11. And there it goes, and it goes...

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Namjoon deixou que o final de semana passasse sem procurar por Seokjin. Adormeceu no quarto de descanso, e ficou sabendo ao acordar que isso impediu todos os funcionários de terem um repouso em seus intervalos, e a situação o fez se sentir envergonhado demais para lidar de uma maneira madura. Por essa razão, preferiu esperar três dias para ir atrás de Seokjin de novo, período que, em sua opinião, seria suficiente para dar cabo de sua ressaca moral sem que precisasse falar muito sobre a maldita festa de seu pai.

Enquanto o dia de enfrentar seu crush não chegava, Namjoon viveu sua vida como se nada tivesse acontecido. Estudou para suas provas, fez seus trabalhos da faculdade, comprou alguns itens que estavam faltando, fez algumas lives e atendimentos exclusivos. Aproveitou que não estava indo ver Seokjin e usou mais de seu tempo livre para ganhar um pouco mais de dinheiro. Não que estivesse precisando, mas dinheiro sobrando nunca era um problema. Quando finalmente chegou na conveniência, na madrugada de quarta-feira, foi recebido com um sorriso tão bonito que por alguns segundos não se mexeu da porta, ficou apenas olhando o rosto mais belo de todos lhe dando o sorriso mais perfeito jamais visto.

— Eu tava quase indo bater na sua porta, viu. — Seokjin falou quando Namjoon se aproximou do balcão. — Achei que alguma coisa ruim tivesse acontecido.

— Não foi nada, eu só fiquei muito ocupado — falou com despreocupação, mas aquilo o fez se sentir um pouquinho culpado. — Tá tudo bem?

— Tá, sim. E com você?

— Já esteve melhor, mas tá tranquilo. Da próxima vez eu fico mais dias sumidos, pra você ir bater na minha porta do nada.

— Brinca com isso não. — Olhava fixamente para Namjoon. — Eu ia mesmo, juro por tudo.

— Eu acredito. Infelizmente eu estraguei esse momento de glória vindo pra cá hoje. — Apoiou-se no balcão, sorrindo. — Como tá o braço? Deu algum problema?

— Não, não. — Passou a mão no local por instinto. — Ficou meio dolorido no domingo, mas eu tomei uns remédios e parou de doer.

— Sério? — Levou a mão para o ombro do menor, tocando devagar. — Foi no médico ver isso?

— Não. Tem necessidade disso não, já passou.

— Pode ter parado de doer, mas ter alguma coisa errada.

— Você não disse que tava tudo certo quando pegou?

— Disse, mas mesmo os mais espertos erram às vezes. Consegue fazer tudo normal?

— Consigo.

— Desentupir privada e consertar pia, tudo?

— Não precisei fazer nada disso, mas acho que conseguiria. — Riu. — Tá tudo bem, de verdade. Depois que eu tomei remédio nem doeu mais.

— Tá, se você diz. Mas se quiser bater um raio-x, fazer algum exame, eu te levo no pronto-socorro que minha mãe trabalha. Eles podem dar uma verificada mais profissional e dizer se tem algo errado.

— Se precisar, eu aviso. Pode deixar.

Seokjin afirmou de uma maneira que para Namjoon pareceu que o assunto estava encerrado, e ele preferiu não insistir. Olharam-se por um tempo, sem dizer nada, e Namjoon sorriu ao ver as orelhas e bochechas do mais velho ficando avermelhadas, o que levou Seokjin a corar ainda mais. O atendente riu soprado, baixando a cabeça, e seguindo calado pegou a cestinha de Namjoon e a colocou sobre o balcão, fazendo um movimento de cabeça para indicar que se o cliente quisesse, poderia ir comendo algo. Namjoon compreendeu a ação e deu uma olhada no que tinha disponível ao alcance da mão, pegando um pacote de chips salgados de banana e uma barra grande de chocolate branco com frutas vermelhas. Abriu o doce primeiro, dando uma boa mordida nele. Soltou um gemido de satisfação e sorriu, oferecendo a barra para o outro, que o encarava com atenção.

Ride (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora