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Acordei cedinho hoje, na verdade nem dormi direito, passei quase a madrugada toda em claro. Assim que o sol nasceu levantei pra fazer o café da manhã, coloquei a água do café pra ferver e lavei uma louça que estava na pia, água ferveu, coloquei o pó no coador e despejei, café pronto.

Catei as moedas que eu tinha e fui comprar pão, sol quente da porra seis e pouca da manhã, ninguém merece. Domingo de sol tinha uma galera descendo pra praia, se eu tivesse dinheiro tava indo também, mó tempão que não vou, sei nem a última vez que peguei uma marquinha.

Cheguei em casa meu avô estava na cozinha tomando o menozinho dele.

Luizio: Acordou cedo por que filha? Domingo dia de acordar tarde acordou mais cedo.

Ketellyn: Perdi o sono. Levantei pra adiantar algumas coisas. - falei e ele assentiu.

Tomei café da manhã junto com meu avô, colocamos a fofoca em dia e antes da oito da manhã ele já foi pra rua. Minha avó que acordou tarde, ela acorda tarde normalmente, gente idosa que acorda cedo né? Ela não, deixar acorda onze horas. Fui lavar meus panos de bunda que tava tudo sujo já, e dei uma limpada no meu quarto.

Escutei uma conversaria lá em baixo, de início não reconheci a voz, mas minha vó chamou a pessoa pelo nome e identifiquei que era a minha tia Marli. A minha vontade era de continuar aqui em cima, zero paciência pra fazer sala pra ela, enrolei babado aqui em cima, mas a mulher subiu pra me ver, uó.

Marli: Voltou para as origens né minha sobrinha?! Os lados de lá te fez bem, botou corpo que não tinha, essa bunda aí? Silicone é? Cabelão bonito. - Deus me livre de toda inveja.

Ketellyn: Oi, tia. - sorri falso. - Silicone não amor, tudo natural mesmo.

Pavor de gente assim que chega colocando botando olho gordo na pessoa. Elogio é bem diferente de inveja, e ela chegou falando invejando mesmo, xocoto, que toda inveja dela se transforme em coisas boas.

Ela continuou puxando assunto, perguntando coisa da minha vida e eu bem curta e grossa. O filho casula dela subiu e ficou mechendo nas minhas coisas, aquilo já estava me dando nos nervos, pra não ser ignorante eu disse que ia descer e chamei ela, tranquei a porta e coloquei a chave no meu bolso.

Minha vó tava preparando o almoço, ajudei ela enquanto Marli só cusculhava o que tinha nos armários. Essa mulher tem a mesma energia da minha mãe, bem que são irmãs. De uma coisa eu tenho certeza, não foi essa educação que meus avós deram a elas, no meio do caminho se perderam e se tornaram esse ser que ninguém quer por perto.

Fui pegar minhas roupas que já tinha enxugado e minha vó chegou até mim.

Marta: Filha, tu percebeu que teu primo não deu as caras aqui hoje? - ela me falou e eu me dei conta que o RC não veio dormir em casa ontem. Concordei e ela continuou falando. - Todo último domingo do mês sua tia vem almoçar aqui, e por causa da sua tia ele não fica em casa, porque você já sabe né?!

Eu nem me surpreendi sabe, mulher insuportável. Por mais compreensível que seja é uma coisa horrível os filhos querer manter distância da mãe, é triste.

Subi para meu quarto e coloquei minhas roupas em cima da cama. Tomei banho, vesti a roupa que eu vou trabalhar e desci, almocei quietinha na sala e subi novamente, passei desinfetante, perfume, tranquei a porta e desci.

Ketellyn: Vó, tô indo trabalhar. - Falei da sala e ela respondeu da cozinha.

Guiei pro trabalho e já da esquina dava pra escutar o som que vinha de lá. Cheguei logo trabalhando naquele pique, já vi que hoje vai ser correria aqui.

Continua... 💖

Alguém me diz que tá ordem por favor
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