Capítulo 10- Any

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Encaixo os tubinhos de oxigênio em meu nariz mais uma vez. Minha mãe aperta a descarga e pela terceira vez no dia me entrega a escova com a pasta de dentes.

Minhas pernas fraquejam quando tento me levantar, meu médico é quem me segura para que eu fique em pé sem qualquer firmeza.

Minha mãe enrola meu cabelo para trás, jogo água em meu rosto e tento esfriar a minha nuca. Faço um gargarejo, mas é uma péssima ideia, sinto ânsia e tenho que me debruçar no vaso sanitário mais uma vez.

Tudo é um silêncio, não saí mais nada de dentro de mim. Meu corpo esquenta, meus olhos pesam, meu estômago se embrulha. Tomo um gole d'água, coloco para fora no próximo segundo.

Tusso, o gosto metálico invade a minha boca, cuspo o sangue na água. Fecho os olhos, um pano úmido é passado pelo meu rosto, o ar gelado entra pela janela fazendo os pelos da minha nuca se arrepiarem.

Quero voltar para cama, mas não tenho forças para dizer isso. Espero o oxigênio encher meu pulmão, o esvazio, espero mais uma vez.

Apoio minha mão no chão para tentar me levantar, não funciona, fraquejo. Choramingo quando a náusea me toma, fazendo meu corpo tombar mais uma vez.

A mão da minha mãe não está mais na minha. Sinto uma mão passar por baixo dos meus joelhos e outra por baixo do meu braço, flutuo, não estou mais no chão. Pela terceira vez no dia estou encostando a cabeça no ombro do Josh, exausta, parece que corri uma maratona.

Meu corpo é deitado na maca, os aparelhos sendo conectados a mim de novo. O monitor apita, uma vez, e outra, o barulho da minha vida.

- Meu pai não ficou assim na primeira semana.- Minha mãe sussurra, mas ela sabe que escuto.

- A quimioterapia que ela está fazendo é muito agressiva para o corpo dela que está fraco, gostaria de poder diminuir, mas é a única que vai eliminar o câncer mais rápido.

- Até quando ela vai ficar dessa forma?

- Até seu organismo entender que não é para eliminar todas as vitaminas e suplementos que estamos dando.

Meu estômago aperta, solto um soluço, chamo a atenção deles pra mim. Meus olhos pesados demais, sem ar o suficiente para me ajudar a respirar. Josh entende isso e regula o oxigênio.

- Não tem outra forma de fazer com que o organismo se acostume?

Durmo antes de ouvir a resposta dele. Existe outra forma, eu só não quero pensar nela.

★★★

- Acorde, por favor.

Abro os olhos, meu quarto está vazio. Tudo em silêncio, está de noite, acredito que o céu esteja banhado de estrelas.

Cartas ao amanhecerOnde histórias criam vida. Descubra agora