Tremor

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Eu escolhi o meu melhor terno pra te encontrar, queria estar muito bem pra você.

Sabia que a nossa conversa naquele jantar não seria nada fácil, eu estava confiante mas também tinha medo, receio de fazer alguma coisa errada, mais do que já estava fazendo que era levar uma mulher casada para sair comigo.

Isso talvez, já fizesse parte da normalidade. Seu casamento já estava nulo para mim. Eu deveria torna-lo nulo para você também.

Então entrei no meu carro e te busquei como o combinado na porta da sua casa. Quando te vi parada na frente das escadas, sorri, indo na sua direção. Te entreguei uma rosa tão vermelha, quanto a cor do seu vestido.

- Boa noite. - e dei um beijo na sua mão, querendo beijar a sua boca.

- Boa noite. Obrigada pela rosa. Foi muita gentileza da sua parte, mas não precisava.

- Precisava sim. Você é a minha dama, é por isso que te dei essa flor.

Te vi respirando fundo mordendo os lábios. Seria bom mesmo saber lidar comigo esta noite, porque eu iria usar todas as minhas artimanhas pra  te envolver, pra te fazer se apaixonar por mim.

Essa noite seria só o começo.

Te peguei pela mão, você sentou ao meu lado e fomos até um restaurante longe da cidade. Seria o lugar perfeito para que ficássemos a vontade, ou pelo menos tentássemos porque você não aparentava estar tão confortável comigo.

- Não fique tão apreensiva. Esta tudo bem. - falei enquanto dirigia. Você suspirou olhando pela janela.

- Não está Adrien, e você sabe disso. Eu to fazendo tudo errado.

- Não pense nisso por enquanto, estamos indo apenas jantar, sem nada demais. Fique tranquila que iremos apenas conversar.

Você voltou a suspirar e concordou comigo. Dirigi por mais alguns quilômetros, resolvendo quebrar o silêncio do meu carro colocando uma música. Era uma música romântica, você sabia que eu queria te envolver desde o começo, e acabou por apertar forte a rosa em duas mãos.

- Ah droga! 

- O que foi?

- E-eu me espetei nos espinhos...!

- Deixe me ver.

Peguei a sua mão esquerda vendo que havia um pequeno furo feito pelo espinho da rosa. Como o carro estava parado no sinal, o retirei com cuidado. O dedo acabou sangrando um pouco, eu então limpei com um pedaço de papel que utilizava para limpar a janela, e depois, me aproximei dando um beijo sobre o machucado.

Senti sua mão tremer, você inteira tremia enquanto me olhava acariciar seus dedos pela minha boca. Eu fiz questão de soltar o ar quente para que sua pele conhecesse a quentura do meu desejo por você.

- N-não precisa fazer isso.

- Eu preciso, porque quero que se sinta bem.

- Não, mas...

- Marinette, me deixa continuar te sentindo, a sua pele... é muito suave e quente...cheira muito bem....

O sinal abriu mas eu mantive sua mão próximo a minha boca, te dando beijos enquanto conduzia o carro com a outra.

Seu olhar se manteve fixado em mim, você prendia seus lábios para não emitir gemidos, só que eu conseguia ouvir o seu corpo correspondendo aos meus toques.

Você esfregava suas pernas uma na outra, a cada passada dos meus lábios nos seus dedos, dentre eles, a sua respiração ficava mais forte, mais intensa, seu tremor entrava em sintonia com o meu, e nós dois temíamos, de desejo e ansiedade um pelo outro.

- Adrien, por favor pare...!

Te olhei pelo canto dos olhos dando um suspiro antes de beijar sua mão e te soltar.

- Tudo bem. Nós chegamos.

Você suspirou forte como se estivesse aliviada. Eu sei que estava jogando pesado contigo, mas eu não iria abrir mão meu amor. Já estava mais do que em pecado contigo, e sabendo que você gostava de me sentir e da minha presença, eu iria investir muito mais.

Eu queria te seduzir até você se ver tonta por mim, nada mais faria sentido. Nenhum nome viria assombrar a tua mente. Só o meu seria o único, mas seria sinônimo de prazer.

Faria coisas que eu sabia não estar acostumada.

Antes de sair do carro, abri a porta e te peguei pela mão, te conduzindo com delicadeza para fora.

- Esta tudo bem, eu sei me virar.

- Eu sei que sabe, mas eu quero cuidar de você.

- Adrien, não fique me pajeando... isso me deixa...!

- O que...? - foi então que eu te encurralei contra a porta do carro, te olhando nos olhos. - Como você se sente?

Aproximei os meus lábios entreabertos dos seus, soltando a respiração contra a sua boca que logo se abriu e seus olhos se focaram na gente quase trocando um beijo.

Segurei seu queixo gentilmente com o meu indicador e o polegar, ousando roçar bem suave a minha boca na sua, colocando a minha perna no meio das suas coxas grossas.

-...vai me fala, como se sente quando eu te seguro assim, e te imploro por um beijo em silêncio Marinette... pelo mínimo de prazer que possa me dar...

- Adrien... - você franziu seu semblante, soltando o ar com um gemido. Passou as mãos sobre o meu peito até chegar nos meus ombros, me fazendo fechar os meus olhos e gemer rouco.

Só através daquele breve toque, eu senti o meu corpo inteiro vacilando de tesão, de vontade de meter em você, o meu pau pulsou dentro da calça querendo foder você.

Eu tava enlouquecendo,  seria capaz de fazer uma loucura por um beijo seu.

Era cedo demais.

-....Adrien, vamos entrar no restaurante...

- Agora...? - eu murmurava de olhos fechados, movendo a minha cabeça, como se já estivesse te beijando.

- Sim, agora.

Então, me aproximei e ao invés de dar um beijo na sua boca, arrastei meus lábios pelo seu rosto até dar um beijo na sua testa, para que depois eu me afastasse e com um sorriso, desse meu braço para que você se segurasse em mim.

- Então vamos.

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