Capítulo cinco

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Não tinha mais volta e nem mesmo como voltar atrás depois de todo o percurso que se seguiu

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Não tinha mais volta e nem mesmo como voltar atrás depois de todo o percurso que se seguiu.

Jeongguk sabia que não havia mais como voltar atrás, pois sabia que o seu povo dependia da sua vontade e perspicácia de enfrentar o que há muito tempo era proibido em seu vilarejo. Não tinha mais o que fazer, então deveria de seguir em frente, mesmo sabendo que poderia ocorrer diversas formas de tortura.

Os seus passos estavam um pouco vacilantes, mas continuou seu caminho pela Praça dos Ciganos, sentia as mãos tremendo escondidas em sua capa vermelha, efeito causado pelo seu nervosismo e medo

Enquanto caminhava, observava os comerciantes fazendo suas vendas e o seu estômago roncou de fome. Agradecia aos céus por trocar cartas anonimamente com uma alma bondosa como a do seu amado Tae, pois ele havia entregado três cestas com diversos mantimentos para o seu povo não passar fome, mas Jeongguk não tocou em nem um sequer.

Não poderia se alimentar, afinal, estaria tirando do seu povo. Eram apenas três cestas com frutas, legumes e pratos diferenciados para que todos de seu antigo vilarejo pudessem comer, então Jeongguk teve de ser forte por dias, mas infelizmente o aroma gostoso que vinha da padaria chamou a atenção do seu estômago. Tocou-o disfarçadamente ao encarar a vitrine.

— Aguenta só mais um pouco Jeongguk. — sussurrou consigo mesmo, umedecendo os lábios ao ver quantos doces, salgados e delícias haviam expostas na vitrine da padaria. — Estou tão faminto. Mas é por um bem maior.

Negou com a cabeça rapidamente.

Queria evitar pensar na sua fome, mesmo estando há quatro dias sem comer e já conseguisse sentir a fraqueza em seu corpo, sua magia também enfraquecendo.

Voltou ao seu objetivo maior, andando para poder sair da Praça dos Ciganos e pegar estrada em direção a capital Mónea, pois o seu objetivo se encontrava exatamente nesse lado do reino Vermênia, então precisava manter o foco sem desviar por causa de cansaço ou fome.

Enquanto caminhava, sentiu uma presença logo atrás, parecia estar seguindo-o em cada passo, então olhou para trás, mas não viu ninguém em meio a multidão de humanos. Suspirou pesadamente. Talvez estivesse delirando, já que não dormia, não comia e muito menos descansava corretamente por conta dos seus objetivos.

Voltou ao seu caminho, indo em busca de seu objetivo quando o garotinho das cartas apareceu diante da sua frente, assustando-o. Jeongguk levou as mãos ao peito, tentando se recuperar do susto e viu quando o pequeno estendeu uma carta. Os seus olhos se arregalaram ao conhecer o envelope, rapidamente tirou as duas últimas moedas que tinha em seu bolso e entregou ao menino, agradecendo pela carta.

Abriu o envelope com cuidado, sorrindo por saber que a sua resposta havia chegado e o seu coração se acelerou, pois não estava esperando uma resposta de modo tão rápido, como se fosse uma urgência.

Querida e amada, Gguk!

É uma pena saber que novamente foram atacados, mesmo já não tendo mais nada que possa destruir, pois o seu vilarejo já foi consumido pelas chamas e as cinzas.

Amor de tinta  [ Taekook ]Onde histórias criam vida. Descubra agora