! - Dustin grita e começamos a gritar o nome da garota que logo acorda e cai em cima de nós.
-Eu estou bem. - Ela diz ofegante enquanto a abraçavamos preocupados.
...
-Vamos, Max. - Nancy diz ao buscá-la e Dustin tranca a porta.
-Isso é loucura. - Mamãe diz. - Como isso é possível?
-É o que sempre me pergunto, sogrinha. - Eddie diz enquanto a ajudava a arrumar a sala de estar.
-Precisamos de pistas. - Dustin diz enquanto andava pela sala. - Precisamos de mais desenhos.
-Como assim? - Pergunto e ele pega o walkie-talkie.
-Nancy! Pede para a Max desenhar o que viu. - Ele diz e desliga após escutar a afirmação da garota. - Vamos desenhar, Sophie?
-Eu sou péssima nisso. - Aviso e subimos para o meu quarto.
-É só se concentrar. - Ele diz enquanto sentavamos em minha cama.
-Ok, ficou péssimo. - Falo após fazer alguns desenhos e o entrego.
-Está melhor do que eu imaginei. - Ele diz sorrindo e os guarda em sua mochila. - Se eu descobrir algo, eu te aviso.
-Beleza. - Falo e logo vejo o garoto sair do quarto. Ao deitar em minha cama, começo a encarar o teto e percebo a loucura que minha vida virou em tão pouco tempo.
-Está tudo bem? - Eddie pergunta enquanto entrava no quarto.
-Eu não entendo nada disso tudo. - Falo enquanto ele se deitava em meu lado.
-Eu também não entendo.
-Eu quase perdi minha melhor amiga. - Falo com lágrimas nos olhos. - Eu tenho a noção do que ela viu e eu não posso fazer nada.
-Isso não é culpa sua. - Ele diz secando a lágrima que havia caído. - Posso te perguntar algo?
-Claro. - Falo e ele segura meu pulso tirando as pulseiras que eu sempre usava revelando minha cicatriz.
-Por que fez isso? - Ele pergunta me fazendo suspirar. - Sabe que pode me contar tudo.
-Eu tentei acabar comigo mesma depois do primeiro abuso que sofri do meu pai. - Falo o fazendo engolir seco. - Eu tinha oito anos.
-Eu sinto muito. - Ele diz enquanto acariciava a profunda cicatriz.
-Mamãe pediu para virem jantar. - Amanda diz entrando no quarto e forço um sorriso.
-Já estamos indo, princesa.
-Depois iremos conversar sobre isso, mocinha. - Eddie diz antes de sairmos do quarto e suspiro.
