34°Capítulo

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REESE

Finalmente, saí com um cara gato.
Pelo menos, eu achava meu irmão bonito. Depois de uma semana de autopiedade por todos os meus erros com caras estúpidos, aceitei um convite para jantar com o único homem em quem eu confiava.

Comemos no Village e pegamos o metrô de volta para minha casa. Embora eu lhe dissesse que era completamente desnecessário me levar até lá, ele sempre insistia.
Quando subimos as escadas do metrô, meu celular tocou.
Havia cinco chamadas perdidas, todas de um número de fora do estado. Imaginando que era para vender alguma coisa, ignorei. Até que tocou de novo enquanto virávamos em meu quarteirão.
Meu coração acelerou quando o interlocutor disse que era da empresa de segurança e que o alarme tinha sido acionado.

Foi então que notei que havia um carro de polícia fora do prédio. A empresa de alarme me colocou em espera e confirmou com a polícia, que disse que estavam no andar de cima e que era seguro entrar.
Dois oficiais uniformizados conversavam com meu vizinho de corredor quando saí do elevador.
Eles se viraram para mim.

- Srta. Annesley?

- Sim.

- Sou o oficial Caruso, e este é o oficial Henner.
Atendemos à chamada da empresa do alarme, já que não conseguimos falar com você para saber se as coisas estavam bem.

- O que aconteceu?

- Parece que era alarme falso. O edifício ficou sem energia por alguns minutos e, quando a energia retornou, pode ter enviado um sinal falso. Não é incomum. Seu apartamento ainda está trancado, e não há sinais de arrombamento nem de invasão.

Senti Owen endurecer perto de mim quando o policial disse arrombamento e invasão. Seu braço estava em meu ombro quando o oficial falou, e ele me puxou para si, de forma protetora.
Me virei para ele.

- Entendeu tudo?

O oficial franziu a testa.

- Meu irmão é deficiente auditivo - expliquei. - Ele estava acompanhando por leitura labial.

O oficial Caruso assentiu.

- Se você concordar, gostaríamos de dar uma olhada, só para ter certeza de que tudo está bem.

Eles não tinham ideia do quanto eu concordava com isso.
O oficial pegou minhas chaves e nos pediu para aguardar enquanto faziam uma busca. Poucos minutos depois, eles abriram a porta.

- Está tudo certo aqui. Como dissemos, é comum que picos de energia desestabilizem esses alarmes. Só precisamos preencher um relatório e pedir para você assinar, então iremos embora.

- Obrigada.

Em casa, apesar de os oficiais terem inspecionado o local, eu ainda precisava fazer a minha própria busca. Enquanto eles se sentavam na cozinha e preenchiam o relatório, fiz a rotina habitual de forma discreta. Eu era boa em disfarçar, escondi isso de todos os caras que levei para casa. Exceto Chase.

Tirei o sapato como desculpa para abrir o armário do corredor, depois me fechei no banheiro e abri a água para disfarçar a verificação na cortina do box. Encontrando tudo certo no quarto, voltei para a sala assim que Owen abriu a porta da frente.

Chase estava no corredor, se apoiando contra a parede enquanto seu peito arfava. Ele olhou para Owen e depois me viu por cima do ombro.

- Chase. O que está fazendo aqui? - perguntei.

- Está tudo bem? - Ele estava realmente sem fôlego.

- Sim. Por quê? O que está acontecendo?

- A empresa de alarme me ligou. Eles não conseguiram falar com você, e eu estou listado como contato. Pedi que chamassem a polícia e vim o mais rápido que pude. Tem certeza de que tudo está bem?

The BossOnde histórias criam vida. Descubra agora