Capítulo 34

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       Me olhei no espelho e fiquei surpresa

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       Me olhei no espelho e fiquei surpresa. A roupa que Monique me emprestou caiu como uma luva. O vestido azul parecia que tinha sido feito pra mim, desenha perfeitamente as minhas curvas.

— Você não deveria fazer isso — Monique disse, na décima tentativa de me convencer.

— E o que você sugere então? De um jeito ou de outro, vou ser achada pela empresa ou por Ian. Se a empresa me achar vão fazer eu dar meu jeito para pagar cada centavo, nem que pra isso eu tenha que me prostituir.

— Sim. Eles iriam te vender por noite.

— Na boate eu não preciso transar com ninguém.

— Mas também terá a vida inteira inteira comprometida.

Respirei fundo. Há anos eu escolhi me inscrever nessa agência. Terminei meu curso, e depois de ser aprovada, quis ir para seleção.
Eu amo o BDSM mas tudo seria diferente se eu não me apaixonasse. Ian foi a minha redenção.
Eu não escolhi isso, simplesmente aconteceu. Então agora eu preciso enfrentar as consequências.

— Tudo o que eu posso te desejar é boa sorte, Ana. Se eu tivesse tanto dinheiro te ajudaria, mas infelizmente eu não tenho.

Monique me abraçou.

— Obrigada por tudo. Não sei mais quando iremos nos ver, espero que em breve.

Quando o motorista chegou, disse adeus e fui rumo ao meu destino.
Eu estou nervosa. Sentindo minhas pernas bambas, é como se a minha força estivesse indo embora. Quero roer minhas unhas, mas como estão feitas não posso fazer isso. Quero estar apresentável.

(...)

Estava de frente para a boate, e vendo pelo lado de fora, aparentemente não está rolando nada lá dentro. Mas, pela hora com certeza está.
Infelizmente o motorista pegou um caminho com muito trânsito, o que me fez chegar com 1 hora de atraso.

Toco o botão inúmeras vezes, mas não sou atendida. Já estava ficando nervosa, aperto sem parar e ainda assim nenhum sinal.

Não pode ser meu Deus!

Tento bater no vidro, mas nenhum som ecoa.

Frustrada, dou as costas para o estabelecimento.

— Aonde pensa que vai? — ouço uma voz que me fez se arrepiar por inteira, e me viro.

Miguel está na porta, novamente de preto, mas dessa vez está com um terno. A camisa por baixo, mostra um pouco seu peitoral tatuado.
Pelo visto ele não vive sem seu charuto, pois está outra vez com ele na boca.

— Eu achei que não iam abrir.

Ele jogou o charuto no chão e após a fumaça se esvair, pude notar que ele me olha dos pés a cabeça. Eu estou acostumada com isso, mas esse homem é muito sombrio, seu olhar me dá a sensação de como se ele fosse me devorar a qualquer momento.

O Mestre mandou Onde histórias criam vida. Descubra agora