Me olhei no espelho e fiquei surpresa. A roupa que Monique me emprestou caiu como uma luva. O vestido azul parecia que tinha sido feito pra mim, desenha perfeitamente as minhas curvas.
— Você não deveria fazer isso — Monique disse, na décima tentativa de me convencer.
— E o que você sugere então? De um jeito ou de outro, vou ser achada pela empresa ou por Ian. Se a empresa me achar vão fazer eu dar meu jeito para pagar cada centavo, nem que pra isso eu tenha que me prostituir.
— Sim. Eles iriam te vender por noite.
— Na boate eu não preciso transar com ninguém.
— Mas também terá a vida inteira inteira comprometida.
Respirei fundo. Há anos eu escolhi me inscrever nessa agência. Terminei meu curso, e depois de ser aprovada, quis ir para seleção.
Eu amo o BDSM mas tudo seria diferente se eu não me apaixonasse. Ian foi a minha redenção.
Eu não escolhi isso, simplesmente aconteceu. Então agora eu preciso enfrentar as consequências.— Tudo o que eu posso te desejar é boa sorte, Ana. Se eu tivesse tanto dinheiro te ajudaria, mas infelizmente eu não tenho.
Monique me abraçou.
— Obrigada por tudo. Não sei mais quando iremos nos ver, espero que em breve.
Quando o motorista chegou, disse adeus e fui rumo ao meu destino.
Eu estou nervosa. Sentindo minhas pernas bambas, é como se a minha força estivesse indo embora. Quero roer minhas unhas, mas como estão feitas não posso fazer isso. Quero estar apresentável.(...)
Estava de frente para a boate, e vendo pelo lado de fora, aparentemente não está rolando nada lá dentro. Mas, pela hora com certeza está.
Infelizmente o motorista pegou um caminho com muito trânsito, o que me fez chegar com 1 hora de atraso.Toco o botão inúmeras vezes, mas não sou atendida. Já estava ficando nervosa, aperto sem parar e ainda assim nenhum sinal.
Não pode ser meu Deus!
Tento bater no vidro, mas nenhum som ecoa.
Frustrada, dou as costas para o estabelecimento.
— Aonde pensa que vai? — ouço uma voz que me fez se arrepiar por inteira, e me viro.
Miguel está na porta, novamente de preto, mas dessa vez está com um terno. A camisa por baixo, mostra um pouco seu peitoral tatuado.
Pelo visto ele não vive sem seu charuto, pois está outra vez com ele na boca.— Eu achei que não iam abrir.
Ele jogou o charuto no chão e após a fumaça se esvair, pude notar que ele me olha dos pés a cabeça. Eu estou acostumada com isso, mas esse homem é muito sombrio, seu olhar me dá a sensação de como se ele fosse me devorar a qualquer momento.
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O Mestre mandou
Roman d'amourQuando um dominador viciado em sexo compra uma submissa em uma agência, os sentimentos que antes ele bloqueava, surgem. A possessão e o desejo de estar com ela todos os dias, fez com que os hábitos dele passassem pra ela gradativamente. Ana Luísa c...