CAPÍTULO 24 - O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

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Recupero a consciência com a cabeça latejando, percebendo que estou presa a uma cadeira. Ao compreender a situação, o desespero me consome. Será que capturaram Alicia, Victória e o Coronel Tamayo? Isso não faz sentido, tínhamos um acordo. Várias incertezas assombram meus pensamentos, e começo a me debater e gritar enquanto estou presa no porta-malas.

•ALGUÉM ME AJUDA!!

A resposta fria do motorista me atinge.

~Nem adianta gritar, gatinha. Não tem ninguém pra te ouvir. - Eu continuo resistindo, desferindo palavras de raiva contra o homem ao volante.

• SEU MERDA. SE VOCÊ FEZ ALGUMA COISA PRA ELAS VOCÊ TÁ FUDIDO. ME SOLTA SEU BABACA!

Uma risada sinistra preenche o carro, e percebo que a velocidade diminui. Decido que, ao menor sinal de abertura, vou atacar, arrebentar a cara desse sujeito e fugir. O carro finalmente para, e vozes e passos indicam que o momento de agir se aproxima. Quando a porta do porta-malas é aberta, reajo com um chute no rosto do homem armado, vendo-o gemer de dor. Aproveito a chance para correr o mais rápido possível, deixando para trás os três homens que estavam com ele.

• Filha da puta! - diz o homem atingido, e a voz de comando exige a captura.

Mantenho minha corrida, dois homens em meu encalço. Corremos por uma estrada de terra, cercada por vegetação. Sem olhar para trás, acelero na direção de uma árvore, escondendo-me atrás dela. Os homens se aproximam, e agora preciso esperar, rezando para não ser descoberta.

De repente, um dos homens surge à minha frente. Tento escapar, mas ele me agarra, e, nesse instante, sou atingida por um golpe por trás.

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◇|HORAS DEPOIS|◇


Desperto com a cabeça latejando, percebendo que estou amarrada a uma cadeira. Ao recobrar a visão, vejo quatro homens à minha frente. Entre eles, está o Coronel Tamayo, uma figura que eu não esperava ver nessa situação.

— Parece que nossa bela dama acordou — comenta um dos homens, se aproximando.

Tamayo, de maneira debochada, para diante de mim.

— Então, Paris, sobrinha do Professor, prazer. — Ele sorri cinicamente, e me encaro, sem esboçar medo.

• O que você quer? — indago, mantendo a postura.

— Ah, adivinhe... o Professor e, é claro, o ouro. — Ele responde com sarcasmo, parando diante de mim.

• Se eu soubesse onde Sergio está, acha que estaria aqui? — retruco, mantendo o olhar firme.

Tamayo, visivelmente contrariado, ordena que um dos homens se aproxime. Num gesto, estou sendo agredida.

— Vou perguntar novamente. Onde está o Professor? — Tamayo insiste.

• Eu não sei — respondo, levando outro soco no estômago.

— Vai mentir assim até quando, Paris? — Ele fala irritado, ordenando que o homem pare.

• Eu não sei onde ele está! — Afirmo com firmeza, tomando mais um soco no rosto.

Tamayo parece refletir por um instante e faz um sinal para que o homem pare. Um silêncio tenso paira no local.

— Se você estiver mentindo, vou atrás da Alicia e da menina. Quer que eu pegue elas? — Ele ameaça, me fazendo negar com a cabeça.

• Eu juro, não sei onde ele está. Não faça nada com elas. — Imploro, mas ele já está se retirando.

— Emanuel, cuide dela. Essa garota está mentindo! — ordena antes de sair.

• O que vocês vão fazer? — Pergunto aos homens, começando a entrar em desespero.

O tal Emanuel se aproxima, empunhando uma faca. Dois outros homens me seguram.

• Por favor, não sei onde ele está, eu juro! — Suplico, lágrimas nos olhos, enquanto o desespero toma conta de mim. E assim, inicia-se o meu primeiro dia desaparecida.



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