Amor de tinta [ Taekook ]

Capítulo três

A floresta costumava ser um local de paz e segurança para todos os seres místicos e nórdicos, mas infelizmente houve ataques, sequestros e ninguém sabe para onde algumas criaturas vão, ou quem as sequestrou.

Em Grell Froest todos se preocupam, se sentem aflitos e desesperados, pois cada vez mais seus amigos, familiares e vizinhos estão sumindo, sempre em uma lista dos escolhidos. Elbereth havia acertado em dizer que somente Elfos Escuros, Duendes Escuros e Fadas eram sequestrados, todos eles que cruzavam a saída do bosque em direção a trilha da cidade.

— Sábio Mestre, nos ajude. — pediu Hoseok, correndo até o Mestre dos bosques e florestas, sua irmã estando junto consigo. — Houve um novo alerta na floresta, Elbereth pediu para todos evacuar e se manter seguros nos porões das suas casas, estamos sendo atacados.

— Todas as criaturas mágicas e místicas, se escondam e se mantenham seguros, estamos sendo atacados pelo desconhecido, vamos se proteger. — anunciou a Jeon mais nova, tocando o sino para alertar toda a população de Grell Froest e vendo o desespero de seu povo. — Papai, precisamos nos esconder, não podemos ficar aqui. Vamos logo, não queira lutar com o que não sabemos ainda.

— Eu vou lutar pela minha família e pelo meu povo, vamos para a guerra, pois já virou uma matança. — falou Neldor, pegando a sua espada diferenciada dos soldados, com um armamento mais resistente e letal, se juntando aos soldados de caça. — Todos se protejam e se escondam. Filha, vá para a cidade dos humanos, mas pegue os livros e cultivos da família, quando Jeongguk voltar entregue para ele.

— Mas papai…

— Obedeça a minha ordem! Envie um pássaro ao seu irmão, ele precisa saber da guerra e você se mantenha segura. — ordenou o Sábio Mestre, beijando a testa da sua filha e vendo sua feição assustada. — Eu te amo. E diga ao seu irmão que o amo também, agora vá embora. Se proteja.

E naquela noite as chamas tomaram todo o vilarejo de Grell Froest, tornando tudo em ruínas e junto de toda a floresta, todas as casas e todos aqueles que lutaram, deram seu último suspiro diante do caos.

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( Um mês depois )

Jeongguk havia voltado, depois de mais luas estando fora, viajando por vales e montes, finalmente havia informações e pistas do que poderia ser feito, mas para isso teria de se mostrar ao mundo humano, mesmo sendo contra as leis de seu povo.

Soube de todo o ocorrido através da carta de sua irmã, não poupou as lágrimas de dor e de um luto eterno, chorou por dias em sua viagem, sabendo que o seu pai havia dado a vida por algo maior. Ler as palavras de Elbereth, expressando sua mágoa, sua dor, seu luto e todos os sentimentos possíveis já sentidos antes há muito tempo atrás, fez Jeongguk se sentir quebrado.

Não sobrava mais nada. Já não tinha a mãe desde os seus treze anos, havia a perdido na guerra também, vendo ela morrer diante de seus olhos e com a promessa de que estaria cuidando dos filhos e do marido onde quer que esteja, mas receber a notícia de que também perdeu o pai para uma batalha suja, doeu muito mais, pois não estava preparado.