O céu se apresentava em tons de azul claro, indicando que dentro de poucos minutos o sol nasceria. O ar parecia mais fresco, as árvores balançavam suavemente com a brisa, e os pássaros começavam a cantar seus primeiros acordes.
O silêncio daquela hora da madrugada era quebrado apenas pelo canto dos grilos e pelo murmúrio distante da floresta proibida. Uma leve neblina cobria parte do lago, criando um clima misterioso.
Lucy dormia tranquilamente, até então havia tomado uma poção para acalmar os nervos que Poppy Pomfrey havia preparando, mas cedo. Seus cabelos ainda permaneciam pintados, espalhados diante dos travesseiros de seu coxão.
Conforme a Madame Pomfrey, era desconhecido o feitiço para consertar seu cabelo, a opção mais adequada era o preparo de uma poção, na qual ela ficou encarregada de preparar. Sendo assim, Madame prometeu que pela manhã estaria tudo normal com suas mechas loiras.
Enquanto a maioria das pessoas ainda desfrutava do conforto de seus lençóis quentes, Lucy fui despertada por murmúrios distantes que pareciam ecoar pelos arredores. Lentamente a loira foi abrindo os olhos, tentando entender de onde vinham aqueles sussurros indistintos.
A princípio, não conseguia identificar com clareza a origem daquelas vozes, mas à medida que os meus sentidos se ajustavam gradualmente ao ambiente ao redor, comecei a distinguir as palavras pronunciadas.
"Quem será que é?" ou "Porque alguém iria para o lago uma hora dessa?"
Ainda com os olhos sonolentos, ela se deparou com uma movimentação repentina em seu coxão. Curiosa, a loira se sentou na cama e lentamente, tentando entender de onde vinha essa movimentação repentina em sua cama.
A princípio, não conseguia identificar com clareza o que estava acontecendo, mas à medida que os seus sentidos se ajustavam gradualmente ao ambiente ao redor, Lucy começou a entender o que estava acontecendo.
Seu coração acelerou enquanto olhava ao redor, estava no lago negro, no meio, distante de superfícies terrestres.
Os ecos das abafadas alcançaram seus ouvidos, trazendo uma mistura de raiva e humilhação à tona. Se não bastasse a situação ainda havia plateia diante a cena. O coxão começou a se movimentar, Lucy deu um grito de susto e se segurou nas bordas da superfície, fazendo com que o coxão virasse, a derrubando na água.
A água congelante penetrou suas roupas, a pele ardia com o frio. O desespero tomou conta da loira, quando percebeu que não conseguia sair dali. A água escura e profunda se abria diante a ela, como uma prisão mortal.
Tentáculos gigantes envolveram a cintura de Lucy, a removendo da água, a lula colocou a jovem no coxão novamente e assim a lula gigante direcionou a jovem de volta a terra.
Lucy saiu da água humilhada, havia alguns alunos, monitores e professores testemunhando essa cena constrangedora. Severus Snape acompanhado de outra monitora de sua casa, providenciaram toalhas para aquecê-la.
— Senhorita Malfoy, você está bem? Está ferida? — a professora McGonagall se ajoelhou diante da loira, enquanto a observava à procura de algum ferimento. A senhora professora vestia um roupão, seus cabelos estavam soltos, era estranho observar a professora tão modéstia, sem suas vestes elegantes ou seu chapéu pontudo.
Assim, um círculo se formou diante da jovem e o murmurinho voltou, com inúmeras pessoas falando ao mesmo tempo, mas Lucy não conseguiu prestar atenção, pois só conseguia vislumbrar o rapaz de olhos grandes e expressivos, em um tom castanho-escuro que transmitia pena e culpa. Sua aparência era marcada por marcas de cicatrizes.
...
O vento soprava lá fora, fazendo com que as folhas das árvores dançassem ao ritmo da natureza. Dentro da comunal da casa dos leões, o ambiente era aconchegante e acolhedor, graças à lareira que crepitava calorosamente. As chamas dançavam e iluminavam o cômodo, trazendo uma sensação de paz e conforto para o jovem Black. O cheiro de lenha queimando enchia o ar, o som da madeira estalando ecoava pela sala, criando uma atmosfera aconchegante e convidativa.
Sirius estava batendo o dedo no braço do sofá, aparentemente em profundas reflexões em relação aos acontecimentos. Era quase dia quando Remus Lupin entrou na comunal como um furacão em direção ao jovem Black.
