UM BOM ACASO

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Quando chegamos no aeroporto de Honolulu, Jake pega as malas e diz:

- Estranho.

Curiosa eu pergunto a ele:

- O quê amor?

Jake diz:

- Nossas malas estão leves.

Quando vou responder, uma guia se apresenta a nós dois:

- Senhor e senhora Donfort. Eu sou Kalea. E vim acompanhá-los, até o local que reservaram para a lua de mel. Por favor me acompanhem. E "Aloha maikaʻi i ka male."

Jake responde:

- Mahalo.

Eu olho muito surpresa pra ele e digo:

- Fala havaiano agora?

Jake segura minha mão enquanto entramos no táxi e diz:

- Digamos que, ser hacker tem suas peculiaridades.

Dou um leve selinho nele e digo:

- Eu ia gostar que sussurrasse qualquer idioma no meu ouvido enquanto fazemos amor.

Jake fica muito corado e Kalea percebe e sorri enquanto anota nossos dados. Eu percebi que Jake ficou com vergonha e me encosto no ombro dele sorrindo.
O taxista guarda nossas malas e seguimos viagem. Durante o trajeto, Kalea nos apresenta a cidade. Cada ponto turístico é um vislumbre pros olhos. Ela faz perguntas em cima de pergunta sobre como pensamos em vir pro lugar. O que estranhamos, afinal, Lilly fez questão de reservar a ilha que pudéssemos ficar somente nós dois. Quero dizer, nós três. Chegamos ao porto e entramos no iate. Somos recebidos pelo comandante que nos recebe com taças de champanhe. Quando eu pego, Jake rapidamente toma a taça da minha mão e Kalea diz:

- Não está do agrado da sua esposa, senhor Donfort?

Jake põe a mão na minha barriga e eles entendem. O comandante parabeniza nós dois e diz:

- Hoʻomaikaʻi no ka pēpē. (Parabéns pelo bebê)

Eu fico curiosa e Jake diz:

- Amor, ele deu parabéns pela gravidez.

Eu digo:

- Poderia pedir pra ele falar no nosso idioma? Eu entendo inglês.

Jake fala pro comandante:

- Maopopo iā ia ka ʻōlelo Pelekania. A maʻalahi iā ia ke hoʻomaopopo.
(Ela fala inglês. E mais fácil para ela entender)

Confesso que ver Jake falar outro idioma que não seja alemão e inglês atiça um ponto alto em mim. Então o comandante conversa no nosso idioma. E vai pra cabine, para seguirmos viagem. Kalea se despede e vai embora. Um rapaz nos veste com coletes e nos leva até a proa do iate e sentamos abraçados observando o mar agitado. Jake me pergunta:

- Como se sente?

Olhamos nos olhos um do outro e eu digo:

- Qualquer lugar que você estiver, eu me sentirei feliz, Jake. Porque você é e sempre foi a metade que me faltava!

Jake beija levemente meus lábios e sussurra:

- Eu gostaria de ver você em traje de pa'u e dançar o hula só pra mim.

Sorrindo eu beijo ele e digo:

- Era por isso que pediu esse lugar isolado não foi, hacker?

DUSKWOOD- DEPOIS DO ADEUSOnde histórias criam vida. Descubra agora