CAPÍTULO 28 - VEREMOS

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♡|PARIS ON|♡

Cada centímetro do meu corpo doía, marcado pelas agressões constantes. O som das gotas de água que escorriam de um cano próximo ecoava na minha mente, misturado com as ameaças sussurradas por Tamayo. Cada momento ali se arrastava como uma eternidade.

Tamayo entrou na sala, seus passos ecoando na pequena área, seu olhar fixo em mim. Ele tinha um sorriso cínico no rosto, algo que fazia meu estômago revirar. Ele parou na minha frente, se inclinando para que nossos olhos se encontrassem.

~Paris, você pode ser resistente, mas eu já sei onde seu tio está. - disse ele, sua voz gotejando veneno. - E quanto ao ouro? Onde está sua parte?

Minha mente girava, tentando processar suas palavras. Ele estava blefando? Meu tio estava seguro até onde eu sabia. Tentei manter meu rosto impassível, sem dar pistas sobre minhas emoções.

•Eu já disse, não sei de nada! - minha voz tremia, mas a resistência ainda pulsava dentro de mim, uma chama frágil mas determinada.

~Vamos, Paris. Não precisa fingir. Eu sei o quanto vocês investiram nesse roubo. Se você me disser onde está sua parte do ouro, posso garantir a segurança do seu tio. - ele disse, se aproximando ainda mais.

Eu sabia que ele estava tentando me manipular, jogar com meus medos e minha lealdade à minha família. Mas eu não podia ceder. Não podia trair os meus.

•Não vou te dizer nada. - respondi, minha voz firme apesar do medo que me consumia.

~Veremos. - ele murmurou, a ameaça implícita clara.

...

◇|ALICIA ON|◇

A tensão na sala de monitoramento era palpável. Cada segundo que passava sem notícias de Paris aumentava o peso em nossos ombros. Mas sabíamos que não podíamos nos permitir o luxo do desespero; precisávamos agir.

Peguei o telefone novamente, pronta para colocar o plano em ação. Minha voz tremia um pouco, mas eu sabia que não podia mostrar fraqueza. - Tamayo, estamos prontos para negociar. Mas queremos ver Paris viva.

A voz de Tamayo veio do outro lado, fria e calculista. ~Você realmente acha que está no controle aqui, Alicia? Você, que abandonou a polícia, que traiu seus próprios colegas? E quanto ao seu ex-marido? Você realmente acha que ele aprovaria suas ações?

Suas palavras me atingiram como um golpe, mas eu não podia deixar que ele percebesse. - Não é sobre mim, Tamayo. É sobre Paris. Mostre-nos que ela está viva e continuaremos a conversar.

Enquanto isso, o Professor e Rio trabalhavam freneticamente para rastrear o celular de Paris através da ligação. Com as habilidades de hacker do Rio e a orientação do Professor, eles começaram a fazer progressos lentos, mas seguros.

Cada palavra que eu dizia, cada resposta de Tamayo, era uma peça do quebra-cabeça que eles estavam montando

- Professor, eu acho que conseguimos. Temos que ir agora! - Falou Aníbal, Sérgio assentiu, olhando para mim em sinal para desligar o telefone.

Finalmente, após várias tentativas e muita paciência, eles conseguiram identificar a localização aproximada onde Paris estava sendo mantida. Era uma área remota, em uma zona rural nos arredoresda cidade.

~Você acha que pode me manipular, Alicia? Que pode jogar com minhas emoções? - Tamayo continuou, sua voz carregada de desprezo. - Você não é melhor do que eu.

•Talvez você esteja certo. Mas pelo menos não cai em um truque besta. - respondi,com minha voz firme e assim desliguei o celular.


♡|PARIS|♡

Tamayo, estava frustrado. Consegui escutar a conversa e aparentemente era Alicia, isso parecia ser um bom sinal.

Ele se vira e avança em minha direção, os olhos faiscando de raiva.

- Você acha que pode me enganar, sua merdinha? Eu sei exatamente onde está seu tio e o que ele esconde. E também sei sobre sua parte do ouro. Então, me diga, onde está?

• Eu não sei do que você está falando. Eu não tenho nada! - respondo mantendo minha compostura. Tamayo solta uma risada, um som frio que ecoou pela sala.

-Muito bem, finja o quanto quiser. Mas saiba que posso tornar sua vida muito mais difícil. Talvez eu deva trazer seu tio aqui para uma pequena reunião de família, o que acha?

Enquanto as palavras ásperas de Tamayo ecoavam na ligação, um nó se formava em meu estômago, misturando-se ao desespero. Não era possível, quer dizer... era uma emboscada e ele me usou ou estava em surto?

...

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⏰ Última atualização: Jul 06 ⏰

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