𝟐𝟕.

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A sala do diretor Albus Dumbledore exalava um ar misterioso e imponente

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A sala do diretor Albus Dumbledore exalava um ar misterioso e imponente. As paredes de pedra cinzenta pareciam guardar segredos antigos, enquanto os retratos dos diretores passados sussurravam entre si em vozes sussurrantes.

 Lucy se encontrava sentada diante das três figuras que discutiam entre si, estar parada ali lhe causava nervosismo, a loira estava com as mãos cerradas e os olhos faiscando de raiva. Sentia seu coração acelerado, pulsando com força dentro do peito. Cada pensamento, cada lembrança, apenas alimentava ainda mais a chama que queimava dentro dela. Tudo ao seu redor parecia embaçado, as vozes das pessoas se tornavam distantes, como se estivesse em um mundo só dela, um mundo de fúria e indignação.

 A sensação de impotência misturada com a vontade de explodir era avassaladora. O diretor se sentou em sua cadeira diante da jovem, enquanto os professores se mantiveram em pé ao seu lado, todos observavam a jovem com atenção, suas faces estavam carregadas de preocupação.

 ― Senhorita Malfoy, estamos preocupados com o que aconteceu hoje na sala de aula. Você sabe que isso não é normal, não é? ― Dumbledore começou a falar, sua voz tranquila contrastando com a atmosfera tensa da sala. 

 A loira ergueu os olhos para encará-lo, sua expressão séria e determinada. Ela não iria se desculpar por defender a si mesma, por ter se protegido daqueles diabretes que a atormentavam. 

 ― Eu sei que não é normal, diretor. Mas o que você quer que eu faça? Eles estavam me atacando, me machucando. Eu só me defendi. ― Lucy respondeu, sua voz firme e decidida. Os professores trocaram olhares, parecendo discutir silenciosamente entre si. McGonagall suspirou e se aproximou da loira, colocando uma mão gentil em seu ombro.

 ― Lucy, nós entendemos sua situação, mas não podemos ter alunos usando magia de forma descontrolada dentro da escola. Você precisa aprender a controlar suas emoções, a controlar sua magia. Sem contar o seu comportamento durante essa semana. ― A professora falou com voz calma, porém firme. 

 ― Como assim, meu comportamento?

 ― Senhorita Malfoy, em menos de uma semana sua presença nessa escola causou mais caos que o próprio pirraça, não podemos admitir esse tipo de comportamento em nossa instituição. ― disse Dumbledore com sua voz calma e séria.

 ― Perdão? O senhor está insinuando que tudo que aconteceu comigo foi minha culpa? ― O diretor confirmou sutilmente com a cabeça, Lucy o olhou desacreditada, isso só podia ser brincadeira.

 — Acredito que tenho sido claro em minhas palavras, senhorita. Esse tipo de atitude não é aceito e nem bem-visto para nossa escola, não depois do aconteceu com Tom...— Os olhos do diretor ficaram distantes, como se algo o assombrasse, os professores ao seu lado arregalaram os olhos diante do nome, Lucy ficou ainda mais perdida, quem era Tom? 

 — McGonagall, por favor, providencie a carta de transferência e a expulsão da senhorita Malfoy e informe aos responsáveis dela. — Dumbledore cuspiu as farpas diante da loira, que estava incrédula com a situação. 

 Lucy sentiu como se seu mundo estivesse desabando ao seu redor. Ela não podia acreditar que estava sendo expulsa, que estava sendo culpada por algo que não fizera. Ela olhou ao redor, buscando desesperadamente por apoio, mas todos estavam contra ela. Com os olhos marejados de lágrimas, a loira  encarou o diretor com determinação.

 ― Se é assim que a escola trata seus alunos, então eu não quero mais fazer parte dela. Eu não vou embora por algo que não fiz, por algo que não fui responsável. Mas saiba, diretor, que meu pai irá ficar sabendo disso, ah, ele vai, e pode dar adeus a essa escola de merda. A verdade virá à tona. E quando isso acontecer, vocês vão se arrepender de ter me expulsado. ― Lucy falou com a voz embargada, sua raiva transparecendo em suas palavras. 

