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Monique ❤️‍🔥

Pagode tava gostosinho, até minha sandália eu já tinha tirado e jogado não sei onde. Tomará que depois eu ache, porque essa porra custou duzentos reais e não posso perder assim. Cíntia já estava mais aluada que eu, se atracando no meio do povo com uns bofinho ridículo que dá até dó.

Monique: Eu vou no banheiro, vai comigo? - falei no ouvido dela.

Cíntia: Agora não, vá lá que eu fico aqui guardando o lugar.

Assenti e segui meu caminho até o banheiro, estava uma fila enorme, e as mona que saía tudo reclamava que estava imundo. Chamei as meninas que fiz amizade na fila e fomos pra uma viela que tem logo atrás, fizemos nosso precioso e cada uma seguiu seu caminho.

Cíntia: Menina, pensei que tinham te sequestrado. O Coronel teve aqui atrás de tu, disse que tá te esperando na saída da quadra perto do carro dele.

Monique: E ele vai ficar lá esperando, ele acha que eu sou o que? Chamou chegou, comigo não funciona assim não. Se ele quiser quando eu for embora aí eu penso no caso dele.

Cíntia: Tu vai testar a paciência do bofe mesmo? Tu sabe como ele é ruinzinho.

Monique: Ele é ruim e eu sou pior. - Peguei uma Heineken no balde.

Coronel é um mavambo daqui do morro que sempre pede pra ficar comigo e eu nem tchum pra ele. Monique né bagunça não amor, tem que ter muito paciência pra esperar mesmo não tendo ninguém na fila. E ainda mais ele que sempre tá com uma e outra ai, sempre dizem que ele tem fiel mas assumir mesmo ele não assume nenhuma.

Três e pouca decidir ir pra casa, tenho que acordar cedo amanhã pra ir trabalhar, não posso chegar atrasada não porque lá loja estão procurando qualquer motivo besta pra demitirem, o emprego não é bom mas não posso ficar sem.

Cíntia já tinha ido embora se atracar com um bofinho mais ou menos que tava bancando os balde pra nós, se eu fosse ela tinha metido o pé de fininho. Sem querer esbarrei numa mona que veio cheia de ignorância, tenha santa paciência.

- Olha pra onde anda pô, não sabe andar em aglomeração fica em casa.

Monique: Desculpa aí colega, te vi não. - Mona olhou pra trás e ficou pálida quando me viu. - Mas se tiver disposição resolvemos isso agora.

Ketellyn: Eu que peço desculpas pela minha ignorância mana. Pensei que era essas candanga daqui do morro que fica esbarrando de propósito na pessoa. Monique né? Eu sou a Ketellyn, lembra de mim? Prima da Sandrinha.

Monique: Suave pô. - Mona estava nitidamente sem graça. - Lembro sim, Sandra comentou comigo que você tinha voltado pra cá, qualquer dia desses nos vemos por aí, tô indo que tenho que acordar cedo amanhã.

Ketellyn: Tudo bem mana. Desculpa mesmo tá.

De primeiro estante minha onda tinha ido embora, porque se fosse outra mona ela ia vim pra cima de mim e eu não ia fugir da briga. Saí da quadra e eu fui pela rua mais movimentada pra minha casa, morro de medo de andar por esses beco sozinha de madrugada.

Duas ruas depois do baile para um carro do meu lado, até já sei quem é.

Coronel: Qual foi Monique, me deu um bolo mermo né filha da puta?! Nem tô entendendo de tu ter feito isso comigo, não quer nada comigo só dizer logo pô, fica nessa enrolação aí.

Monique: Chegou na hora certa, tava morrendo de preguiça de ir andando pra casa, meu pé tá dolorido. - Dei a volta e entrei no carro fingindo que não escutei o que ele tinha dito.

Coronel: Da uma de maluca não que eu tô falando namoral contigo. Tua sandália tá alí pô, tia da barraca tava atrás de tu lá pra devolver e tu tinha ido embora.

Monique: Depois eu agradeço a ela, tinha esquecido de verdade onde estava. Não vim naquele momento porque estava com a Cíntia, não ia deixar garota sozinha sendo que eu tinha ido com ela.

Bofe não respondeu mais nada e seguiu caminho pra não sei onde, só sei que era fora do morro. Sabe aquela carinha de quem não vale nada, todo posturado? É esse bofe, perdição total.

Continua... 💖

AUDAZOnde histórias criam vida. Descubra agora