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Já aperta na estrelinha e lembra de comentar o capítulo.

Renan | Naan 🛸

Tô desde menorzinho na vida do crime, partia para o centro com os amigos e praticava a famosa mão leve. Eu não roubava por necessidade, mas porque era maneira a sensação de furtar um bagulho sem ninguém perceber. Final do dia me sentia o fodão quando me juntava com os amigos e via as coisas que tínhamos furtado.

Foda era quando os guardinha chamava com a nossa cara e ficava no nosso pé, dava pra fazer nada com eles na nossa cola. Aí nós descia pra Ipanema pra pedir dinheiro para os gringo, teve uma vez que um queria me levar pros estrangeiro, nunca corri tanto na minha vida quanto nesse dia, até hoje nunca mais fui pros lados de lá, tomei pavor mermo.

Fui crescendo e tendo mais ambição no bagulho, caía direito pra pista pra roubar os playboyzinho na porta do shopping. Até aí minha coroa não sabia das parada que eu fazia, ela começou a estranhar quando comecei a chegar com roupa de marca, relógio, sapato, essas porra aí.

Coroa colou no meu pé mermo, me proibiu até de sair de casa pô, disse que se me visse na boca com os amigos ia me bater na frente de geral. Da forma que a coroa é surtada fiquei com medo dela fazer essa porra aí mermo. Passei um tempo sem descer pra pista pra fazer os assaltos.

Voltei quando o mano me acionou pra roubar uma moto pra ele, parada deu certo, ele me pagou e a partir daí os amigos da boca sempre me acionava pra descer pra pista pra roubar carro e moto dos playboy que saia das casas de show na zona sul.

Montei minha quadrilha e comecei a roubar carga, banco, lojas, joalherias. Não é sempre que tô fazendo esses bagulho não, espero um tempo bom de um para o outro e sempre faço de forma diferente pra não ligarem um ao outro.

Com o dinheiro dos assaltos montei quatro depósito de bebida espalhado pelo morro e uma uísqueria, da pra mim viver bem e deixar minha família forte. Minha coroa nunca aceitou eu ser do crime, aí pra fuder tudo meu irmão entrou para o tráfico, coração da velha fica apertado né.

Saí de casa cedo por opção mermo, comprei minha casa, montei com tudo que eu tinha direito, reformei a casa da coroa pra ela viver no conforto com a minha irmã. Todo mês dou uma grana a ela, pago a escola da minha irmã, dou de tudo mermo, pai abandonou eu faço o papel.

Meu pai é diferente do Paulo e Priscila, meu coroa sempre me deu total assistência, até hoje se precisar ele tá me ajudando, também fortaleço legal o meu velho. O pai do meus irmãos sumiu no mundo, e que continue, se voltar aqui eu descarrego o pente de trinta mermo, sobra nem corpo pra família enterrar.

Tomei um banho pra descer pra uísqueria, a tarde sempre fico por lá com os crias ou na pracinha vendo a criançada brincar.

Tatielly: Minha raiz tá enorme, preciso urgentemente retocar. - disse se olhando no espelho. Maluca acha que eu não tô ligado que ela tá jogando um caô pra eu dar dinheiro a ela. - Você vai pro aniversário do mano? Se for eu quero ir contigo. - Veio me abraçando e me dando selinho.

Naan: Sei não e se eu for vou brotar sozinho. - Me soltei dela e fui na direção da cômoda onde tava minha carteira.

Tatielly: Poxa, Naan... Eu queria tanto ir.. Por favor cara, deixa eu ir contigo, tu nunca me leva pra lugar nenhum com você.

Naan: Toma aqui pra tu ir pro shopping, praia, sei lá. Qualquer lugar, chama tua amiga lá também. - dei seiscentos reais a ela.

Tatielly: Obrigada. - sorriu forçado. - Tudo isso pra não me levar junto né?! - negou com a cabeça.

Saí de casa junto com ela, deixei a Tatielly na casa dela e guiei pra uísqueria. Meu caso com a Tatielly é que não tenho caso com ela, é maneirinha, focada nos bagulho dela, não me cobra muito. Deixo claro que não temos nada, ela é livre pra ficar com quem ela quiser não sendo daqui do morro e nem na minha frente, agora se ela fica com alguém eu não sei, também não quero saber não.

Continua...💖

AUDAZOnde histórias criam vida. Descubra agora