FRATURA ♟TOM RIDDLE (+18)

009

Galatea ergueu os olhos de seu pergaminho quando a porta de sua sala de aula se abriu com um rangido.

Ela piscou, franzindo a testa enquanto seus três sonserinos desaparecidos rapidamente se dirigiam para sua mesa.

- Senhor Riddle, -ela começou, os olhos rapidamente percorrendo os outros dois, demorando-se em Jones, antes de pedalar de volta para seu melhor aluno- há uma razão para você estar mais de dez minutos atrasado?

Tom sorriu para ela se desculpando. 

- Sim, Professora Merrythought. Fui impedido pelo Professor Dumbledore para discutir alguns assuntos acadêmicos e demorou um pouco mais do que o planejado. No caminho para cá, Sebastian e eu encontramos Alice. Ela estava um pouco perdida, então tivemos que mostrar a ela a rota. Desculpe a demora.

Galatea relaxou, voltando sua atenção para Jones. A menina estava olhando para as costas de Tom, o começo de uma carranca em seu rosto jovem. Agora ela entendeu. Era raro que Tom chegasse atrasado para suas aulas, mas se ele estava ajudando sua colega de casa, ela estava disposta a deixar isso para lá.

- Claro Tom, obrigado por ser tão atencioso. -o sorriso do menino se alargou e a expressão de Jones escureceu. Galatea sentiu uma pontada de simpatia por ela.

Deve ser difícil ter que aceitar ajuda para algo tão simples quanto andar entre as aulas.

- Senhorita Jones. -ela disse a menina, baixando a voz para que nenhum de seus alunos excessivamente curiosos pudesse ouvir- Estou feliz em vê-la de volta em Hogwarts. Entendo que sua situação é delicada no momento e, até que você recupere suas memórias, acho melhor colocá-la com Tom. Ele é o melhor da classe e deve ser capaz de fornecer qualquer assistência, além que estar na mesma casa lhe dará ampla oportunidade de recuperar o atraso. Se está tudo bem com você, Tom?

- Perfeitamente, professora. -Tom concordou, sua atenção fixa em sua colega de classe- Estou feliz em dar uma mão.

Jones murmurou algo baixinho, mas descruzou os braços e olhou para ela com olhos vazios. Era desconcertante ter uma aluna, uma que ela conhecia há anos e viu crescer, olhando para ela como se fosse uma estranha. 

- Obrigada, professora Merrythought. Farei o possível para me atualizar. Eu não gostaria de dar mais trabalho a Riddle.

Jones dirigiu um sorriso para seu companheiro de casa, frágil e completamente insincero. Galatea franziu o cenho ante o desrespeito. 

Ela sabia que Jones e Riddle não eram amigáveis ​​antes do acidente da menina – e uma parte dela sofria pelo que havia acontecido com sua aluna, porque ela deveria ter ensinado a garota feitiços mais defensivos, ela deveria ter sido uma professora melhor, talvez então ela teria uma chance – mas parecia totalmente ingrata com a ajuda de Tom.

Foi orgulho? Jones estava apenas sentindo que confiar em seus colegas de classe era um sinal de fraqueza? Isso não era como ela. Ela sempre foi uma jovem dolorosamente educada, e não tinha um osso arrogante em seu corpo.

Seus olhos dispararam entre eles, mas qualquer conversa silenciosa que estava acontecendo na frente dela estava além de sua compreensão. Sonserinos sempre foram assim, ela sabia. Mas não importa quantas vezes ela testemunhasse a dinâmica, ela sempre se sentia desconfortável com as constantes jogadas.

- Tomem seus lugares, vou marcar vocês como presentes no pergaminho. Certifiquem-se de responder às perguntas do quadro, então passaremos para uma discussão em classe.

Os três se moveram depois de um segundo, e Galatea assistiu com perplexidade enquanto Tom conduzia Jones para sua mesa conjunta.

Ele era um aluno tão brilhante, mas tão estranho às vezes.