Monique ❤️🔥
Assim que a mona virou as costas eu revirei os olhos. Trabalhar com pessoas é pedi pra se estressar de graça, porque olha, é cada situação que eu passo aqui nessa loja, não vale apena nem os mil e duzentos reais que eu ganho aqui. Coloquei as peças de roupas nos seus devido lugar e voltei pra entrada da loja.
Trabalho na pernambucanas a uns oito meses e não é essas maravilhas como dizem não. O gerente é insuportável, quer se achar o dono, mas não passa de uma funcionário que nem eu. Uma das vendedoras que pega o gerente que dar ordens também, eu escuto e me faço de surda.
Me bota na demissão que eu tenho minha carreira bem bonita lá fora. Faltava dez minutos pro meu turno acabar, entrou cliente na loja, fui pro estoque fingir que estava procurando roupa só pros minutos passar. Assim que deu três da tarde fui pra sala dos funcionários, peguei minha bolsa no armário e sai bem linda da loja, nem dei tchau.
Fui dar um rolezinho no shopping, comprei uma casquinha no Mac e fui pro ponto de ônibus. Meu ônibus passou e tinha lugar pra sentar abessa, dei sorte hoje, sentei naquelas cadeiras altas no fundo, a da janela, me senti a rainha da porra toda, não é todos que pode andar de Mercedes todos os dias não amor, já viu o valor da passagem? Quatro reais é muito dinheiro filha.
Eu não tinha condições de subir esse morro andando hoje, peguei um moto táxi, chegou num ponto próximo a minha casa pedi pra ele parar, paguei a ele e segui andando. Já ajudou muito, o troco fica pra de amanhã.
Cheguei na minha casinha e já fui jogando a bolsa em cima do sofá. Eu adoro morar sozinha, fiz questão de escolher uma casa bem longe dos parentes pra não darem pitaco na minha vida. A casa é bem pequenininha, sala minúscula que só cabe um sofá e a tv na parede, cozinha que não cabe uma mesa, quarto que só cabe o guarda roupa e a cama, não tem espaço pra se movimentar dentro e o banheiro que não vou nem falar.
O salário fica metade aqui, mas não abro mão da minha privacidade, a seguro as ponta do jeito que dar, faço uns trabalhinhos fora pra complementar a renda se é que me entende, e é dessa forma que eu sigo a vida.
Monique: Enfim liberdade. - tirei minha roupa e fiquei peladinha do jeito que eu gosto e amo.
Minha liberdade não durou muito tempo, tinha que levar o lixo, vesti uma roupa simples e fui jogar o Bolsonaro no lugar dele. Voltando encontrei a Sandrinha com aquele barrigão dela, tá muito enorme, de verdade mesmo.
Monique: Zayan não quer sair do forninho mesmo né? Fazendo aniversário aí dentro já cara. - bati palmas pra falar com ele como se o menino dentro da barriga fosse me entender, sou uma palhaça mesmo.
Sandra: Ele tá de graça com a minha cara, quase quarenta semanas já e não quer sair.. - alisou a barriga. - Minha coluna não aguenta mais.
Monique: Deve pesar mesmo, Deus me livre disso. - fiz o sinal da cruz. - Titia sim, mamãe jamais.
Sandra: Eu também falava isso e olha eu aqui pagando com a língua. Sabe quem voltou pra cá? - fiz que não com a cabeça. - Ketellyn, lembra dela?
Monique: Eu nem transo, como vou engravidar? Uma vez por mês que surge alguém pra tirar as teia de aranha. Lembro dela, a gente brincava abessa juntas. Quero saber se ela lembra de mim, isso sim.
Sandra: Só tu mesmo pra me fazer rir, Nique. Ela lembra pô, ela perguntou por você, teve um dia desses aqui em casa.
Perguntei mais umas coisinhas sobre a mona, pergunto mesmo, povo faz isso comigo também, porque não posso fazer com os outros né não?!
Continua... 💖
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AUDAZ
Teen FictionSiga sem medo, faça você mesmo, amor. Basta acreditar, diga com fé o mundo vai ser melhor e amo minha vida