Prólogo

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O reino Vermênia sempre foi um local de paz, com aldeões empáticos e simples, mas felizes e satisfeitos com as suas vidas

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O reino Vermênia sempre foi um local de paz, com aldeões empáticos e simples, mas felizes e satisfeitos com as suas vidas.

Tudo neste reino se mostrava de paz e até mesmo alegria. Por onde os visitantes passavam, eram recepcionados com sorrisos calorosos e gestos gentis, atraindo mais ainda a atenção de quem visitava o reino pela primeira vez.

Cada um dos povos trabalhavam alegres, dançavam e cantavam, pois era uma tradição do reino que ao longo dos anos foi crescendo cada vez mais e a população foi se tornando cada vez maior.

Nesse reino não existia um Rei ou Rainha, mas existia um grande líder que sabia governar e também cuidar de seu povo. Todos idolatravam o Mestre de Vermênia, porque era um homem humilde, sábio e muito tranquilo.

O seu reino já era a prova viva de que a paz e união existem, por isso todos idolatravam o Mestre, até mesmo na forma em que sempre acolheu e protegeu seu povo dos antigos ataques que o reino Vermênia sofria nas mãos de mercenários e bandidos.

Quando mais uma manhã se deu início no reino, todos já estavam bem dispostos para começar o dia, principalmente os comerciantes. Aqueles que possuíam comércios no reino Vermênia eram os mais conhecidos, ainda mais se os comércios fossem no centro da aldeia, chamado de Praça dos Ciganos.

Essa praça chamava atenção de diversos tipos de pessoas, desde as classes mais altas, até as mais baixas e médias. O melhor pão era encontrado na Praça dos Ciganos, as melhores jóias e as mais belas flores também.

Era apenas mais uma manhã para o povo, com seus dias repleto de trabalhos e músicas no final da tarde, mas para o Mestre Kim era diferente, pois ele estava apenas passeando pelo reino. Havia decidido dar uma volta, interagir com o seu povo e também comprar algumas coisas simples para o seu casarão, pois queria mudar um pouco a decoração.

O Mestre caminhava tranquilo, mas foi parado aqui e ali pelo seu povo. Cumprimentava a todos, principalmente as crianças que sempre gostavam de chamá-lo para brincar, já que adorava interagir com todos.

— Mestre Kim. — ouviu uma voz feminina chamando-o.

— Sim? — respondeu, se virando e sorrindo para a vovó Dae Gi, fazendo uma reverência. — Olá vovó.

— Bom dia, Taehyung. — desejou a senhora, levantando uma xícara de café e um pedaço de torta para o seu querido Mestre. — Aceite esse desjejum, senhor.

— Agradeço o carinho, vovó Dae. — agradeceu, pegando o pedaço de torta e experimentando, suspirando em deleite pelo sabor. — Está uma delícia. Você é a melhor, vovó.

— Sabemos o quanto costuma pular refeições, Mestre. Como eu ouvi os boatos de que passaria o dia andando pelo reino e fazendo compras, desejei preparar essa torta de morango e café. — explicou-se a idosa, sorrindo por ver que havia feito bem em oferecer o café da manhã ao seu amado e querido Mestre.

— Devo dizer que estava faminto. Acho que o delicioso cheiro que andei seguindo vinha especialmente dessa torta tão majestosa. — comentou Taehyung, rindo baixinho e apreciando seu desjejum tão querido.

— Dei sorte em te parar, Taehyung. — brincou a senhora Dae, sorrindo por ver seu Mestre contente e também devorando sua torta com tamanha apreciação.

Enquanto terminava de comer, notou uma silhueta conhecida caminhando pela Praça dos Ciganos, então tratou de beber todo seu café e encerrar o desjejum, aceitando o guardanapo estendido e limpando sua boca.

— Obrigado pelo desjejum maravilhoso, vovó, mas eu preciso ir agora. — avisou o Mestre, deixando a louça na mesinha da varanda e beijando a testa da senhora.

— Volte mais vezes, Mestre. — ouviu Dae Gi dizer, então concordou e acenou, caminhando até a figura tão linda e reluzente, mas a perdendo de vista.

— Essa não. — sussurrou, se enfiando no amontoado de pessoas que caminhavam e vendo a enorme cabeleira negra, sorrindo ao vê-la conversando com um senhor que vendia enfeites de cabelo.

Respirou fundo antes de ter uma ideia, pegando um pedaço de papel e uma pena da moça que vendia, se apoiando em cima da bancada da barraca dela.

Por que dentre todas as estrelas, seus olhos são os que  mais me deixam sem palavras?

Toda vez que eu os vejo, sinto estar olhando para um céu noturno e repleto das mais diversas estrelas, tão belas e reluzentes.

Seu brilho reflete em meu coração, sinto-me admirando um anjo, mas é apenas você e os seus lindos olhos.

Com amor, Tae!

Sorriu ao ler o pequeno verso, dobrando a folha e dando dois passos, mas parou de repente.

— Não posso chegar assim, não quero que saiba que eu estou enviando cartas agora. — sussurrou consigo mesmo, olhando ao redor e vendo um garotinho brincando com seu brinquedo de madeira. — Olá, rapaz. Quer ganhar moedas de prata para fazer algo ao seu Mestre?

— Sim, senhor. — respondeu o pequeno, se levantando com o brinquedo em mãos e sorrindo.

— Está vendo aquela pessoa de longos cabelos negros na barraca de enfeites do senhor Mo? — perguntou Taehyung, vendo a criança assentir frenética e sorridente, fazendo um alívio tomar seu peito. — Entregue essa carta para ela, mas sem revelar que fui eu quem estou pedindo.

— Como desejar, Mestre. — concordou o pequeno rapaz, segurando a carta e pegando suas moedas, correndo em direção a moça de cabelos negros.

Taehyung observou o menino se aproximando da pessoa de cabelos longos e negros, mas não sendo a certa ao entregar a carta.

Em um ato de frustração acabou dando um leve tapa em sua testa, pois queria que a bela moça tivesse recebido a sua carta, mas quem recebeu foi outra moça e nem ao menos chegou a vê-la, nem ao menos a conhece.

Notou que a criança voltou a brincar, então voltou seu olhar para a moça que havia recebido sua carta, vendo que ela estava lendo e tudo que pode ver foi o seu sorriso antes de guardar o papel na pequena bolsa escondida em sua capa.

Observou a moça que havia recebido a sua carta por engano, mas não poderia ver mais do que seu corpo de costas, apenas notou as suas mãos se esticando para pegar sua compra e pagar o senhor Mojang. Havia feito tudo com cautela, fora sua empolgação, mas o pequeno garoto entregou a carta para outra pessoa.

Em seu breve momento de distração, nem notou que a outra moça que havia recebido sua carta sumiu, então quando ergueu seu olhar para a barraca do senhor Mojang, não havia mais ninguém.

— Essa não… onde foi aquela moça? Preciso muito pedir perdão e pegar minha carta de volta. — disse desesperado, olhando para todos os lados, mas infelizmente não encontrou mais a cabeleira negra.

Apressou seus passos, mas já era tarde demais, pois a moça havia sumido e Taehyung acabou não tendo seu plano executado com sucesso.







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