 A loira estava prestes a se levantar quando a porta da sala foi aberta drasticamente por uma figura, num entanto inusitada. De todos que imaginavam salvá-la desta bagunça, nunca se quer passar em sua mente, Remus Lupin. 

 Todos observavam o garoto desengonçado entrar, suas roupas estavam amassadas, seus cabelos rebeldes estavam fora do lugar, suas bochechas vermelhas, claramente correu para chegar aqui. 

 — Sr.Lupin acredito que esse não seja o melhor momento...— Dumbledore foi interrompido pelo rapaz. 

 — Peço perdão por minha intromissão, mas como monitor chefe da Grifinória, não posso deixar uma aluna inocente ser punida por algo que não foi culpa dela, e sim de membros da minha casa. — Remus falava enquanto ajeitava suas vestes bagunçadas, a última parte revelou em um sussurro. 

 Os olhos da professora McGonagall se arregalaram diante da confissão. Como não havia pensado nisso antes, só 4 pestinhas seriam capazes de causar toda essa bagunça, céus.

 Dumbledore olhou para Remus com surpresa e curiosidade, avaliando o rapaz diante dele. Lucy, por outro lado, sentiu um misto de emoções. Ela não esperava que alguém viesse em seu socorro, muito menos um aluno da Grifinória.

 ― Sr. Lupin e Sra. Malfoy peço que ambos aguardem lá embaixo. ― Remus olhou para Lucy e respirou fundo antes de se retirar. 

 Os professores presentes trocaram olhares preocupados, enquanto Dumbledore fazia uma expressão pensativa. Lucy seguiu Remus para fora da sala, ainda atordoada com o que acabara de acontecer. Ela se sentia grata por ter alguém defendendo-a, mas ainda se sentia ultrajada pela injustiça que estava sendo cometida contra ela. 

 Como assim "membros de sua casa"? Então, a ficha da loira caiu, juntamente com sua pressão.

 — Desfaça essa merda, Malfoy ou lhe garanto que sua vida se tornará um inferno. 

 As palavras amargas de Sirius Black ecoaram em sua mente cansada. Lucy procurou apoio no corrimão da escada para não rolar escada abaixo. Remus viu a parada repentina da jovem e foi a socorro dela. 

 ― Você está bem, Lucy? ― Remus perguntou com preocupação, tocando levemente o ombro da loira. 

 A pergunta só fez a jovem se entregar à dor que sentia. Malfoy se sentou na escada e deixou as lágrimas virem de uma vez por todas. Remus olhou para ela com compaixão, entendendo a situação delicada em que ela se encontrava. O garoto se sentou ao lado dela e colocou um braço ao redor dos ombros da loira, oferecendo-lhe conforto.

 ― Lucy, eu sei que isso tudo é difícil, eu estou aqui para te ajudar, não importa o que aconteça. Vamos resolver isso juntos, está bem? ― Remus falou com voz suave, transmitindo toda a sua solidariedade para a jovem. 

 — Eu não posso me casar com ele, Remus, eu não posso...— Lucy soluçava de tanto chorar.

 O coração de Lupin se partiu, céus, estava certo desde o início a respeito dela, ela só era uma garota, com um destino trágico nas mãos dos pais. Ele sabia que teria que fazer algo para ajudá-la, agora mais do que nunca.

 ― Vamos resolver isso juntos, Lucy. Eu prometo que tudo vai se acertar. ― Remus afirmou com convicção, tinha que resolver.

𝐓𝐇𝐄 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐍𝐆𝐄𝐃 𝐌𝐀𝐑𝐑𝐈𝐀𝐆𝐄; Sirius Black.Onde histórias criam vida. Descubra agora