CAPÍTULO 21 - AÇÕES FUTURAS

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• Pronto. - digo, me sentando.

~ Vai querer comer agora, filha? - Alicia pergunta para a pequena, como se ela fosse responder. Victória estava meio manhosa e esticou os bracinhos na minha direção.

• Ela quer o colo da Paris, né, bebê? - digo fazendo uma voz fofa, arrancando uma gargalhada de Alicia, que em seguida me entrega a pequena.

~ Então... Vamos comer? - pergunta enquanto eu brinco com a menor.

• Não sei. Não tô com tanta fome... - olho para a ruiva.

• Eu pensei que a gente poderia fazer uma caminhada, se você quiser. - sugiro, e Alicia franze a testa.

~ Agora? Mas a gente já arrumou tudo aqui...

• Não, depois. - digo, me sentando e ajeitando a pequena no meu colo.

• Vem. - faço sinal para ela se sentar. Ela se senta.

~ Hum... - inicia. ~ Já que não quer comer, eu vou. - diz pegando um sanduíche da caixa.

• Ah, se for assim, eu quero. - digo, soltando uma risada.

~ Menina, se decide logo... - ela diz de uma maneira que por um momento lembrou a minha mãe.

• Ai, desculpa ser indecisa. - falo em tom de deboche, Alicia ri, e me entrega o sanduíche.

Começo a comer, e Victória fica maluquinha para roubar meu sanduíche. Enquanto isso, sua mãe fica rindo da situação. Resolvo dar um pouquinho para ela não passar vontade; vai que a criança passa mal depois, ela quase arranca meu dedo tentando morder o pão.

Enfim, terminamos de comer parte da comida e nos deitamos; a pequena ficou sentada sobre a minha barriga brincando com as minhas mãos. Alicia, por outro lado, se deitou apoiando a cabeça em meu ombro.

~ O céu está bonito hoje... - diz, olhando para cima.

• Sim... tá azulzinho. - concordo com a mesma.

~ Posso fazer uma pergunta? - ela questiona.

• Bom, tecnicamente você já fez a sua pergunta... - digo rindo, ela concorda.

~ Ok... - inicia. ~ Como você se imagina daqui a uns cinco anos, não, no futuro? - pergunta. A pergunta é reflexiva; não me imagino velha, o máximo que me vejo é com uns 40 anos, talvez morando na praia, mesmo que eu não goste de lá, mas pela vista.

• Hum... - digo olhando pro céu. • Eu me imagino super na paz, morando na praia, ou em algum lugar afastado já que não gosto de gente... Com um cachorro, um golden específicamente, meu gato e provavelmente com alguém que eu possa encontrar até lá... - falo. Não deixo claro quem seria, pois nem tenho certeza de quem é.

~ "Alguém"... - ela dá uma risadinha baixa. ~ Bom... Eu me imagino com minha filha, é claro, ela já maiorzinha andando para todo canto. A gente brincando... E também queria morar num lugar afastado, uma casa no campo talvez... - diz gesticulando com as mãos.

• Temos algo em comum. - digo sorrindo, Alicia cora, chega a ser fofo. Victória deita no meu peito e começa a puxar minha camisa.

~ Olha que neném mais manhosa. - diz Alicia, alisando a filha, que ri já de olhos fechados.

• Será que ela vai dormir? - pergunto, e a mais velha ri concordando com a cabeça.

~ Ela vai. Quer colocar pra dormir na cadeirinha? Daí não te atrapalha... - diz, se sentando.

• Não, tá tudo bem. - digo tentando não me mover.

• Eu meio que gostei. - confesso e ela ri.

~ Então... deixa ela aí. - fala e volta a deitar ao meu lado.

• Quer deitar no meu colo também, não? - pergunto brincando, ela ri e se vira de bruços.

~ Agora não... - diz com um sorriso de canto. ~ Mas eu quero outra coisa... - fala se aproximando e acariciando meu rosto.

• O quê? - questiono, e a mesma passa o dedo sobre meus lábios.

Alicia se aproxima devagar, para não acordar a pequena. Ela inicia selinhos em meu rosto, e claramente eu fico envergonhada, mas a deixo seguir. Até que ela inicia um beijo, mordiscando meus lábios, minha mão livre vai até seus cabelos e os segura a puxando para mais contato. Ficamos assim até perder o fôlego.

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