CAPÍTULO 6 - LAÇOS CRESCENTES

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Cheguei em casa e tudo estava um caos, Scar tinha feito a festa, tinha areia pra gato em tudo quanto é lugar. E sobrou pra quem? Para mim.

• Por Deus, gatinha, não posso te deixar uma noite sozinha, mulher, Cristo amado... - pensei, olhando a sujeira que minha gata havia feito. Comecei a limpar aquela casa de cima a baixo e terminei perto da uma da tarde.

Tomei um banho demorado e resolvi passar no mercado, já não tinha muita coisa em casa mesmo. Pois bem, vesti uma regata preta e uma calça jeans colada, e calcei um All Star. Me dirigi até meu carro e fui o caminho todo escutando música, bem tranquila.

Chegando lá, peguei um carrinho e comecei minhas compras, até que parei na parte das frutas e deparei com uma mulher me encarando. Era a tal Clara, que trabalhava naquele quiosque que eu fui. Tentei disfarçar, mas ela já tinha me visto e veio em minha direção. Aí a merda estava feita. Eu não estava afim de puxar papo com ninguém.

~ Ah, oi. - disse ela sorridente.

• Oi. - falei seca, já sabia onde aquilo iria dar.

~ Cê não me chamou?

• Não chamei...? - me fiz de desentendida. • Ah, pois é, tenho trabalhado muito, sabe como é né? Nem deu tempo. - menti, fazendo-me de sonsa.

~ Ah, sério? Você trabalha com o quê? - questionou. Ah, sério? Pensa, Paris, pensa, fala qualquer coisa.

• É, eu sou programadora, é, nem tenho muito tempo, sabe? Por isso não te chamei. Nem sei se dá pra mim ficar saindo. - falei receosa.

~ Hm, entendi. Que bom te ver. - falou dando um sorriso, acenei com a cabeça e logo ela se afastou (graças a Deus). Terminei minhas compras e voltei para casa. Resolvi olhar meu celular já que não tinha mexido nele o dia todo, até que percebo que ele não está comigo, então começo a procurar pela casa inteira e não o acho.

Conclusão, eu esqueci ele na casa da Alicia. Então eu fui até lá para buscar.

Chegando lá, bati na porta e Martha atendeu.

• Oie Martha, eu acho que esqueci meu celular aqui. - falei adentrando na casa.

• Como está a Ali... digo, Lucia?

~ Ela está melhor. - falou ela. ~ Ela achou seu celular e guardou pra te devolver. - explicou.

• Ah, é? Onde ela tá? - perguntei.

~ No quintal, lá atrás, com a Victória. Estão tomando um sol. - respondeu.

• Ok, obrigada Mar. - falei e fui me dirigindo até a parte de trás da casa, encontrando a Alicia com sua bebê.

~ Oie (s/n), deixa eu adivinhar. - fez uma cara pensativa. ~ Esqueceu isso né? - falou me mostrando o celular.

• Pois é, eu vim buscar ele. - avancei em direção ao celular para pegá-lo, mas ela desviou.

• Ah, qual é, devolve ele, ou eu pego a criança. - falei já pegando a Victória do seu colo, e dando uma risada. Ela riu e me devolveu o celular.

• Obrigada. - disse ajeitando a criança no meu colo. • Como cê tá? - perguntei.

~ Bom, tô melhor. Tô tomando o remédio que minha médica mandou. - falou em meio ao deboche.

• Sorte sua ter uma médica como eu, sou uma das melhores. - falei me gabando e ela soltou uma gargalhada.

~ Convencida. - falou rindo.

• Sou mesmo. - falei acompanhando na risada.

~ Agora sério. - falou ela. ~ Agradeço por cuidar de mim, e da minha pequena ontem. - falou me olhando.

• De boa amiga, foi nada. - falei em meio a um sorriso.

~ Amiga? - questionou rindo.

• É mulher, agora nois já é best, não percebeu. - falei rindo e ela riu junto.

• Só tenho uma coisa pra reclamar. - falei enquanto fomos entrando na casa.

~ O quê?

• Seu sofá é horrível, tô com uma puta dor nas costas. - falei séria.

~ É só não dormir mais aí, né? - falou debochando.

• É na próxima eu durmo com você na sua caminha. - falei fazendo careta, e ela soltou uma risada nasal.

~ Vai sonhando, vai.

• Só se for na sua cama. - falei deixando uma risada escapar.

In Your EyesOnde histórias criam vida. Descubra agora