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Celestia passou o resto do dia morrendo de tédio em suas aulas e evitando Riddle o melhor que podia.

Ela não tinha nenhum desejo de encorajar o fascínio de Riddle por ela, mas parecia que quanto mais Celestia o afastava, mais determinado Riddle se tornava.

Foi notavelmente infantil dele, e nada do que ela esperava.

Riddle – Voldemort – sempre foi muito refinado na mente de Celestia. Ele se portava com uma postura que poucos poderiam igualar e se deleitava em se exibir verbalmente em ao redor dos outros. Ver Riddle agindo assim era desconcertante para dizer o mínimo. Como uma criança a quem foi negado um brinquedo. E Celestia não gostou muito do papel que ela parecia estar desempenhando nesse cenário.

Mas apesar de toda a tenacidade de Riddle, Celestia tinha uma vantagem: a reputação de Riddle. E ela abusou da brecha que isso lhe deu sem restrições.

Riddle não podia ser visto como alguém que corria atrás de alguém como Alice Jones. Isso prejudicaria a opinião dos outros sobre ele, e isso significava que ele só podia ser visto perto de Celestia pouco por dia.

E mesmo depois que as aulas terminaram, e a ameaça que a sala comunal representava para ela começou a aparecer, Celestia não perdeu tempo em vestir roupas simples e sair antes que alguém pudesse pensar em detê-la.

Ela seguiu a rota que havia traçado para si mesma no primeiro dia e começou uma corrida leve. Suas semanas habitando o corpo de Alice haviam feito maravilhas até agora com sua resistência, e todos os dias Celestia podia sentir um pouco de sua força familiar retornando. A leve queimação e o estiramento de seus músculos eram fantásticos, e era a maneira mais fácil que ela tinha de reduzir o estresse em seus ombros.

Seus pés bateram contra o chão plano, antes que ela começasse a descer os degraus de pedra que a levariam para onde a cabana de Hagrid um dia ficaria. Celestia se recusou a olhar, porque o terreno vazio fez seu coração apertar desconfortavelmente.

Ela correu ao longo da borda da floresta, descendo as colinas sinuosas enquanto se aproximava cada vez mais do lago. A grama se transformou em terra, depois em rochas, antes de finalmente rolar na areia. Suas pernas queimavam enquanto o chão se movia debaixo dela a cada passo.

Os olhos de Celestia percorreram a área à sua frente, constantemente examinando sem realmente procurar por nada. Ela ainda estava nos terrenos de Hogwarts, e mesmo tão perto da Floresta Proibida, ela duvidava que algo tentaria se aproximar.

Provavelmente foi por isso que ela ficou tão surpresa ao ver alguém vagando a sua frente.

Celestia desacelerou automaticamente, os olhos percorrendo a figura curiosamente. Sua varinha estava no coldre em sua coxa, mas ela se absteve de puxá-la.

Ela se aproximou, mantendo sua postura casual.

Era um menino, e ele estava vestindo um uniforme da Lufa-Lufa enquanto andava entre a beira da água e a linha das árvores, para frente e para trás obsessivamente.

Celestia parou bem longe dele, porque ele estava encharcado e, embora seus pés estivessem pressionados na areia, não havia pegadas.

Ela engoliu em seco. 

- Olá? -ela chamou gentilmente, mas ele não a ouviu ou a estava ignorando.

Ele continuou em seu caminho, para frente e para trás, para frente e para trás. Os lábios dele estavam se movendo, mas não importa o quanto ela escutasse, não conseguia ouvir nada.

Ele parecia perdido.

O buraco em seu estômago aumentou. Celestia se aproximou, levantando as mãos em preparação. 

FRATURA ♟TOM RIDDLE (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora