Catra mordeu o ombro de Adora. O cheiro da princesa inundando o quarto, fazendo-a soltar um ronronar leve. A loira gemeu, rebolando entre seus dedos enquanto ela subia as mordidas por seu pescoço.
— Eu te amo tanto..— sussurrou Catra.
Adora choramingou. Chegando perto de seu clímax.
— Você é perfeita, Adora.
A loira balbuciou uma resposta mas estava fora demais de sua mente para isso.
— Hmm.. Catra.. Aah.. eu te amo.— grunhiu agarrando a nuca de sua esposa e a puxando para mais perto.
Catra sorriu quando a loira jogou a cabeça para trás, chegando onde ela queria. Ficando com a respiração ainda mais engatada. Tremendo sob seus dedos. A morena trabalhou um pouco mais sob o orgasmo de sua esposa, apreciando o cheiro que se espalhava pelo quarto. A mistura perfeita delas.
Quando Adora voltou a abrir aqueles olhos azuis brilhantes para ela, a felina tinha se ajeitado ao lado dela na cama.
— Isso foi.. — respirou a loira, sem folego e descabelada.
Catra riu.
— Sim. Muito bom.
A princesa se virou para poder encarar sua esposa melhor, ela acariciou o maxilar de Catra com amor e ternura. A morena se inclinou para o toque.
— Hey.. O que você acha.. Hã.. — Adora pigarreou.— De termos mais um bebê?
Catra riu. Quase uma gargalhada.
— Adora, Finn já é trabalho suficiente. Aliás eu não vou carregar mais nenhum gatinhe.
A loira fez um biquinho.
— Eu posso gerar um bebê também.
— Oh acredite em mim! Você vai odiar!
A loira revirou os olhos.
— Tanto faz.
Catra a abraçou.
— Quem sabe um dia... depois de resgatarmos Ângela.
A princesa se afastou. Havia dor e culpa em seus olhos.
— Não podemos nos arriscar naquele portal, Catra. Entrapita disse que não poderia conseguir nos localizar para voltar.
As orelhas da morena caíram.
— Deixe isso pra lá, ok? — Adora a puxou para deixar um beijo em sua testa.— Não posso perder você.
Então a loira se transformou em Prime, de pé na frente dela, segurando seu queixo. Tao fresco em sua mente, cada pequeno detalhe maligno sobre ele.
— Que pena que não ouviu ela, irmãzinha.
Ele olhou para o lado, e lá estava: o motivo de pesadelo para morena: aquela pscina verde diabólica, que ela torceu que a matasse com os choques um dia. Então um clone chamou sua atenção, segurando uma criança. O coração de Catra parou quando ela percebeu que era Finn, caminhando até seu próprio pesadelo.— NÃO! — gritou ela, se sentando na cama, respiração engatada, mãos trêmulas. Então ela percebeu os sons de luta próximos a ela.— Finn? FINN?
A morena se levantou da cama atordoada, a tempo da parede atrás de si explodir e a enviar para o chão novamente.
Catra tossiu, se apoiando nos cotovelos para levantar. Merda merda merda.
Ela correu para fora da infernaria para encontrar a Rebelião tentando conter She-Ra. O que era basicamente impossível. Num extremo da sala estava Frosta e Finn, protegidos por uma expeça parede de gelo.
Catra não teve tempo de respirar aliviada antes de ter seu cabelo puxado bruscamente para trás. Ela grunhiu com a dor.
— Olá. — sorriu macabramente sua versão passada de rabo de cavalo e uniforme da Horda. Mas ela foi afastada por uma flecha de Bow que passou raspando por sua bochecha.
Catra conseguiu lhe dar uma rasteira e correr até She-Ra. Ela precisava atingir a nuca. Ela só precisava atingir a nuca.
Mas a princesa era mais rápida que ela. A mulher a agarrou pela garganta e jogou pra longe. Catra tossiu, cheia de terra.
Ela ouviu uma marcha ao longe, e se virou para encontrar todo um exército de princesas malignas se aproximando do acampamento.*
*
Adora odiava agulhas. Mas ela deixaria que tirassem sangue a espetando com aquela droga em todos lugares do corpo se aquilo iria trazer sua família de volta. Mas mesmo com esse ingrediente, ainda demoraria dois dias para finalização do feitiço. Havia muitos ingredientes raros. Alguns que ela teve até mesmo que buscar em outros planetas. O que não ajudou em nada com os enjoos, tonturas e fraquezas que ela vinha sentindo. Por sorte, Melog e Swift estavam sempre tomando conta dela.
Certa noite, enquanto Glimmer e Bow a obrigavam a jantar, a rainha arrastou um papel em cima da mesa. Adora largou os talheres e olhou do mesmo para mulher.
— O que é isso?
— Aproveitamos que você aceitou tirar sangue e também usamos parte para um check-up. — explicou Bow.
— E o que? — a princesa levantou uma sobrancelha. — Eu tô doente?
— Não. — Glimmer respondeu, um sorriso com um toque de preocupação surgindo em seus lábios. — Você tá grávida, Adora.
