Sem Arrependimentos

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Depois de te dar mais um beijo, descansamos um pouco.

Fiquei deitado ao seu lado, segurando sua mão, observando nossos dedos unidos. Te ouvia respirando pesado, cansada. Eu me sentia feliz.

Fechei meus olhos, respirando fundo até notar uma inquietação da sua parte. Resolvi te perguntar baixinho.

- Você esta bem?

Demorou para me responder. Eu mantive meus olhos fechados.

-... estou. Não poderia dizer nunca, que isso foi ruim.

- Que bom. - sorri, encostando a minha cabeça na sua. - ...detestaria saber que não te agradei aqui na cama.

-Esse não é o ponto. Está longe de ser...

Aos poucos, nos viramos um para o outro, ficando de frente. Coloquei minha mão na sua cintura e você deu um meio sorriso amolecido.


- E qual é o ponto?

Você riu baixo. - ...cometemos uma loucura Adrien.

- Sim, eu concordo. Mas está arrependida?

- Não. Mesmo que eu mentisse, dizendo que sim, não daria pra disfarçar. Eu não iria resistir em te pedir por mais um beijo.

-...ja que é assim... - com um certo teor convencido na minha voz, te tomei então nos meus braços, te trazendo por cima de mim. - Pede por um beijo meu.

Você ficou um pouco a me observar com seus olhos azuis cansados e um sorriso bobo no rosto. Suspirou, se aproximando de leve da minha boca, onde tocou teus lábios nos meus, ainda com o olhar atento ao meu.

- Eu quero um beijo.

- De quem?

- Teu.

- E eu sou o que?

- Você é o meu amor.

Nós dois trocamos um breve sorriso antes de nos tomarmos em um beijo, que me fez te colocar deitada no colchão, para que eu pudesse ter mais liberdade em sentir sua boca.

Me perdi no tempo que ficamos deitados, trocando carícias, só nós dois. Até resolvermos ir para a cozinha terminar de fazer o almoço. Tomamos mais uma ducha rápida, e fomos juntos.

Você teve que me dar uma roupa do seu marido, que me caiu muito bem até. Senti vontade de rir vestido com aqueles trapos. Seria muito bom deixar a minha marca nos pertences dele, afinal de contas, o principal ele já tinha perdido para mim.

Você por outro lado, mesmo que tentasse sorrir, parecia contrariada. Parecendo se dar conta mais uma vez de forma racional sobre o que tinha acontecido.

Na cozinha, me espreitava pelo canto dos olhos, suspirando, enquanto mexia no molho de tomate. Eu me aproximei por de trás, te dando um beijo no rosto. Te fiz olhar pra mim.

- O que foi?

- Nada.

- Não minta pra mim.

Sonho ImperfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora