CAPÍTULO 5 - CUIDADOS INESPERADOS

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Após comermos, Alicia colocou a pequena para dormir, trouxe umas cobertas e continuou comigo na sala. Até que alguém bate na porta, era da farmácia.

— Boa noite, entrega para (s/n). - disse o homem.

• Sou eu, boa noite. Quanto deu?

— Deu 20 moça. - falou o homem se aproximando e me entregando o remédio.

• Tá, aqui ó. - entreguei o dinheiro.

— Valeu. - disse o homem se virando e indo embora. Fechei a porta e fui em direção à cozinha pegar um copo de água.

— O que era? - perguntou Alicia.

• Era o remédio que eu pedi pra você. - falei me aproximando da mesma, entregando o remédio e o copo.

• Toma em 8 em 8 horas. - falei vendo ela tomar o remédio.

— Virou médica agora? - falou em meio ao deboche.

• Pior que sim, acredita? - falei dando um sorriso cínico, sentando no sofá.

• Valeu. - falou após se ajeitar debaixo da coberta.

— Tranquilo, quer assistir alguma coisa? - falei me ajeitando próxima dela.

• Ah, pode ser, escolhe algo pra gente aí.

— Ok, pode ser The Walking Dead? Tô na nona temporada.

• Não sabia que curtia zumbis. - falei em meio a uma risada.

— É. - disse rindo. — Meu marido que curtia essas coisas, e eu assistia com ele. - falou em voz baixa.

• Ah. - falei, pensando se deveria perguntar mais sobre ele ou deixar de lado.

• Você sente muita falta dele? - perguntei lhe olhando, e ela me olhou de volta.

— Sim, sinto muita. - falou com a voz trêmula. A encarei e dei um abraço, e ela me abraçou de volta.

• Eu sei que a gente não é "próxima", mas você sempre vai ter a mim, ok? - falei tentando consolar.

— Ok.

Passaram alguns minutos que nós estávamos assistindo à série, com Alicia deitada no meu colo quase dormindo enquanto eu fazia um cafuné nela, quando eu escuto um choro. Decido não incomodar Alicia, que estava cochilando, e vou ver a bebê.

• Shiiu. - disse à pequena que chorava.

• Calma, meu amor, a titia tá aqui. Shiu, bebê, sua mamãe tá dormindo e não queremos acordar ela, né? - dizia tentando tranquilizar a pequena.

• Cê tá com fome, tá? Já vou fazer algo pra você. - falei acariciando a pequena Victória, enquanto caminhava em direção à cozinha.

• Aqui ó, achei seu mamá. - falei pegando o mesmo e procurando os condimentos para fazer a mamadeira da criança. Preparo a mamadeira e dou para a Victória, que logo para de chorar. Assim que termina, a faço dormir novamente e a levo para o berço, voltando para a sala onde a ex-inspetora estava num sono leve, parecia um neném. Resolvi pegá-la cuidadosamente no colo e levar para seu quarto. Voltando à sala, desligo a televisão e me acomodo no sofá para dormir.

No dia seguinte, acordo com a Martha me cutucando, interrompendo meu belo sono da beleza.

— Bom dia, (s/n), o que está fazendo aqui? - perguntou.

• Bom dia, Martha, eu tava de olho na Lucia, ela não tava muito bem. - falei com uma voz arrastada, sentando no sofá.

— Ah, e o que ela tem?

• Ela tá gripada, daí comprei um remédio pra ela. Lembra ela de tomar. - falei dobrando as cobertas e me ajeitando.

• Guarda pra mim, Mar? Preciso ir indo. - pedi e Martha assentiu com a cabeça.

• Tenho que cuidar da minha filha.

— Filha? - falou rindo.

• Sim, a Scar ué. - falei me fazendo de desentendida.

— Nunca vi tratar bicho que nem gente, só você mesmo. - falou em meio de uma risada.

• Psé, até dona Martha. - falei saindo da casa e me dirigindo ao carro.

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