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Cheguei em casa e tudo estava um caos, Scar tinha feito a festa, tinha areia pra gato em tudo quanto é lugar. E sobrou pra quem? Para mim.
• Por Deus, gatinha, não posso te deixar uma noite sozinha, mulher, Cristo amado... - pensei, olhando a sujeira que minha gata havia feito. Comecei a limpar aquela casa de cima a baixo e terminei perto da uma da tarde.
Tomei um banho demorado e resolvi passar no mercado, já não tinha muita coisa em casa mesmo. Pois bem, vesti uma regata preta e uma calça jeans colada, e calcei um All Star. Me dirigi até meu carro e fui o caminho todo escutando música, bem tranquila.
Chegando lá, peguei um carrinho e comecei minhas compras, até que parei na parte das frutas e deparei com uma mulher me encarando. Era a tal Clara, que trabalhava naquele quiosque que eu fui. Tentei disfarçar, mas ela já tinha me visto e veio em minha direção. Aí a merda estava feita. Eu não estava afim de puxar papo com ninguém.
~ Ah, oi. - disse ela sorridente.
• Oi. - falei seca, já sabia onde aquilo iria dar.
~ Cê não me chamou?
• Não chamei...? - me fiz de desentendida. • Ah, pois é, tenho trabalhado muito, sabe como é né? Nem deu tempo. - menti, fazendo-me de sonsa.
~ Ah, sério? Você trabalha com o quê? - questionou. Ah, sério? Pensa, Paris, pensa, fala qualquer coisa.
• É, eu sou programadora, é, nem tenho muito tempo, sabe? Por isso não te chamei. Nem sei se dá pra mim ficar saindo. - falei receosa.
~ Hm, entendi. Que bom te ver. - falou dando um sorriso, acenei com a cabeça e logo ela se afastou (graças a Deus). Terminei minhas compras e voltei para casa. Resolvi olhar meu celular já que não tinha mexido nele o dia todo, até que percebo que ele não está comigo, então começo a procurar pela casa inteira e não o acho.
Conclusão, eu esqueci ele na casa da Alicia. Então eu fui até lá para buscar.
Chegando lá, bati na porta e Martha atendeu.
• Oie Martha, eu acho que esqueci meu celular aqui. - falei adentrando na casa.
• Como está a Ali... digo, Lucia?
~ Ela está melhor. - falou ela. ~ Ela achou seu celular e guardou pra te devolver. - explicou.
• Ah, é? Onde ela tá? - perguntei.
~ No quintal, lá atrás, com a Victória. Estão tomando um sol. - respondeu.
• Ok, obrigada Mar. - falei e fui me dirigindo até a parte de trás da casa, encontrando a Alicia com sua bebê.
~ Oie (s/n), deixa eu adivinhar. - fez uma cara pensativa. ~ Esqueceu isso né? - falou me mostrando o celular.
• Pois é, eu vim buscar ele. - avancei em direção ao celular para pegá-lo, mas ela desviou.
• Ah, qual é, devolve ele, ou eu pego a criança. - falei já pegando a Victória do seu colo, e dando uma risada. Ela riu e me devolveu o celular.
• Obrigada. - disse ajeitando a criança no meu colo. • Como cê tá? - perguntei.
~ Bom, tô melhor. Tô tomando o remédio que minha médica mandou. - falou em meio ao deboche.
• Sorte sua ter uma médica como eu, sou uma das melhores. - falei me gabando e ela soltou uma gargalhada.
~ Convencida. - falou rindo.
• Sou mesmo. - falei acompanhando na risada.
~ Agora sério. - falou ela. ~ Agradeço por cuidar de mim, e da minha pequena ontem. - falou me olhando.
• De boa amiga, foi nada. - falei em meio a um sorriso.
~ Amiga? - questionou rindo.
• É mulher, agora nois já é best, não percebeu. - falei rindo e ela riu junto.
• Só tenho uma coisa pra reclamar. - falei enquanto fomos entrando na casa.
~ O quê?
• Seu sofá é horrível, tô com uma puta dor nas costas. - falei séria.
~ É só não dormir mais aí, né? - falou debochando.
• É na próxima eu durmo com você na sua caminha. - falei fazendo careta, e ela soltou uma risada nasal.
~ Vai sonhando, vai.
• Só se for na sua cama. - falei deixando uma risada escapar.
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In Your Eyes
Fiksi PenggemarSinopse: (S/N), também conhecida como Paris, filha de Berlim e uma das integrantes do famoso assalto ao banco na Espanha, retorna a La Pampa, Argentina, após a bem-sucedida "fuga". Antes do próximo golpe, ela compartilhou momentos com Nairobi e He...