𝐓𝐇𝐄 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐍𝐆𝐄𝐃 𝐌𝐀𝐑𝐑𝐈𝐀𝐆𝐄; Sirius Black.

𝟏𝟖.

A adrenalina ainda corria nas veias da loira, o cansaço pousava em seus ombros, seu corpo suava, seus cabelos estavam desarrumados graças o vento, a loira se encontrava sentada no banco do vestiário feminino, havia somente ela, pois tinha duas meninas no time, então o vestiário era mais calmo.

Após tirar aquelas camadas de tecido, que cobriam seu corpo, a loira se colocou diante de uma ducha quente, para relaxar seus músculos doloridos. Seu cérebro a levou a inúmeros pensamentos e reflexões diárias.

Após se vestir, com uma roupa confortável, a loira se dirigiu a cozinha do castelo, a procura de algo para mantê-la de pé, ao distribuir pequenas batidas na grande porta, uma figura já conhecida a recebeu de bom grado.

— No que posso ajudá-la, minha senhora? — Perguntou o elfo, o servo de Hogwarts, um dos responsáveis pela refeição magnífica dos alunos.

— Olá! Senhor, tem alguma tortinha ou maçã? Preciso recuperar minhas forças...— A loira se colocou na altura do trabalhador.

— Temos sim, foi um belo jogo Malfoy. — Com estalar de dedos, o pedido foi atendido, então estragado a loira.

— Ah, obrigado, o senhor estava lá? — Lucy sorria para pequena criatura em sua frente.

— Não, não posso deixar a cozinha, mas alguns rapazes vieram contando do jogo da senhora. — Malfoy morde de sua maça, enquanto analisava toda situação, a deixando um pouco curiosa.

— O senhor chega a lembrar? Dos rapazes?

— Me lembro sim, era aqueles pestinhas, que causam desordem por onde passam, se lembro, eles se apresentam como "marotos", se não me engano. — Havia um ponto de interrogação estampado na testa da loira, mas decidiu encerrar. — Tenho que ir, minha senhora, o jantar não irá se preparar sozinho. — Ambos se despedem, e Lucy agradece pela comida.

Lucy é parabenizada assim que coloca os pés nas masmorras, alguns rostos conhecidos, e outros nem tanto. A loira agradece gentilmente e se direciona para seu dormitório. Tudo que ela desejava no momento era descansar sua cabeça em algum livro e aproveitar o silêncio.

O quarto estava vazio, graças a Merlin, a jovem correu para sua cama, abraçando seu travesseiro, tendo em suas mãos um livro, com um título interessante aos seus olhos. Mas o pequeno envelope rouba sua atenção, deixando o livro de lado, Lucy pega a carta. Ao abrir se depara com a letra de sua mãe;

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" Querida Lucy,

Uma nova era chegou para nossa família, seu irmão se casará na próxima semana, enviará uma autorização para diretor de sua casa lhe liberar para tal evento, traga consigo aquele amigo que tanto fala, adoraria conhecê-lo, Lúcios faz questão da presença dele, ele será recebido em nossa casa e ficará para o fim de semana conosco.

Temos uma grande novidade querida, com essa nova era chegando em nossas vidas, recebemos uma grande proposta de negócio, não posso entrar em muitos detalhes agora, mas em breve você será apresentada como "comprometida" para toda sociedade bruxa. Se colocará diante ao casamento arranjando, como todos de nossa linhagem querida. Encontramo-nos em breve.

Com amor, Mamãe e Papai

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Naquele exato momento, tudo parou, o coração dela não batia mais, o ar de seus pulmões havia sumido, não demorou muito para a visão ficar turva, e as lágrimas começarem a cair, molhando sua face.

Lucy tentava ao máximo manter sua respiração calma, se sentia frustrada e magoada, por mais que amasse sua família, nada justificava um casamento arranjado com um completo desconhecido. Sentia repulsa em se imaginar diante seu futuro esposo, para suprir suas necessidades carnais em busca de um herdeiro. Se sentia usada por sua família, mesmo que as intenções deles fossem uma das melhores, ainda se sentia um completo nada, pois não podia tomar suas próprias decisões, não tinha escolha, a não ser aceitar seu destino.

Era tudo tão injusto, seu irmão teve escolha e ela não tinha, o pequeno abajur em seu criado mudo foi arremessado na parede, o quebrando em pedacinhos. Estava com raiva e triste, era uma mistura de sentimentos. Aquilo não a matou, mas algo dentro dela morreu naquele dia.