Conversa. - Cap 7

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Eu realmente estava irritada com o Lucas. É só um urso de pelúcia. Pra que essa implicância por causa de um brinquedo?!

- O que aconteceu? - A Gi entra no quarto.

- O Lucas já foi?

- Já.

- Não aconteceu nada Gi, foi só uma mini discussão. - Eu disse.

- Foi por causa daquele urso?

Suspirei. - Foi.

- Mas por quê? É só um brinquedo. O quê que tem?

- E que foi o Henrique que me deu esse urso.

- Achei que o nome "Henrique" já não existia mais entre nós. - Ela disse e sentou na cama.

- Eu também.

- Mas eu entendo o Lucas.

- Entende é?

- Sim, ele só tem ciúmes ou insegurança. Você sentiria o mesmo se fosse ao contrario, só que a diferença é que você ia deixar o assunto quieto até não aguentar mais.

- É, talvez eu entenda ele. - Eu disse.

- Pois é. Eu não gosto quando vocês brigam.

- Nem eu Gi, mas deixa esse assunto pra lá né?

- De jeito nenhum. Vocês vão conversar e ficar de bem um com o outro.

- Não, eu não tô afim de conversar com ele agora. - Eu disse e ela me olhou com os olhos semicerrados.

- Eu sei que você não gosta de brigar com ninguém, então vai logo.

- Não força Giovanna!

Ela começou a me encarar erguindo uma das sombrancelhas.

- Que foi? Virei espelho agora? - Questionei irritada.

- Vai logo Helena. Você sempre foi de conversar.

- Sim, mas agora não quero.

- Deixa de ser medrosa e vai. - Ela me puxa da cama.

As vezes eu que me sinto a caçula.

- Tá bem Giovanna, eu vou. - Disse e caminhei até a porta do quarto.

Eu sai do meu apartamento, e sem demoras já estava com o Lucas.

Ele abriu a porta do apartamento e me encarou de uma forma que me deixou desconfortável.

Eu entrei em seu apartamento sem dizer uma palavra, assim como ele.

- Não faz nem dez minutos que eu te vi. - Ele quebra o silêncio.

- Perguntei? - Peguei o Johny que estava me cercando.

- Ah não Helena, você veio na minha casa pra isso?!

- Você não tem nada pra me falar não?

- Não.

- Claro que tem!

Ele suspira e senta no sofá. - Desculpa. - Ele diz sem vontade.

O olhei e sua expressão me fez rir, então sentei no sofá ao seu lado.

- Por que você ta rindo?

- Tô rindo da sua cara.

Ele ri também. - Você nem me deixa fazer drama.

- Eu sei. Eu amo.

- É claro! Você ama me humilhar.

- Eu não te humilho.

- "Perguntei?", "Não se humilha", "As suas piadas são tão ruins que dá vontade de rir" - Ele me imita.

- Mas isso ai é só quando você me irrita.

- Eu quase nem te irrito.

- Aham. - Fui sarcástica.

- Tá bom então, desculpa. - Ele prende o riso.

- Você ri até do vento.

- Você que faz isso.

- As vezes.

Eu o abracei de lado e ele retribuiu, eu o senti beijar a ponta da minha cabeça, então o olhei e lhe dei um breve beijo.

A Gi sempre foi necessária.

Wi-fi (T3ddy - Segunda Temporada) Onde histórias criam vida. Descubra agora