Capítulo 4 - O Treinador

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- Você!? – Zack aponta para o Homem. - Por favor, nos ajude então. Queremos vingança contra Za...

O homem joga a espada nos pés de Zack, e o interrompe. - Cale a Boca, seu idiota! Zaryn vai ouvir.

- Mas você acabou de falar o nome dele!

- Ele não pode me ouvir.

- E como isso é possível? – Pergunta Samuel, confuso com a afirmação do homem.

- Não importa. – O homem manda sinais para que os flecheiros recuem, e em seguida, o portão de ferro começa a se abrir. Novamente, ele se vira e começa a ir em direção ao portão, mas antes de entrar para dentro da vila, ele para e solta um longo suspiro. – Venham, quero conversar com vocês.

- Agora você quer conversar? – Pergunta Zack, embainhando sua katana.

O treinador de energia continua a caminhar em direção da vila, sem ao menos ligar para as perguntas de Zack.

- Relaxa, vamos ver o que ele quer antes. – Diz Samuel, seguindo em direção do portão.

- Tá, tá. Se tu diz. – Zack segue seu irmão, e juntos, eles entram na vila.

Ao entrarem na vila, o local começa a se mostrar para os gêmeos, é uma vila calma, com casas feitas de madeira clara e telhados em palha amarelados, em cima das portas de cada casa à um crânio de javali, com símbolos tribais e coloridos nas presas. Crianças correm pelas ruas, jogando lama um no outro, mães brigando com as crianças por conta da sujeira que fizeram e idosos sentados nas varandas de suas casas fumando e rindo alto, muito parecido com a vila em que os irmãos cresceram.

- Qual é a dos crânios de javali? – Pergunta Zack, enquanto segue o Treinador.

- Nesta vila á um costume, ou um ritual de passagem, pode se dizer assim. – Responde o Treinador. – Quando as crianças alcançam os 18 anos, eles têm a missão de caçar um javali na floresta e traze-lo para a vila, assim tendo um banquete familiar e colocando o crânio do javali sobre suas portas de casa.

- Nossa vila também tinha um ritual de passagem. – Diz Zack.

- E qual seria?

- Quando fazemos 17 anos, nossa pele é tatuada com uma tinta abençoada pelos anciões da cidade. – Diz Samuel. – A tatuagem simboliza seu destino, e você irá carrega-la até o momento de sua morte.

- Vocês já receberam uma tatuagem?

- Sim. Nós já fomos marcados. – Responde Samuel.

- O que significa a tatuagem de vocês?

- Apenas os marcados podem saber. – Diz Zack.

- Entendo.

Após alguns minutos caminhando pelas ruas da vila, os três chegam até uma casa parecida com as outras, porém, o crânio que está acima da porta é enorme, comparado com crânios das outras casas.

O homem abre a porta e entra em sua casa, já seguindo em direção à um pedestal que está entre duas colunas no canto da sala. Zack entra atrás do homem, tira sua mochila e espada, colocando-as sobre uma cadeira ao lado da porta, Samuel entra seguido de seu irmão, deslumbrando a sala de estar, com peles de urso no chão e colunas de madeiras que seguram o grande telhado.

O homem para em frente ao pedestal e tira de seu pescoço um amuleto que emana uma luz verde e brilhante, o põe em cima do pedestal, e uma luz verde brilha por toda a sala, as paredes rangem e o chão treme, mas a luz para de emanar e tudo ao redor se acalma. Ele então sai de perto do pedestal, anda até uma poltrona revestida por pelo de javali e ornamentada com dois chifres de veado, e se senta nela. Em frente a poltrona à uma lareira de pedra, com outras quatro cadeiras de madeira ao redor, ele aponta para as cadeiras em volta da fogueira e os gêmeos se sentam.

Os 4 Elementos A Vingança dos DeusesOnde histórias criam vida. Descubra agora