— Você é inacreditável, está tão determinado em castigá-la que nem consegue perceber o quão semelhante está à sua família, a qual você sempre disse que jamais seguiria os passos. — Disse Remus com uma expressão de desgosto em sua face. — Está tão cego de raiva que nem consegue ver a tamanha maldade que está fazendo aquela pobre garota.
Sirius suspirou profundamente, olhando para o amigo com uma mistura de raiva e frustração. Ele não entendia o porquê de Remus defendê-la. A raiva e a mágoa que sentia por Lucy Malfoy o consumiam de tal forma que era difícil enxergar as coisas de forma racional.
— Eu só quero que ela pague pelo que fez, Remus. Ela me enganou, me usou e ainda por cima causou toda essa confusão. Eu não posso simplesmente deixar passar em branco, ela está me forçando a me casar com ela! — respondeu Sirius, tentando justificar suas ações.
Remus olhou para o amigo com tristeza nos olhos, cansado de argumentar para alguém que não quer escutá-lo. Ele apenas balançou a cabeça e se sentou ao lado de Sirius.
— Eu entendo a sua dor, Sirius. Está com raiva, mas lhe garanto que está direcionando sua ira à pessoa errada — disse Remus, tentando fazer com que Sirius entendesse, de uma vez por todas, que Lucy era vítima com ele.
— Mas que obsessão é essa por defender ela enquanto todas provas apontam para ela e sua manipulação! — Sirius se levantou rapidamente, como se a presença do amigo o queimasse.
— Que provas pelas barbas de Merlin? A que você inventou em sua cabeça? Acorde Sirius, você não pode ser o único com uma família problemática, pare de olhar apenas para si! — Remus se levantou também furioso e frustrado.
— Por que a defende tanto? Eu sou seu amigo, e não ela! Você devia estar ao meu lado, e não ao dela! Sou eu que te ajudo nas luas cheias, SOU EU! — Sirius despeja seu ódio no rapaz à sua frente. Remus olha desacreditado diante de tamanha amargura, um aperto surgiu em seu peito.
— Só pode ser um tolo mesmo ou apenas cego, está tão cheio de si que não consegue ver o quão abalada a garota está, acha mesmo que se ela tivesse manipulado esse casamento arranjado, ela estaria tão destruída como está? Se fosse ela agindo por trás de tudo isso, ela não estaria sofrendo, e sim feliz, seu tolo!
— O fato de alguém estar abalado não exclui a possibilidade de manipulação! — Profere Black diante dos argumentos.
Remus suspira, percebendo que não conseguirá convencer Sirius a enxergar a situação de outra forma. Ele sabia que a amizade deles estava abalada, mas não podia deixar de lutar pelo que acreditava ser certo.
— Você está cego pela raiva, Sirius. E eu não posso mais ficar aqui assistindo você fazer algo de que vai se arrepender no futuro. Eu estarei do lado de Lucy, mesmo que isso signifique que nossa amizade sofra as consequências — disse Remus, resignado.
Sirius olhou para o amigo, vendo a determinação em seus olhos e a tristeza que o cercava. Ele sabia que estava agindo de forma irracional, mas a dor que sentia era tão intensa que não conseguia enxergar além dela.
— Faça o que achar certo, Remus. Não vou tentar te impedir. Mas saiba que a minha decisão está tomada. Lucy Malfoy vai pagar por tudo que fez, mesmo que eu tenha que destruí-la para isso — declarou Sirius, deixando claro que não voltaria atrás em sua decisão.
Remus assentiu, sabendo que não adiantaria mais argumentar. Ele se afastou de Sirius, deixando-o sozinho com seus pensamentos e sua dor.
Enquanto o sol começava a despontar no horizonte, trazendo consigo um novo dia, o coração de Sirius Black estava tomado pela escuridão da vingança. E o destino de Lucy Malfoy estava traçado por mãos cheias de ódio e ressentimento.
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𝐓𝐇𝐄 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐍𝐆𝐄𝐃 𝐌𝐀𝐑𝐑𝐈𝐀𝐆𝐄; Sirius Black.
Romansa𝐎 𝐂𝐀𝐒𝐀𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎 𝐀𝐑𝐑𝐀𝐍𝐉𝐀𝐃𝐎 | "𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘴𝘰 𝘱𝘰𝘥𝘦 𝘴𝘦𝘳 𝘣𝘳𝘪𝘯𝘤𝘢𝘥𝘦𝘪𝘳𝘢 𝘤𝘰𝘮 𝘢 𝘮𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘤𝘢𝘳𝘢." Com noivado de seu irmão se aproximando, Lucy conhece a família de sua cunhada o que ela não esperava era sair de lá com...