Toda tontura que restava em sua mente voltou de uma vez. Ela sentia como se a cadeira de ferro que estava sentada estivesse mole. Seu estômago revirou toda comida que ela ingeriu, suas mãos começaram a tremer e a suar, e a vontade de chorar simplesmente a inundou. Ela levou as mãos ao rosto, as lágrimas caindo.
— E-eu... vou ser ma-mãe? — soluçou ela.— De novo?
Glimmer e Bow sorriram, se levantando para abraçá-la.
— Você vai! — riu Bow.
Adora tentou retribuir o abraço, mas ela ainda estava tentando lidar com o choque.
— No pior momento possível?! — chorou ela ao mesmo tempo que soltava uma leve risada.
Glimmer e Bow a abraçaram com mais ternura.
— Oh meu Deus eu já ê amo tanto! — continuou a loira, soluçando. — Por que eu não controlo meu choro?! Eu vou matar vocês por descobrirem antes de todo mundo.
Glimmer riu.
— Diga oi aos hormônios.
— Pelo menos seu nível de ferro está ótimo e você não vai ter que tomar aqueles comprimidos horríveis. — ofereceu Bow, limpando as lágrimas da amiga.
Adora se acalmou lentamente. Ainda emocionada. Ela estava tão animada para ver sua barriga crescer, conhecer seu novo bebê, contar a mãe delu e irmaozinhe.
— Puta merda! — soltou a loira.— E a missão?!
— Queríamos falar disso! — suspirou Glimmer, se sentando ao lado da amiga.— Outra pessoas vai ter que ir. Meu pai se ofereceu. E eu e Bow também. Decidiremos a melhor opção depois.
— N-não! Não. Eu.. eu tenho que procurá-lês.
Bow suspirou.
— Sinto muito Adora, tem que pensar no bem estar do bebê agora também.
Adora levou a mão a barriga. Ela não queria machuca-lê. Ela ê esperou tanto, e estava tão animada para viver essa gravidez, mas, qual é? Era ê filhe de She-Ra. Desde que ela apenas buscasse sua família em outra dimensão e voltasse em segurança, nada poderia dar errado. Mas é claro que seus melhores amigos agiriam protetoramente sobre isso. Ela só precisava enganar todo mundo e recuperar sua família.Não foi difícil enganar Entrapita. Ela conseguiu todas informações que precisava e convenceu a princesa que não havia perigo em a enviar para o resgate. O difícil foi cortar a comunicação entre Lua Clara e Dryl. Mas quando ela fugiu de seus aposentos perfeitamente aconchegante para uma futura mamãe de repouso naquela manhã, teve tempo de cortar a comunicação do castelo. Ela escreveu uma nota para seus amigos no entanto. Dizendo como era um dever e necessidade dela e como os riscos não eram tão grandes para ê bebê.
Entrapita lhe deu um dispositivo feito da magia de localização. Que aguentaria o impacto do portal. Ele também seria responsável por puxa-lês de volta a realidade dentro de 3 dias. Considerando que o tempo é relativo dentro do portal.*
Finn assistiu mamãe Catra ser enviada longe por mamãe Adora e se agarrou ainda mais forte a Frosta. Elu só queria ir embora. Elu só queria suas mães bem. Elu queria que tudo parasse.
E como se fosse um desejo que se tornou realidade, por um segundo, todos pararam. Olhando pro lado de fora em completo choque.
E então, tia Scorpia entrou voando, quebrando uma parede e caindo no chão, garras com eletricidade correndo.
A parede desmoronada deu visão a Finn pra quem eles estavam olhando: mamãe She-Ra. Uma mulher incrivelmente alta, de cabelo em coque, tiara igual da mamãe Catra, e roupa ainda mais revestida e dourada. Ela fuzilou sua versão passada, girando a espada com uma mão e materializando um escudo com a outra.
She-Ra infectada correu na direção dela e o encontro das espadas enviou uma rajada de vento por todo o lugar.
Catra infectada também foi a primeira a voltar a atacar, mas Micah a prendeu com uma espécie de sombra. Mas ao seu lado, Caspinerella foi lançada longe por um jato d'água de Mermista.
Mamãe Catra apareceu novamente, ela estava com um corte feio na testa, mas não parecia se importar. Frosta desfez a parede de gelo para a mulher pegar Finn.
— Glimmer! — gritou a morena.
A rainha pareceu entender, ela se teletransportou para o lado deles e depois os teletrasnportou novamente para algum lugar, no meio da floresta. Silencioso e calmo, onde um riacho corria. Mamãe Catra respirou ofegante, apertando Finn mais forte contra seu peito. Elu só pode devolver o aperto.
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A quebra na linha do tempo
Fiksi PenggemarCatra nunca esperaria encontrar um gatinhe que tinha seu cheiro e de Adora alegando ser seu filhe e que entrou num portal mágico. Adora não acreditava que a general da Horda se arriscaria tanto por um gatinhe fofo. Mas ela não podia impedir a si...